Em Santa Catarina, o Programa tem como objetivo estabelecer e executar ações de vigilância epidemiológica e defesa sanitária no rebanho de caprinos e ovinos. Segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Ovinos, o Brasil possui um rebanho de aproximadamente 17,5 milhões de ovinos. A região mais produtora do País é o Nordeste com cerca de 10 milhões de animais. Santa Catarina conta atualmente com um rebanho de aproximadamente 350 mil matrizes, a principal região produtora do Estado é o Planalto Norte, com algumas propriedades importantes também no Planalto Serrano.

Arte: Ascom/Cidasc

Ações desenvolvidas pelos profissionais da Cidasc são:

→ Orientação a produtores rurais na prevenção das doenças dos caprinos e ovinos.

→ Controle do trânsito de caprinos e ovinos.

→ Controle da sanidade dos caprinos e ovinos em eventos agropecuários.

→ Atendimento às suspeitas de doenças de notificação obrigatória: Lentiviroses (Artrite Encefalite caprina – CAE, MAed Visna), epididimite ovina, Scrapie, entre outras.

É importante o criador ter em mente a necessidade de adotar medidas de caráter preventivo. As enfermidades infecciosas e parasitárias determinam grandes prejuízos à ovinocaprinocultura. O manejo adequado e aplicação de práticas sanitárias, diminui o risco de introdução e disseminação de doenças.

Segundo o Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos, não é obrigatória a prática de nenhum tipo de vacina para os pequenos ruminantes, e de acordo com o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA, 2007) do MAPA, a vacinação contra a febre aftosa é proibida para caprinos e ovinos. Em diversos países a Brucelose Ovina, causada pela bactéria Brucella melitensis, afeta com gravidade os caprinos e ovinos e a população humana, mas felizmente esta enfermidade nunca foi diagnosticada em território brasileiro.

A responsável pelo Programa de Sanidade dos Caprinos e Ovinos da Cidasc, Karina Diniz Baumgarten, ressalta que para os produtores que têm interesse em trazer ovinos e caprinos criados fora do Estado de Santa Catarina é necessário que os animais passem por quarentena tanto na origem quanto no destino e que façam testes para a febre aftosa, para o cumprimento das normas da IN n° 44, exceto quando destinados a abatedouros sob inspeção para abate imediato.

Alguns itens são fundamentais para o sucesso da atividade:

→ Limpeza periódica das instalações, evitando o aparecimento ou dando combate aos insetos e parasitas que por ventura lá existam. O melhor é o uso de lança-chamas, pois o fogo desinfeta, matando os parasitas, micróbios e insetos por ele atingidos;

→ Efetuar periodicamente a limpeza dos bebedouros, fornecendo água limpa e de boa qualidade aos animais;

→ Colocar os animais recém-desmamados em pastos menos contaminados;

→ Fazer a troca periódica da cama;

→ Evitar áreas alagadiças e brejos, pois favorecem a verminose e os problemas de casco;

→ Realizar quarentena para animais recém-adquiridos com observação frequente, dessa forma evita que novos animais tragam doenças ao rebanho;

→ Fazer o isolamento de animais doentes para evitar a proliferação da doença;

→ Realizar exame periódico para doenças infecciosas;

→ Separar os animais por faixa etária (adultos apartados, jovens) pois facilitará o manejo e evita que animais mais velhos transmitam doenças para os animais mais novos, principalmente para evitar o acesso à grande quantidade de parasitas que podem habitar a pastagem dos animais adultos;

→ Evitar superlotação das baias;

→ Evitar a presença de roedores, morcegos e gatos, que podem ser transmissores de doenças;

→ Utilizar material descartável para aplicação de medicamentos, nunca utilizar a mesma agulha para dois ou mais animais, pois isto poderá ser uma fonte de disseminação de doenças.

Somente adquirir animais em propriedades cadastradas na Cidasc, fazendo uso da Guia de Trânsito Animal (GTA) para que se houver alguma doença no rebanho, esta possa ser rastreada e controlada, evitando que se dissemine para outros rebanhos.

Em virtude do impacto econômico representado por diversas doenças que acometem os rebanhos, algumas vacinas podem ser recomendadas:

→ Raiva

→ Clostridioses  

→ Ectima Contagioso

→ Pasteurelose

→ Linfadenite Caseosa

→ Foot Root

Legislação Federal:

Portaria Ministerial Nº 516, de 09 de dezembro de 1997

Instrução Normativa Nº 87, de 10 de dezembro de 2004

Instrução Normativa Nº 20, de 15 de agosto de 2005

Manual de Preenchimento de Emissão de GTA de Caprinos e Ovinos – Versão 5.0

Instrução Normativa Nº 50, de 24 de setembro de 2013

Instrução Normativa Nº 31, de 03 de setembro de 2014

Instrução Normativa N° 44, de 02 de outubro de 2007

Doenças de Notificação Obrigatória – As doenças não tem cura e não há tratamento.

→ Lentiviroses (CAE e Maedi visna);

→ Epididimite;

→ SCAPRIE (Paraplexia Enzoótica).

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