
A brucelose e a tuberculose são zoonoses, representando um risco ao bem-estar animal e à saúde da população. A implementação em âmbito estadual do Plano Nacional de Controle de Erradicação da Brucelose e Tuberculose têm sido bem sucedida, fazendo com que Santa Catarina seja o estado com os menores índices de incidência destas doenças em seus rebanhos.
Quem executa este programa sanitário no estado é a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, a Cidasc. O escopo deste trabalho foi apresentado aos estudantes do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Mater Dei (Unimater), em palestra na noite de quarta-feira, em Pato Branco (PR).

A palestra “Atuação do Médico Veterinário da Cidasc no PNCEBT” foi conduzida pelo médico-veterinário Milton Kasper, do Departamento Regional de São Lourenço do Oeste da Cidasc, com a presença do colega Aldevandro Ives Ribas, também veterinário da empresa pública. A atividade fez parte da programação do Mês da Saúde Animal e Vegetal, celebrado durante todo o mês de maio.
Tanto a brucelose quanto a tuberculose podem ser transmitidas ao ser humano se houver consumo do leite cru (não fervido ou não pasteurizado) de animais contaminados. Por esta razão, a legislação exige que os animais sejam testados para estas doenças: os exames para tuberculose devem ser feitos a cada 36 meses e os de brucelose, a cada 24 meses. Além disso, o leite recebido nos laticínios também é submetido à testagem.
A Cidasc estimula os produtores a certificarem suas propriedades como livres de brucelose e tuberculose. O principal critério para ganhar este certificado é testar todo o rebanho para estas duas doenças e obter dois resultados negativos consecutivos, num intervalo de seis meses. A certificação é válida por um ano e é necessário testar novamente os animais para renová-la, o que significa na prática fazer um controle sanitário com mais frequência do que o mínimo exigido por lei.
Santa Catarina já possui mais de três mil propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose. Para o produtor, as vantagens são garantir um rebanho mais sadio, preservar a saúde de quem cuida dos animais e ter maior facilidade ao negociar os animais, por terem a comprovação de sua condição sanitária. Além disso, alguns laticínios oferecem uma remuneração melhor para o leite originado nestas propriedades certificadas.
Como certificar a propriedade:
Para certificar sua propriedade, procure a Cidasc na sua região. No escritório local, o produtor preenche a documentação manifestando interesse em obter a certificação e contrata um médico-veterinário habilitado no Programa de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Bovinas (PNCEBT) para conduzir o trabalho.
É preciso ter dois exames consecutivos negativos para brucelose (fêmeas e machos inteiros a partir de 8 meses) e tuberculose (todos os bovídeos do rebanho com idade a partir de 42 dias), em um intervalo de 6 a 12 meses para a propriedade ser certificada. Para renovar a certificação, é preciso realizar novos exames no rebanho anualmente, o que deve ser feito antes que o prazo de validade da certificação expire.
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