Foto: Departamento Regional da Cidasc de Mafra.

O I Fórum de Agronegócio, realizado no dia 25 de abril em Mafra, foi um marco para a região, e reuniu interessados no fortalecimento econômico local. O evento, fruto de uma colaboração entre o município, a Associação dos Municípios do Planalto Norte (Amplanorte), Sicoob Credinorte, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o Serviço de Apoio às Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae), e contou com momentos de aprendizado, intercâmbio de conhecimentos e reconhecimento de empreendimentos que se destacam no setor.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Mafra.

Um dos momentos mais importantes do Fórum foi a entrega do Selo ARTE, concedido pela Cidasc, pelo gestor do Departamento Regional da Cidasc de Mafra, Fabiano Franco dos Santos, a duas empresas: Sommel Mel e Derivados, de Mafra, e Indústria Conservas Matheus, de Itaiópolis. A Sommel Mel e Derivados recebeu quatro certificações, e a Indústria Conservas Matheus foi reconhecida por dois de seus produtos, que comprovam que a produção é predominantemente artesanal, além da matéria-prima ser prioritariamente de origem própria, conhecida e rastreável. Também são considerados na avaliação o vínculo com a tradição e cultura locais. Essa distinção permite que essas empresas comercializem seus produtos em todo o território nacional, agregando valor e reconhecimento aos seus negócios.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Mafra.

Além das premiações, o estande institucional da Cidasc proporcionou aos visitantes acesso a informações cruciais sobre os programas e ações desenvolvidas pela instituição, bem como orientações fundamentais para os agricultores locais. Essa interação foi uma oportunidade valiosa para compartilhar conhecimento e fortalecer ainda mais a parceria entre a comunidade agrícola e os órgãos de apoio ao desenvolvimento do setor.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Mafra.

+Selo ARTE
A criação do Selo ARTE se deu pela Lei n.º 13.680, de 14 de junho de 2018, e foi regulamentada pelo Decreto n.º 9918, de 18 de julho de 2019. Essas normativas definiram que produtos artesanais de origem animal, com o Selo ARTE, tem autorização para comercialização em todo o território nacional.

Em julho de 2020, a Secretaria de Estado da Agricultura de Santa Catarina (SAR) publicou a Portaria n.º 20/2020, de 20 de agosto de 2020, com os procedimentos para a concessão do Selo ARTE no Estado e em agosto, conforme a Portaria n.º 25/2020, constituiu o Comitê Estadual do Selo ARTE (Cesarte), fórum técnico de natureza consultiva, composto por representantes da SAR, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Cidasc e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), responsável por assessorar, dirimir dúvidas, estabelecer parâmetros e propor os procedimentos adicionais necessários para a concessão do Selo ARTE no Estado de Santa Catarina.

Em Santa Catarina, o Projeto de Selo ARTE e a concessão do Selo ARTE é gerenciado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), por meio do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Deinp). Os produtos catarinenses beneficiados com o Selo ARTE podem ser consultados no site da Cidasc e também na página do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Requisitos
Para serem considerados artesanais, no âmbito do Selo ARTE, os produtos alimentícios têm que atender aos sete requisitos estabelecidos pelo Decreto n.º 9.918/19. 

As matérias-primas de origem animal devem ser produzidas na propriedade onde a unidade de processamento estiver localizada ou ter origem determinada e os procedimentos de fabricação precisam ser predominantemente manuais e por quem tenha o domínio integral do processo. 

É necessária a adoção de Boas Práticas de Fabricação no processo produtivo e o uso de ingredientes industrializados tem que ser restrito ao mínimo necessário, sendo vedada a utilização de corantes, aromatizantes e outros aditivos considerados cosméticos.

As unidades de produção de matéria-prima e as unidades de origem determinada precisam adotar Boas Práticas Agropecuárias na produção artesanal. O processamento dos ingredientes tem que ser feito, prioritariamente, a partir de receita tradicional e o produto final deve ser individualizado, genuíno e manter a singularidade.

Conforme a gestora do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Deinp) da Cidasc, Alexandra Reali Olmos, a agroindústria artesanal que deseja obter o Selo ARTE precisa ter o registro no Serviço de Inspeção Oficial. O interessado deve entrar em contato com a Cidasc do seu município e protocolar a sua petição, ocasião em que receberá as demais instruções necessárias.

“Para que um produto seja agraciado, é preciso que sua produção seja predominantemente artesanal, além da matéria-prima ser prioritariamente de origem própria, conhecida e rastreável. Também são considerados na avaliação o vínculo com a tradição e cultura locais. Por isso, o processo de análise e auditoria para certificação de Selo ARTE necessita de visitas detalhadas in loco para conhecimento das Boas Práticas Agropecuárias (BPA’s) e de Fabricação (BPF’s)”, explica Alexandra Reali Olmos, gestora do Deinp.

Como solicitar o Selo ARTE
Em primeiro lugar, a agroindústria artesanal que deseja obter o Selo ARTE precisa ter registro no Serviço de Inspeção Oficial, que emitirá um relatório de fiscalização comprovando o atendimento às Boas Práticas Agropecuárias e de Fabricação no estabelecimento. Após essa etapa, para realizar a solicitação do Selo, o interessado deve entrar em contato com a Cidasc e protocolar a sua petição, apresentando informações que demonstrem o mérito do produto quanto ao modo artesanal de produção.

Estas informações são apresentadas na forma do Memorial Descritivo do Produto, com exposição dos atributos que o caracterizam como qualificável para receber o Selo ARTE, apontando as particularidades relativas à produção ou aquisição de matérias-primas e aos métodos aplicados no processamento dos ingredientes utilizados na elaboração do produto. No documento, os aspectos relacionados ao “modo de fazer artesanal” devem ser ressaltados, para qualificar o produto alimentício como artesanal.

Vale destacar, que na segunda-feira (08/04), Santa Catarina alcançou um marco significativo na valorização de seus produtos artesanais de origem animal, com a concessão de 153 Selos ARTE, pela Cidasc. Reconhecimento que ressalta a excelência e a autenticidade dos produtos regionais, impulsionando não apenas os produtores, mas também os consumidores que buscam qualidade, desde a origem, até a mesa do consumidor, inclusive com a rastreabilidade da cadeia de custódia completa e tradição. Dentre os produtos já agraciados com o Selo ARTE estão: queijos, méis, linguiças, patês, doces de leite, presuntos, entre outros. 

+O primeiro Fórum do Agronegócio em Mafra 

Este evento tem a intenção de acontecer anualmente e de maneira itinerante nos municípios que compõem a Amplanorte. O encontro aconteceu no Centro de Eventos Raízes da Tradição, situado no Espigão do Bugre, e contou com a presença de empresários do setor do agronegócio e turismo, estudantes, interessados no assunto, potenciais investidores e demais agricultores e convidados. Com um dia inteiro de programação, o Fórum visou congregar especialistas e produtores rurais da região para discutir os principais desafios e oportunidades do agronegócio em Santa Catarina.

Mais informações à imprensa:
Alessandra Carvalho
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 3665 7000
ascom@cidasc.sc.gov.br
www.cidasc.sc.gov.br
www.facebook.com/cidasc.ascom
https://www.instagram.com/cidascoficial/
Ouvidoria: 0800 644 8500