Urubici é um município de pouco mais de 10 mil habitantes, com grande potencial turístico por suas características geográficas. Localizado na serra catarinense, está a 915m acima do nível do mar e registra baixas temperaturas no inverno, um atrativo a mais para o turismo rural.
A atividade pode se beneficiar dos cuidados com a sanidade animal, ofertando aos visitantes uma experiência rica e ainda mais segura. A Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) apresentou à prefeitura os benefícios da certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose, demonstrando seu impacto positivo para a saúde do produtor e dos turistas. Compuseram a comitiva a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos; o diretor de Desenvolvimento Institucional, Bernard Borchardt; o coordenador do Programa de Controle de Brucelose e Tuberculose na Cidasc, Fabrício Bernardi; o gestor regional de São Joaquim, Maykon Cechinel Nunes; e a equipe da Unidade Veterinária Local de Urubici.
Ambas as doenças são zoonoses e podem ser transmitidas aos seres humanos, principalmente através do consumo de leite ou derivados não pasteurizados, provenientes de vacas que estejam contaminadas. Certificar os rebanhos torna-se um diferencial na hora de comercializar o gado, de vender o leite e pode sê-lo também ao utilizar a produção local no preparo das refeições oferecidas aos hóspedes e turistas, além de preservar a saúde da própria família do produtor.
“O leite, o queijo, a nata e o camargo (café preparado com o leite ordenhado no local), se não pasteurizados, podem transmitir brucelose e tuberculose, além de outras doenças, e por isso é importante fazer este controle nas propriedades que incluem estes produtos de origem animal na alimentação dos visitantes ou que pretendem comercializar o leite e seus derivados. Neste caso, o produtor deve ainda registrar-se em um serviço de inspeção sanitária oficial, como o Serviço de Inspeção Estadual, a cargo da Cidasc”, explica o médico-veterinário Fabrício Bernardi, coordenador do Programa de Controle de Brucelose e Tuberculose na Cidasc.
Na reunião, a Cidasc apresentou o processo de certificação de propriedade livre de brucelose e tuberculose, que se baseia na obtenção de dois resultados negativos consecutivos de todos os animais do rebanho para ambas as doenças, realizados com intervalo de 6 a 12 meses. O certificado precisa ser renovado anualmente, com a realização de um novo teste por médico veterinário habilitado no PNCEBT – Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose.
A companhia também mostrou sua expertise em inspeção sanitária de produtos de origem animal: além de ser responsável pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE), a Cidasc concede em Santa Catarina o Selo Arte, que distingue produtos artesanais e permite sua comercialização em todo o Brasil. A formalização agrega valor aos produtos coloniais, sem descaracterizá-los, e abre mais possibilidades de negócios ao produtor rural.
‘É muito pertinente esse trabalho que começa a se desenhar em Urubici, porque melhora a saúde animal, necessária para se ter produtividade; protege a saúde humana, porque são doenças silenciosas, a maioria das vezes com sintomas muito difíceis de perceber, só por exames. E as famílias que consomem os produtos e que convivem com os animais precisam ter segurança nessa convivência. Há meios para assegurar isso e o Governo do Estado apoia o turismo rural responsável, prazeroso e próspero, como nesse caso”, diz a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos.
Com as informações recebidas, a prefeitura de Urubici pretende fazer um levantamento de propriedades rurais que poderiam ser certificadas e de quais recursos poderiam ser destinados para desenvolver um projeto de incentivo neste sentido. A Unidade Veterinária Local (UVL) da Cidasc, atendida pela médica-veterinária Denisi Cristini Ribeiro Lins, já está à disposição para orientar os produtores quanto à prevenção da brucelose e da tuberculose bovina.
Como certificar sua propriedade?
Mais de três mil propriedades catarinenses já são certificadas como livres de brucelose e tuberculose. O produtor que se interessar em certificar sua propriedade deve procurar o escritório da Cidasc no seu município para buscar orientações. O produtor deve preencher um requerimento e um termo de compromisso.
Após a entrega da documentação, o médico veterinário da Cidasc analisa e emite seu parecer para que se inicie o processo de certificação. É preciso ter dois exames consecutivos negativos para brucelose (fêmeas e machos inteiros a partir de 8 meses) e tuberculose (todos os bovídeos do rebanho com idade a partir de 42 dias), em um intervalo de 6 a 12 meses para a propriedade ser certificada. Os exames são realizados por médicos veterinários habilitados no PNCEBT e a Cidasc fiscaliza todo o processo.
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