Foto: Departamento Regional da Cidasc de Blumenau.

A agroindústria Sítio Galo do Rio, da família Hahnebach, em Timbó, celebrou uma conquista especial: a entrega de cinco Selos ARTE, pelo Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) de Blumenau, na tarde de 21 de novembro.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Blumenau.

Os produtos certificados com o Selo ARTE foram o Queijo Maturado da Nonna, Queijo Colonial, Queijo Maturado da Ragazza, Queijo Minas Frescal e Queijo Provolone Fresco Defumado. Este reconhecimento atesta a qualidade e a identidade artesanal dos queijos, permitindo sua comercialização no âmbito nacional e garantindo que sejam produzidos com técnicas tradicionais, respeitando a cultura e as características regionais.

Uma trajetória de dedicação e tradição

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Blumenau.

A história do Sítio Galo do Rio remonta a 1985, quando Wilmar Hahnebach e Dirlene Ferrari iniciaram a produção de queijos. Inspirados pela receita da mãe de Dirlene, Maria, e com apenas duas bezerra Bonita, um presente do Nono Leandro, e a vaca Soberana, uma aquisição de Wilmar, marcaram o início da produção de queijos, que rapidamente se tornou a principal fonte de renda da família.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Blumenau.

Hoje, a agroindústria é reconhecida pela qualidade de seus cinco queijos artesanais, cada um com sua história. O Queijo da Nonna, baseado na receita tradicional herdada de Maria, é ideal para quem busca o sabor autêntico dos queijos de antigamente. O Queijo Ragazza, criado por Patrícia, filha do casal, surgiu como solução inovadora para a estocagem durante os verões e conquistou seu lugar na produção. Já o Queijo Provolone Fresco Defumado é conhecido por sua técnica artesanal de defumação e marcas de amarração, enquanto o Queijo Colonial é apreciado por sua textura cremosa e sabor amanteigado. Por fim, o Queijo Minas Frescal, sem maturação, oferece um sabor suave e delicado.

Além da produção de qualidade, a propriedade é certificada como livre de tuberculose e brucelose e segue rigorosamente as boas práticas de fabricação.

Reconhecimento e valorização

A entrega dos Selos ARTE contou com a presença de representantes da Cidasc: Ari Schlagenhaufer, gestor do Departamento Regional de Blumenau; Esthér Elisa Wachholz, responsável pelo Serviço de Inspeção Regional; e Talita Elly Treml, médica-veterinária da Unidade Veterinária Local (UVL) de Timbó.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Blumenau.

“O Selo ARTE é mais do que um certificado; é um símbolo de valorização do trabalho artesanal e da tradição familiar. Para a família Hahnebach, representa a tradição de décadas de dedicação e amor à produção de queijos que carregam história, sabor e danos”, comenta Ari Schlagenhaufer, gestor do Departamento Regional de Blumenau.

Sobre o Selo ARTE

O Selo ARTE é um reconhecimento conferido a produtos de origem animal que são fabricados de forma artesanal e que respeitam as características regionais e culturais. Com o selo, os produtos ganham a possibilidade de serem comercializados em todo o território nacional, ampliando assim o mercado e a visibilidade para as pequenas indústrias artesanais.

A concessão do Selo ARTE é competência dos órgãos estaduais de Agricultura e, em Santa Catarina, esta atividade é coordenada pela Cidasc, por meio do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Deinp). 

Como solicitar o Selo ARTE
Em primeiro lugar, a agroindústria artesanal que deseja obter o Selo ARTE precisa ter registro no Serviço de Inspeção Oficial, que emitirá um relatório de fiscalização comprovando o atendimento às Boas Práticas Agropecuárias e de Fabricação.

Após essa etapa, para realizar a solicitação do Selo, o interessado deve entrar em contato com o órgão estadual de agricultura e protocolar a sua petição, apresentando informações que demonstrem o mérito do produto quanto ao modo artesanal de produção.

Estas informações são apresentadas na forma do Memorial Descritivo do Produto, com exposição dos atributos que o caracterizam como qualificável para receber o Selo ARTE, apontando as particularidades relativas à produção ou aquisição de matérias-primas e aos métodos aplicados no processamento dos ingredientes utilizados na elaboração do produto.

No documento, os aspectos relacionados ao “modo de fazer artesanal” devem ser ressaltados, para qualificar o produto alimentício como artesanal.

Requisitos
Para serem considerados artesanais, no âmbito do Selo ARTE, os produtos alimentícios têm que atender aos sete requisitos estabelecidos pelo Decreto n.º 9.918/19.

As matérias-primas de origem animal devem ser produzidas na propriedade onde a unidade de processamento estiver localizada ou ter origem determinada e os procedimentos de fabricação precisam ser predominantemente manuais e por quem tenha o domínio integral do processo. 

É necessária a adoção de Boas Práticas de Fabricação no processo produtivo e o uso de ingredientes industrializados tem que ser restrito ao mínimo necessário, sendo vedada a utilização de corantes, aromatizantes e outros aditivos considerados cosméticos.

As unidades de produção de matéria-prima e as unidades de origem determinada precisam adotar Boas Práticas Agropecuárias na produção artesanal. O processamento dos ingredientes tem que ser feito, prioritariamente, a partir de receita tradicional e o produto final deve ser individualizado, genuíno e manter a singularidade.

+Selo ARTE
A criação do Selo ARTE se deu pela Lei n.° 13.680, de 14 de junho de 2018 e foi regulamentada pelo Decreto n.º 9918, de 18 de julho de 2019. Essas normativas definiram que produtos artesanais de origem animal, com o Selo ARTE, tem autorização para comercialização em todo o território nacional.

Em julho de 2020, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (SAR) publicou a Portaria n.º 20/2020 com os procedimentos para a concessão do Selo ARTE no Estado e em agosto, conforme a Portaria n.º 25/2020, constituiu o Comitê Estadual do Selo ARTE. O “Cesarte” é um fórum técnico de natureza consultiva, composto por representantes da SAR, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Cidasc e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), responsável por assessorar, dirimir dúvidas, estabelecer parâmetros e propor os procedimentos adicionais necessários para a concessão do Selo ARTE no Estado de Santa Catarina.A concessão do Selo ARTE é competência dos órgãos estaduais de agricultura. Em Santa Catarina, esta atividade está sendo coordenada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), por meio do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Deinp). Os produtos catarinenses beneficiados com o Selo ARTE podem ser consultados no site da Cidasc e também na página do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Mais informações à imprensa:
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