Representantes de diversas organizações ligadas ao agro catarinense, em especial à avicultura, participaram de uma reunião do Comitê estadual de sanidade avícola de SC (Cesavi) na manhã desta segunda-feira (5/12) com foco na prevenção à influenza aviária. A doença nunca foi registrada no Brasil, mas focos foram confirmados nos países vizinhos Colômbia, Peru, Equador e Venezuela. Também chamada de gripe aviária, pode atingir diversas espécies de animais, assim como aves silvestres ou de produção, com potencial de enormes perdas para a avicultura e risco de contágio para quem tiver contato com os animais. 

Assim que tomaram conhecimento das primeiras ocorrências em países da América do Sul, a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), reforçaram as medidas de vigilância em Santa Catarina. Na reunião virtual desta segunda-feira, a médica veterinária Carolina Damo, coordenadora do Programa de Sanidade Avícola da Cidasc, apresentou as ações já executadas pela companhia e outras previstas para os próximos dias. O monitoramento de casos suspeitos é realizado continuamente e das 127 notificações de suspeita de influenza aviária recebidas este ano, todas foram descartadas.  Também, no decorrer deste ano foram realizadas fiscalizações em propriedades e em estabelecimentos comerciais com vistas a biossegurança dos locais.

Outra ação em curso é o monitoramento de aves migratórias, com a colheita de material para análise em laboratório. A Cidasc já vem se articulando com outras entidades há alguns meses, principalmente ambientais, para tornar a prevenção mais efetiva. Nos meses de outubro e novembro, profissionais da Cidasc se envolveram em reuniões com os órgão ambientais atuantes no estado, e com profissionais dos centros de triagem de animais silvestres, da Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali, e ONGs envolvidas com a captura de animais silvestres e aquáticos, para falar sobre vigilância passiva – ou seja, a notificação de casos suspeitos de doenças nestes animais. 

A chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde  Animal da Superintendência Federal da Agricultura em SC, Silvia Camargos Quintela, avaliou que o maior risco de introdução do vírus no Estado é pelo fluxo migratório de aves. Ela reforçou a importância da orientação aos produtores quanto a medidas de biosssegurança. Entre as recomendações, estão manter as aves sem contato com aves de vida livre e manter alimentos e águas protegidas do contato direto com esses animais. 

Jorge Luiz de Lima, do Sindicarne, afirmou que a entidade também vem fazendo treinamentos com as agroindústrias, baseando-se nas orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Santa Catarina se destaca positivamente nas questões de sanidade animal, mas este resultado depende da atenção constante não só da Cidasc, da Secretaria de Agricultura e do MAPA, mas das indústrias e dos produtores rurais.

Mais informações à imprensa:
Denise De Rocchi
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 3665 7000
ascom@cidasc.sc.gov.br
www.cidasc.sc.gov.br
www.facebook.com/cidasc.ascom