Foto: Departamento Regional da Cidasc de Campos Novos.

Alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I, do Centro Educacional Eliziane Titon, no município de Ibiam, participaram, no dia 9 de outubro, de uma atividade especial do Projeto Sanitarista Junior, promovido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). A ação foi conduzida pelos médicos-veterinários Anderson Favretto, coordenador de Defesa Sanitária Animal do Departamento Regional da Cidasc de Campos Novos, e Aracéli Zanandrea, da Unidade Veterinária Local (UVL) de Campos Novos.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Campos Novos.

Durante a atividade, os profissionais abordaram temas relacionados às abelhas-sem-ferrão e à espécie Apis mellifera, destacando suas funções essenciais na natureza, o ciclo de vida desses insetos, os produtos que produzem e o papel da Cidasc na sanidade apícola. Foram apresentados os processos de cadastro apícola, a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) e os métodos de investigação de doenças que afetam as colmeias.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Campos Novos.

Os estudantes puderam ver de perto como são as caixas utilizadas para o manejo de abelhas-sem-ferrão e Apis mellifera, além de materiais como cera, caixilhos e equipamentos de apicultura, todos fornecidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). Também foram demonstrados o uso de roupas de proteção e do fumigador, essenciais para a segurança no manejo das colmeias.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Campos Novos.

A aula, acompanhada pelas professoras Jackline Odorizzi e Sandra Trevisol, foi finalizada com a entrega de materiais educativos sobre sanidade apícola, reforçando a importância da conscientização desde cedo sobre a preservação das abelhas e a manutenção da saúde das colmeias.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Campos Novos.

O Projeto Sanitarista Junior busca, por meio de ações educativas como esta, promover o conhecimento sobre a saúde animal e vegetal, incentivando os estudantes a serem multiplicadores de boas práticas no campo, essenciais para a sustentabilidade e o desenvolvimento da agricultura.

+Projeto Sanitarista Junior
O Projeto Sanitarista Junior, focado na defesa agropecuária, sanidade ambiental e humana, foi elaborado a partir da construção do Programa Estadual de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária e desenvolvido para ser executado junto às escolas por livre demanda. Desde 2015 leva para a sala de aula conteúdos transversais, relacionados à defesa agropecuária, como sanidade animal, sanidade vegetal e inspeção de produtos de origem animal.

Milhares de estudantes catarinenses já foram beneficiados com esta iniciativa. Ao final do ano letivo eles recebem o certificado de Sanitarista Junior, por completarem a jornada. O material didático é fornecido pela Cidasc e foi desenvolvido por profissionais da companhia, para apresentar as questões sanitárias de forma lúdica e adequada à faixa etária. Trata sobre temas como: saúde animal, sanidade vegetal, qualidade dos produtos agropecuários, uso correto de agrotóxicos, agricultura orgânica, bem-estar animal, preservação do meio ambiente e promoção da saúde humana.

O propósito do projeto é promover mudanças de comportamento, iniciando por tornar a nova geração mais consciente dos benefícios que os cuidados com a sanidade trazem para a produção agropecuária e para a sociedade. As aulas envolvem saídas de campo, apresentação de vídeos educativos e práticas dentro do contexto da defesa agropecuária.

Ficou interessado no Projeto Sanitarista Junior?
Agende uma apresentação sobre o projeto na sua instituição. Envie sua solicitação para o e-mail: fabranco@cidasc.sc.gov.br 

Santa Catarina é destaque na produção de mel
Santa Catarina destaca-se na esfera nacional, quando falamos também na produção de mel. É o primeiro estado em produtividade, com 68 kg de mel por quilômetro quadrado, enquanto a média nacional é de apenas 4,8 kg.

Dedicam-se à produção de mel e derivados 6.824 produtores rurais que cultivam mais de 315 mil colmeias (50 mil dedicadas à polinização de frutíferas e as demais destinadas à produção de mel) e geram um volume, que varia de 6.500 a mais de 8.500 toneladas por ano. A produção do mel e seus derivados é mais uma área na qual se manifesta a excelência sanitária do agronegócio catarinense.

O médico-veterinário da Cidasc, Pedro Mansur Sesterhenn, coordenador do Programa de Sanidade Apícola, explica que este besouro causa grandes perdas nas colmeias, principalmente na sua fase larval. “A Aethina tumida possui um ciclo de vida longo e se propaga por meio do voo ou no transporte irregular de colmeias parasitadas. Esta é uma praga de notificação obrigatória. Contamos com o apoio dos apicultores, dos meliponicultores e do cidadão em geral, para informar a presença ou mesmo a suspeita de qualquer agente biológico à Cidasc”, orienta Pedro Mansur Sesterhenn.

Após a notificação, o Serviço Veterinário Oficial (SVO), que em Santa Catarina é de responsabilidade da Cidasc, deverá atender a suspeita, colher as amostras e fixá-las em álcool 70º, e enviá-las para laboratório de análises oficial. O prazo entre a notificação, a colheita e o envio das amostras não deve exceder 24 horas pelo SVO.

Pedro Mansur Sesterhenn esclarece que a celeridade no processo de atendimento tem por objetivo o êxito na identificação, no controle e na erradicação de possíveis focos.

Prevenção
O coordenador do Programa de Sanidade Apícola, Pedro Mansur Sesterhenn, ressalta que o cadastro junto à Cidasc, bem como o transporte regular das colmeias (atendendo as medidas de trânsito necessárias como a emissão da Guia de Trânsito Animal) são essenciais para um controle sanitário adequado. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Nota Técnica Mapa n.º 09/2019, com orientações sobre as medidas sanitárias a serem adotadas para o controle do Pequeno Besouro das Colmeias.

A recomendação da Cidasc é que o produtor mantenha suas colmeias cadastradas no Sistema de Gestão da Defesa Agropecuária (Sigen+) da companhia. O cadastro é obrigatório e visa monitorar, evitar e controlar possíveis pragas e doenças, que podem afetar as abelhas, além do atendimento e avaliação dos casos de intoxicação por agrotóxicos e do planejamento de políticas públicas para o desenvolvimento do setor produtivo. Em alguns casos, o registro das colmeias possibilita até mesmo prevenir alguns fenômenos, que causam o desaparecimento de abelhas.

Para cadastrar ou atualizar o registro das colmeias, os produtores rurais devem ir até o escritório da Cidasc de seu município e levar um documento de identificação válido e os dados de sua propriedade, como localização, bairro e município e a quantidade de colmeias que pretende adquirir ou já possui.

Movimentação das colmeias
A movimentação dos animais e colmeias entre propriedades rurais deve ser acompanhada da Guia de Trânsito Animal (GTA), que pode ser emitida on-line ou pessoalmente no escritório municipal da Cidasc. Para a emissão da GTA é necessário que o produtor mantenha seu cadastro atualizado.

Orientação aos apicultores
A Cidasc possui um protocolo de controle da praga, e é muito importante que o produtor não tente manipular a colmeia com suspeita de infecção, já que manuseio incorreto pode disseminar o besouro. A orientação é informar imediatamente à Cidasc. Nesse caso, um profissional habilitado vai até o local e colhe material, que será avaliado para dar o diagnóstico, porque outras pragas podem atacar a colmeia com sintomas semelhantes.

Saiba mais sobre o pequeno besouro das colmeias
Os besouros infestam, principalmente, colmeias de abelhas da espécie Apis mellifera. Entretanto, também existem relatos de infestação em colmeias de abelhas-sem-ferrão. Os principais danos à colmeia são causados pelas larvas do besouro que se alimentam das larvas das abelhas e do pólen, além de perfurar as células de mel ao movimentar-se, causando a fermentação do mel e pólen, que se tornam impróprios para consumo humano.

Além desse prejuízo, a infestação das colônias de abelhas pode causar a fuga do enxame e o abandono da colmeia. Os besouros adultos também podem sobreviver na natureza alimentando-se de frutas.

+Defesa Sanitária Animal – Sanidade das Abelhas desenvolvido pela Cidasc

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