Em 2021 o Valor de Produção Agropecuária (VPA) de Santa Catarina foi o maior da história: ficou em R$55,8 bilhões, superando em 36,4% o recorde alcançado em 2020, que foi de R$40,9 bilhões. Outro recorde registrado no agronegócio catarinense foi nas exportações: o valor alcançou US$6,9 bilhões, superando em 21% os US$5,7 bilhões de 2020 e quase 10% maior do que os US$6,3 bilhões de 2018, que era recorde até então.
Esses e outros números fazem parte da 42ª edição da Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina, publicação anual da Epagri/Cepa lançada em uma transmissão on-line nesta quinta-feira, 9 de junho, no canal de capacitações da Epagri, no YouTube. Esse documento também disponibiliza dados, informações e conhecimentos sobre a utilização do crédito rural por agricultores e cooperativas e principalmente, sobre o desempenho produtivo e mercadológico das principais cadeias produtivas dos setores agrícola, pecuário, florestal e aquícola de Santa Catarina.“A apresentação desses números mostra para a sociedade a importância que o agro tem dentro do Estado, reforçando a necessidade de políticas públicas, infraestrutura e legislação adequadas de forma a sempre melhorar a performance do setor que responde por 30% do PIB catarinense e 70% das exportações”, afirma o presidente da Epagri, Giovani Canola. Para ele, a Síntese é uma publicação que deve estar sempre na mão das pessoas que respiram a economia e a agropecuária catarinense.
Valor de Produção Agropecuária
O VPA mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano e é calculado com base na produção agropecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do Estado. Em 2021, o crescimento se deu basicamente pelo aumento dos preços médios recebidos pelos produtores, que no conjunto foram 20% superiores aos obtidos em 2019, com destaque para o aumento dos preços dos frangos e bovinos, dos grãos e da madeira de processamento industrial.
A produção teve um crescimento de apenas 2%, o qual foi limitado pela expressiva redução do volume produzido de milho e milho silagem, em razão dos efeitos da estiagem e do ataque da cigarrinha na cultura. Com relação à diversificação produtiva da agropecuária estadual, constata-se uma forte concentração econômica das atividades, com poucos produtos representando grande parte do valor da produção agropecuária de Santa Catarina. Em 2021, a soma do valor da produção dos quatro produtos mais importantes representou 62,3% do VPA estadual: suínos (22,9%), frangos (17,1%), soja (11,3) e leite (11,0%).
Exportações
O agronegócio respondeu por 67% do valor total das exportações catarinenses de 2021, que atingiu US$10,3 bilhões. A performance do agronegócio nas vendas de Santa Catarina ao exterior em 2021 mantém a agricultura e a agroindústria há quatro anos consecutivos com participação superior a dois terços do valor total das exportações do Estado. As maiores contribuições para o forte crescimento do valor exportado vieram das exportações de produtos de madeira (+46,7%), de móveis de madeira (+34,9%), de couros (+32,8%), de carne de frangos (+22,7%) e de carne de suínos (+19%).
Mesmo com a redução de sua importância relativa nas exportações ao longo do tempo, a carne de frango segue destacadamente como o principal produto das exportações do agro de Santa Catarina, representando 26,6% do valor exportado pelo setor (já foi mais de 40%) e 17,9% do valor total das exportações catarinenses.
Crédito Rural
Em 2021, de acordo com os dados do Banco Central, foram contratadas 1,95 milhão de operações de crédito rural em Santa Catarina, crescimento de 1,56% em relação a 2020. Com relação aos valores aplicados, em 2020 o montante foi de R$205,85 bilhões, aumento de 15,29% em relação a 2019 em valores nominais. Em 2021, o montante aplicado foi de R$285,07 bilhões, aumento de 38,48% em relação a 2020.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) é o principal programa de crédito rural para a agricultura familiar. Caracteriza-se pelo fato de ser um programa de desenvolvimento rural inclusivo e de alta relevância econômica e social para o país. Em Santa Catarina, no ano de 2020 foram contratadas 91.543 operações de crédito no Pronaf, crescimento de 7,98% em relação ao ano de 2019, quando foram contratadas 84.780 operações, entre custeio e investimento.
Quanto ao volume de crédito, em 2020 foram aplicados R$4,37 bilhões, crescimento de 25,57% em relação a 2019, quando foram aplicados R$3,48 bilhões. Em 2021, os dados do Banco Central indicam a aplicação de R$5,43 bilhões, o maior volume de recursos em termos nominais aplicados no Estado pelo Pronaf em crédito para custeio, investimento e agroindustrialização.
Desempenho da produção vegetal
Alho
Santa Catarina é o terceiro maior produtor de alho do país, com 13,28 mil toneladas produzidas em 2020 e com participação nacional em 8,53% da produção. A produção total da safra catarinense de alho em 2020 foi de 14.598,5 toneladas. Eventos climáticos, como estiagem e granizo, afetaram a produção das lavouras no Estado, provocando perdas estimadas em aproximadamente 20%. Na safra 2020, a hortaliça contribuiu com R$117,45 milhões Valor da Produção Agrícola (VPA) de Santa Catarina, crescimento de 61,57% em relação à safra anterior, resultado da recuperação dos preços do alho no mercado interno.
Santa Catarina colheu 19.129,5 toneladas de alho na safra 2021/22, produzidas em 1.810 hectares. Com isso, os agricultores alcançaram uma produtividade média de 10.568 kg/ha, aumento de 22,13% em relação à safra 20/21. O valor da safra do alho catarinense foi de R$ 143,76 milhões em faturamento para os produtores catarinenses, o que é injetado na economia local.
Arroz
Santa Catarina é o segundo produtor de arroz no Brasil, participando com 11% da produção nacional na safra 2020/21, que foi de 11 milhões de toneladas. No Estado o cereal é produzido em 93 municípios. Na safra 2020/2021 a produtividade foi 0,4% superior à obtida na safra 2019/20, que já havia sido elevada, fechando em 8,42 toneladas por hectare.
Para a safra 2021/22, espera-se estabilidade da área e retorno da produtividade ao patamar médio, que deverá ser cerca de 4% menor em relação à safra 2020/21. As lavouras apresentam bom desenvolvimento até o momento, apesar do excesso de calor observado no período de floração.
Em 2020, Santa Catarina exportou o equivalente a US$ 20,45 milhões de arroz e seus derivados e de janeiro a novembro de 2021, US$ 7,35 milhões. Embora em 2021 o valor tenha sido inferior ao exportado em 2020, isso demonstra uma participação maior do que nos anos tidos como normais para o mercado externo catarinense.
Banana
Santa Catarina se mantém como o quarto produtor nacional de banana, com produção de mais de 10% do total nacional. As frutas produzidas no Estado são direcionadas ao mercado interno local e principais centrais de abastecimento nacionais para consumo in natura ou para o mercado externo dos países do Mercosul.
Conforme estimativas do Epagri/Cepa, em 2019 Santa Catarina produziu 738,47 mil toneladas de banana e contou com cerca de 3.200 bananicultores, com área colhida total de 28.705 hectares e valor bruto da produção (VBP) total estimado em R$561,24 milhões.
Em 2021, Santa Catarina participou com 41,6% do volume brasileiro exportado. Entre 2019 e 2021, o Estado apresentou taxa de crescimento negativa de 9,4% ao ano, sendo que entre 2020 e 2021 apresentou recuperação de 6,3% no volume exportado
Cebola
Santa Catarina é o maior produtor nacional de cebola. No levantamento Censo Agro 2017/IBGE foram identificados 8.289 estabelecimentos agropecuários no Estado dedicados à produção da hortaliça.
Na safra 2020, segundo dados da Epagri/Cepa, a produção bruta colhida foi de 389.941 mil toneladas, com uma disponibilidade líquida para o mercado de pouco mais de 360 mil toneladas, redução de 26,71% em relação à safra 2019. O valor da produção Agrícola (VPA) da hortaliça produzida em Santa Catarina foi estimado em R$769,95 milhões, com preço médio ponderado de comercialização de R$2,11/kg.
Com relação à safra 2020/21, a produção estimada pela Epagri/Cepa é de 499,46 mil toneladas, crescimento de 28,08% em relação à safra 2020.
Feijão
Na safra 2020/21, Santa Catarina teve redução de 2,3% na área plantada. O resultado foi uma safra menor, com um volume de produção 14,6 % inferior ao obtido na safra anterior.
A produção de feijão catarinense é predominantemente voltada ao mercado interno. Um dos efeitos pós anúncio da pandemia do Covid-19, a partir de março de 2019, foi uma intensa movimentação no mercado de grãos. A partir de meados de maio de 2019, o mercado registrou forte oscilação ascendente de preços, que permaneceu em patamares elevados durante 2020. A pouca oferta do produto no mercado nacional, tanto em termos de qualidade como em quantidade, aliada ao aumento intempestivo no consumo, contribuiu para esse comportamento atípico.
A estiagem prolongada que assolou praticamente todas as regiões produtoras no segundo semestre de 2019 reduziu a produtividade média da safra 2019-20, provocando queda de oferta e proporcionando aos produtores um mercado com preços atrativos.
Maçã
Em 2020/21, o estado catarinense foi o maior produtor nacional de maçã. As frutas produzidas no Estado são direcionadas, principalmente, ao mercado interno para consumo in natura ou para processamento na indústria de sucos. Conforme estimativas do Epagri/Cepa, na safra 2020/21 Santa Catarina produziu cerca de 600 mil toneladas de maçã e contou com cerca de 2.879 pomicultores. A área colhida total superou 15 mil hectares, com valor bruto da produção (VBP) total estimado em R$674,0 milhões.
No início da safra 2020/21, os efeitos da estiagem persistiam nas regiões produtoras com ocorrências localizadas de geada e granizo, o que afetou o tempo de estocagem de parte das frutas devido à baixa pressão de polpa que determina a resistência ao período em câmaras frias. Mas a partir de janeiro de 2021 as chuvas aliviaram os efeitos da seca nos pomares em maturação. Com o avanço da colheita, o aumento da oferta de maçãs no mercado atendeu parte da demanda reprimida por meio de estratégias de escalonamento da comercialização das diferentes cultivares no mercado, mesmo que num primeiro momento a falta da fruta tenha valorizado as cotações. Porém, isso foi seguido de grande desvalorização com a redução da qualidade das frutas menos resistentes e o aumento da oferta da fruta no mercado.
Milho
Entre as safras 2012/13 e 2019/20 a área destinada ao cultivo de milho grão reduziu 125 mil hectares. Nos últimos anos, a constante valorização dos preços da soja, aliada à forte oscilação dos preços do milho, estimulou a conversão de áreas de plantio de milho para soja, principalmente nas regiões do Oeste e do Planalto. Nos últimos três anos, a área cultivada está estabilizada em torno de 340 mil hectares.
Por outro lado, o cultivo de milho para fins de produção de silagem ocupou, na safra 2019/20, uma área de 220 mil hectares. Com isso, os dois cultivos, milho grão e milho silagem, somaram 560 mil hectares. No período de 2012/13 a 2019/20, o incremento na produtividade foi de 11,3%, representando um aumento de 800kg/ha. Problemas climáticos nas últimas duas safras impediram avanços na produtividade. A estiagem no Sul do Brasil em setembro e outubro de 2020 e a ocorrência de “cigarrinha” em lavouras reduziram ainda mais a produção total da primeira safra 2020/21.
O ano de 2021 foi marcado por um comportamento diferenciado dos preços. As cotações do milho apresentaram uma alta consistente desde agosto de 2020. A reação positiva na demanda interna em relação ao início da pandemia e as exportações de carnes impulsionaram o mercado após o mês de julho de 2020, alcançando cotações próximas a R$90,00/sc em novembro. Isto já tinha ocorrido em 2016 em decorrência de uma forte estiagem e da quebra da produção nacional, fato que se repetiu em 2020 e 2021 na primeira safra de milho.
O nível crescente do consumo de milho no Brasil deve se manter, em função da maior demanda da China e da abertura de novos mercados por proteína animal em 2021 e 2022. Em 2021 a demanda total de milho em Santa Catarina foi cerca de 7,6 milhões de toneladas. Para 2022 é estimado um aumento do consumo em 3% (rações). Com a quebra da safra de SC, o déficit deverá aumentar para 6,3 milhões de toneladas no ano de 2022.
O suprimento de milho no primeiro semestre de 2022 deverá ser muito ajustado, sendo necessárias importações superiores ao ano de 2021, quando foram importados mais de 600 mil de toneladas por SC, além da compra de milho de outros estados para suprir a demanda interna do Estado. A expectativa para 2022 é de manutenção dos preços valorizados do milho em função da demanda internacional, do aumento do consumo interno e da diminuição da produção na primeira safra no Brasil
Soja
Acompanhando a tendência da cultura no país e em outras regiões, a área de cultivo com soja apresentou crescimento significativo em Santa Catarina. Entre as safras de 2012/13 e 2021/22, foram incorporados cerca de 188 mil hectares para a produção da oleaginosa. O aumento da produção chegou próximo de um milhão de toneladas no período, avançando sobre áreas de milho, feijão e pastagens.
As exportações catarinenses de soja cresceram mais de 300% de 2012 a 2021. Em 2018, foi registrado o maior volume embarcado: 2,33 milhões de toneladas. Em 2020, ocorre uma recuperação das vendas externas, chegando a 1,9 milhões de toneladas. Em 2021, Santa Catarina exportou 1,52 milhão de toneladas do complexo soja, que além do produto em grão inclui óleos, farelos e outros coprodutos. Contudo, a quase totalidade das exportações foi de soja em grão com 95% do total embarcado.
As condições climáticas no Sul do Brasil e na Argentina no final de 2021 e no início de 2022 estão influenciando os preços no mercado interno e internacional em 2022. Impulsionada pela alta dos contratos futuros em Chicago, a soja no Brasil deverá seguir com preços elevados, superiores a 2021. Poderá atingir cotações em patamares inéditos, superior a R$200,00/sc. O câmbio dólar/real segue como um fator importante na definição dos preços internos, além da cotação do petróleo e fundos de commodities.
Tabaco
Na safra 2020/21, a produtividade média catarinense de tabaco foi de 2.348 Kg/ha, de acordo com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), o que representa uma queda de 3% em relação à safra 2020/2019. De forma mais específica, para a Afubra, os produtores catarinenses tiveram uma redução da produtividade em comparação à safra anterior. Uma das possíveis causas foi o alto índice de granizo nas lavouras de Santa Catarina, principalmente, no Vale do Itajaí.
Para a safra de tabaco da Região Sul do Brasil, 2021/2022, a Afubra estima a redução de 9,8% na área plantada e de 9,4% na quantidade a ser produzida, quando comparada à safra passada.
Tomate
Santa Catarina é o sétimo produtor de tomates do Brasil. Contribuiu com 4,8% da área plantada e 4,5% da produção nacional de 2020.O valor bruto da produção de tomate no Estado em 2020, calculado pela Epagri/Cepa (2021), alcançou R$173 milhões.
Para a safra de verão 2021/22, o levantamento feito pela Epagri/Cepa estima redução na área de plantio em torno de 6,2%, devendo refletir numa queda na produção de 5,3%, equivalente a cerca de 8 mil toneladas, em comparação à safra de 2020/21
Trigo
Segundo o Censo Agropecuário de 2017, a produção catarinense de trigo está alicerçada em cerca de 1.190 estabelecimentos agropecuários e corresponde a 3,4% do total nacional. Na safra 2020/21, foi cultivada em todo Estado uma área de aproximadamente 58,4 mil hectares de trigo, o que representa um aumento de 15,0% em relação à área plantada na safra anterior. Nessa safra, a produtividade permaneceu estável em aproximadamente 3.000kg/ha. Com aumento de área e estabilidade na produtividade, tivemos um incremento na produção total de 11,2%.
Em relação à safra 2021/22, as estimativas apontam para um crescimento de 76% na área plantada com trigo, comparada com a safra anterior. A produtividade também deverá crescer cerca de 15%. Como resultado, a expectativa é que tenhamos uma safra maior em cerca de 101%, com uma produção total estimada de 346,6 mil toneladas.
Durante o ano de 2020, os preços do trigo tiveram oscilações positivas durante todo o período. O preço médio anual recebido pelos produtores catarinenses foi de R$55,84/saca de 60kg, valor 31,5% superior ao praticado em 2019. Para o ano de 2021, o trigo bateu recordes no preço pago aos produtores, confirmando o bom momento por que passa o mercado, apesar do clima não ter colaborado durante o ano de 2021. Neste período, a estiagem prolongada atingiu muitas lavouras na reta final de desenvolvimento, sobretudo nas regiões do Extremo Oeste e do Oeste Catarinense. O preço médio recebido pelos produtores em 2021 foi R$82,11/saca de 60kg, valor 47% superior ao praticado em 2020.
Desempenho da produção animal
Carne bovina
Em 2021 registrou-se queda do número de bovinos abatidos em Santa Catarina, ao contrário do que foi observado nos quatro anos anteriores. Foram destinados ao abate 766,2 mil animais, -7,45% em relação ao ano anterior. Desse total, 661,9 mil (86,39%) foram abatidos em estabelecimentos com inspeção sanitária, 8,63% menos que em 2020. Para autoconsumo (quando os animais são abatidos e consumidos nas propriedades rurais), foram abatidas 103,5 mil cabeças (13,51% dos abates), alta de 3,53%. Além disso, 787 animais foram comercializados para abate em outras unidades da federação, o que representa 0,10% da produção total do Estado.
Embora possua produção inferior à demanda interna, Santa Catarina exporta carne bovina. Em 2021, o Estado ocupou a 14ª posição no ranking nacional, tendo exportado 3,38 mil toneladas, com US$12,54 milhões em receitas, altas de 10,25% e 31,87% em relação ao ano anterior, respectivamente. O principal destino da carne bovina catarinense foi Hong Kong, que respondeu por 24,12% das receitas com esse produto em 2021.
Carne de frango
Santa Catarina é o 2º maior exportador de carne de frango do país, tendo sido responsável por 24,55% das receitas brasileiras com esse produto em 2021. Do total de aves produzidas em 2021, 98,11% foram abatidas em Santa Catarina. O restante (1,89%) foi abatido em outros estados, principalmente Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Depois da expressiva queda registrada no ano anterior, em 2021 as exportações catarinenses voltaram a apresentar variações positivas, com altas de 6,28% em quantidade e 22,76% em receitas.
Carne suína
Conforme demonstram os dados da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em 2021 foram produzidos no Estado 15,93 milhões de suínos, 8,72% mais que no ano anterior. Esse montante engloba os suínos abatidos em estabelecimentos inspecionados em Santa Catarina ou outros estados, contemplando todas as categorias, desde animais cuja finalidade principal é o abate (suínos de corte), até aqueles com finalidade reprodutiva e que, ao término do seu período produtivo, são encaminhados a abatedouros (matrizes e reprodutores).
Do total de suínos produzidos em Santa Catarina em 2021, 91,30% foram abatidos no próprio Estado. Os demais foram abatidos em outras 12 unidades da federação, com destaque para Paraná (5,81% do total), Rio Grande do Sul (1,29%) e São Paulo (1,05%).
Outro importante elo da cadeia da suinocultura catarinense é a produção de leitões para engorda em outras unidades da federação. Em 2021, 623,6 mil leitões foram produzidos em Santa Catarina e destinados a outros estados, alta de 39,26% em relação ao ano anterior.
Santa Catarina é o maior exportador nacional de carne suína, sendo responsável por 53,37% das receitas e 51,74% da quantidade embarcada pelo país em 2021. Assim como observado nos dois anos anteriores, as exportações catarinenses de carne suína apresentaram crescimento significativo em 2021: foram embarcadas 578,47 mil toneladas, aumento de 10,52% em relação ao ano anterior. As receitas registraram incremento ainda mais expressivo: US$1,40 bilhão, alta de 18,98%. Tais resultados representam recordes históricos nas exportações de carne suína do Estado, tanto em valor como em quantidade.
Leite
Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM/IBGE), a produção catarinense de leite em 2020 foi 11,6% superior à levantada pelo Censo Agropecuário 2017. De acordo com a Epagri/Cepa, e certo que houve expansão da produção nesse período, mas, considerando que a quantidade de leite adquirida pelas indústrias cresceu menos de 5% no mesmo período e o histórico de alta subjetividade nos dados da PPM, é possível afirmar não apenas que a produção total de 3,137 bilhões de litros de 2020 deve estar acima da realidade, como também que há sérios problemas na sua distribuição regional.
No que diz respeito aos preços recebidos pelos produtores, a comparação dos preços recebidos nos anos recentes sugere que 2021 foi um ano de preço satisfatório aos produtores catarinenses, sobretudo para o mês de janeiro e para o período de junho a setembro. Nos demais meses, os valores recebidos estiveram muito próximos ou sequer cobriram os custos de produção, com a situação ficando mais grave nos meses de novembro e dezembro.
Moluscos
De acordo com os dados levantados pela Epagri, a produção catarinense de moluscos na safra de 2020 foi de 16.252,7 toneladas, valor 5,68% menor que no ano anterior. Essa queda foi precedida por dois anos de crescimento (2018 e 2019). A redução em 2020 é um reflexo da redução significativa na produção de ostras, de 24,2%, já que a produção de mexilhões teve incremento de 12,5%. Um total de 478 produtores estiveram envolvidos no cultivo de moluscos em Santa Catarina em 2020. Seguindo a tendência de redução observada nos últimos anos (2016 a 2019), a quantidade de produtores em 2020 diminuiu 1,4% em relação a 2019.
Confira esses e outros números acessando aqui a íntegra da Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina.
Confira a matéria na íntegra: https://www.sc.gov.br/noticias/temas/agricultura-e-pesca/agronegocio-catarinense-registra-dois-recordes-em-2021-maior-valor-de-producao-agropecuaria-e-maior-valor-exportado
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