Foto: Nicole Barbieri

O Núcleo Estadual de Desenvolvimento e Integração da Região da Faixa de Fronteira de Santa Catarina, órgão vinculado à Secretaria do Planejamento do Estado, juntamente com o Sebrae, havia programando para o próximo dia 9 de fevereiro, a inauguração da Rota do Milho, que trabalha para viabilizar a importação de milho do Paraguai, passando por território argentino, chegando até Dionísio Cerqueira em SC. Devido ao excesso de chuvas na região que impediu a conclusão das obras de acesso à balsa, a inauguração foi cancelada.

Atualmente as importações de milho do Paraguai ocorrem via Foz do Iguaçu no Paraná, o que aumenta em mais de 300 km o percurso, onerando o custo do transporte e provocando maior demora até chegar a região de consumo no Oeste catarinense.

Um acordo firmado em setembro do ano passado entre diversos órgãos e entidades dos três países envolvidos (Brasil, Paraguai e Argentina) definiu diversas providências para viabilizar essa nova rota.

Algumas providências emergenciais já foram tomadas, principalmente pelo Paraguai e Argentina, como a instalação de uma balsa argentina no Rio Paraná até que se construa uma ponte, e por isso viabilizará a inauguração da Rota, mesmo que precariamente, uma vez que ainda falta asfalto em 50 km em território paraguaio, mas que com tempo bom é possível trafegar.

Paira uma preocupação com a estrutura em Dionísio Cerqueira, pois a Aduana de Cargas Integradas- ACI não está operando, embora habilitada pelo Governo Federal.

Problemas de infraestrutura operacional na aduana catarinense também são levantados, e isso pode prejudicar as importações de interesse do Estado de SC. Falta pessoal na Receita Federal e no Ministério da Agricultura, para a liberação das cargas.

Um documento elaborado pelo Sindicato das Indústrias de Carnes de SC- Sindicarne e pela Secretaria de Agricultura do Estado foi encaminhado a Associação Brasileira de Proteína Animal- ABPA, pedindo para que seja levado ao presidente da República para solução dessas pendências, a fim de viabilizar a Rota do Milho e suprir uma deficiência importante de milho para as agroindústrias de SC.

A Rota do Milho prevê a saída do produto de Itapúa, no Paraguai, passando por Eldorado na Argentina, atravessando pela balsa no Rio Paraná e entrando em SC via Bernardo Irigóyen, em Missiones, até atingir Dionísio Cerqueira e o Oeste catarinense.

Fonte: Fecoagro/SC