Evandro Carlos Barros apresentou estudo da Embrapa Suínos e Aves. Foto: Departamento Regional de Concórdia/Cidasc

O Departamento Regional da Cidasc em Concórdia promoveu, no dia 12 de dezembro, uma palestra técnica sobre compostagem de animais inteiros para os colaboradores. A compostagem é alternativa segura, eficiente e ambientalmente adequada para a destinação de carcaças de animais mortos nas propriedades rurais.

A atividade foi conduzida pelo analista e engenheiro-agrônomo da Embrapa Suínos e Aves, Evandro Carlos Barros, e foi acompanhada pela gestora regional da Cidasc em Concórdia, Patrícia Diniz Resende Caires. Ela recebeu o palestrante e destacou a importância da qualificação técnica contínua e das medidas de biosseguridade para o fortalecimento da suinocultura, uma das atividades econômicas mais importantes para Santa Catarina.

Durante a apresentação, Evandro Barros detalhou os fundamentos e os resultados de estudos realizados pela Embrapa que validam a compostagem de carcaças de suínos inteiros em leiras a céu aberto como uma tecnologia de baixo custo, fácil operacionalização e elevada eficiência sanitária. A prática surge como alternativa às composteiras convencionais, que demandam maior infraestrutura e mão de obra, especialmente diante do aumento de escala das granjas e da escassez de trabalhadores no meio rural.

Profissionais da Cidasc participaram da atividade de capacitação. Foto: Departamento Regional de Concórdia/Cidasc

Entre os principais pontos abordados esteve a capacidade do processo de compostagem em atingir temperaturas superiores a 50 °C, consideradas essenciais para a eliminação de microrganismos patogênicos. Estudos apresentados demonstram que, quando corretamente manejado, o sistema é eficaz na sanitização das carcaças, eliminando bactérias de importância sanitária, como a Salmonella Typhimurium, sem geração de chorume ou odores desagradáveis.

O palestrante também ressaltou aspectos técnicos fundamentais para o sucesso do processo, como a escolha adequada do local, distante de corpos d’água; a utilização de substratos ricos em carbono, como serragem e maravalha; a espessura correta das camadas, com destaque para leiras montadas com 60 centímetros de substrato, que apresentaram melhor isolamento térmico; e o controle da umidade e da aeração do material.

Ao final do processo de compostagem, que pode variar conforme o peso dos animais, os tecidos moles são totalmente decompostos, restando apenas ossos maiores parcialmente degradados. O material resultante pode ser reaproveitado em novas leiras ou, após a fase de maturação, utilizado como composto orgânico na agricultura, contribuindo para a sustentabilidade dos sistemas produtivos.

A palestra reforçou o papel da Cidasc na promoção de práticas alinhadas à sanidade animal, à proteção ambiental e à saúde pública, além de evidenciar a importância da parceria com instituições de pesquisa, como a Embrapa, para a difusão de tecnologias validadas e seguras no meio rural.

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