
A turma do quinto ano da Escola Municipal Simões Lopes de Coronel Freitas, teve, no dia 07 de agosto, uma atividade referente ao Projeto Sanitarista Junior da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina. A médica veterinária, Marina Gabriela Possa, da Unidade Veterinária Local (UVL) da Cidasc de Coronel Freitas, responsável pelo projeto na escola, realizou uma aula teórica sobre a Sanidade das Abelhas e em seguida foram para a propriedade dos Srs. Belmiro, Ari e Cleisson Rossoni, na linha Pilão de Pedra, em Xaxim, onde tiveram a oportunidade de conhecer na prática um meliponário e um apiário.

Os estudantes visualizaram o interior das colmeias de abelhas (Apis mellifera) e as abelhas silvestres, tiveram contato com própolis, mel e cera de abelha. Conheceram os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) a serem utilizados na apicultura e os demais equipamentos importantes na extração do mel. Por fim, viram como acontece o processamento de cera bruta em cera alveolada, produzida na propriedade.

As abelhas prestam um serviço ambiental essencial através da polinização, viabilizando a produção de diversas culturas agrícolas e a preservação da vegetação nativa. A fruticultura, atividade de grande impacto econômico em várias regiões de Santa Catarina, é uma das maiores beneficiadas.

A educação sanitária objetiva promover a mudança de atitudes e comportamentos frente aos problemas sanitários, estimulando a população a adquirir hábitos que promovam a saúde e evitem as doenças. Conforme a médica veterinária, a educação sanitária é primordial no âmbito escolar e também deve estar presente nas casas das famílias catarinenses, para promover hábitos saudáveis e de sustentabilidade necessários à manutenção da saúde e do bem-estar de toda a família.

“O importante é enriquecer o currículo escolar e mostrar a importância do trabalho da Cidasc na proteção da saúde pública, saúde animal, saúde ambiental e na promoção do agronegócio catarinense. Com comprometimento de toda a rede escolar, conseguimos levar conhecimento e sensibilizar nossas crianças a serem disseminadoras de informações sobre saúde pública e sanidade animal, vegetal e inspeção de produtos de origem animal”, pontua Marina.

Localização dos meliponários, apiários e equipamentos: Outro ponto importante é instalar o apiário em regiões com boas floradas e fontes de água naturais para que as abelhas sejam bem alimentadas. Além disso, claro, o trabalho com abelhas exige equipamento como Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado para garantir a segurança de seu colaborador.


+Projeto Sanitarista Junior
O Projeto Sanitarista Junior, focado na defesa agropecuária, sanidade ambiental e humana, foi elaborado a partir da construção do Programa Estadual de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária e desenvolvido para ser executado junto às escolas por livre demanda. Desde 2015 leva para a sala de aula conteúdos transversais, relacionados à defesa agropecuária, como sanidade animal, sanidade vegetal e inspeção de produtos de origem animal.
Mais de 15 mil estudantes catarinenses já foram beneficiados com esta iniciativa. Ao final do ano letivo eles recebem o certificado de Sanitarista Junior, por completarem a jornada. O material didático é fornecido pela Cidasc e foi desenvolvido por profissionais da companhia, para apresentar as questões sanitárias de forma lúdica e adequada à faixa etária. Trata sobre temas como: saúde animal, sanidade vegetal, qualidade dos produtos agropecuários, uso correto de agrotóxicos, agricultura orgânica, bem-estar animal, preservação do meio ambiente e promoção da saúde humana.
O propósito do projeto é promover mudanças de comportamento, iniciando por tornar a nova geração mais consciente dos benefícios que os cuidados com a sanidade trazem para a produção agropecuária e para a sociedade. As aulas envolvem saídas de campo, apresentação de vídeos educativos e práticas dentro do contexto da defesa agropecuária.
Ficou interessado?
Agende uma apresentação sobre o projeto na sua instituição. Envie sua solicitação para o e-mail: fabranco@cidasc.sc.gov.br
Apicultura no Brasil e quais são seus benefícios para economia:
A apicultura é uma atividade que consiste na exploração comercial das abelhas para produção de mel, pólen, geléia real e própolis. Depende do produtor direcionar sua atividade para o que mais lhe convier ou atender a demanda do mercado. Um dos principais produtos da nossa apicultura nacional é o mel.
Atualmente os principais países exportadores de mel são a Argentina (detentora de 84,17% das exportações mundiais) e a China (26,59% da exportação mundial). Entretanto, nos três últimos anos esses países tiveram grandes problemas de comercialização, o que gerou um aumento da demanda do mercado mundial e fez com que o Brasil tivesse um aumento no preço pago ao apicultor.
O aumento do valor monetário do mel, fez com que diversos apicultores aumentassem sua produção e outros fora da atividade entrassem para a mesma. Porém, para uma boa produção das colméias é necessária uma quantidade de flora capaz de fornecer néctar e pólen durante todo o ano para as abelhas. Em muitos casos é indicada a suplementação com diferentes alimentos (farelo de soja, farinha láctea, farelo de polpa de citrus.)
Os principais produtos da apicultura são:
– Geléia Real: esse alimento é produzido dentro da colméia visando a alimentação dos embriões de abelha com até 3 dias e para a alimentação de toda vida da abelha rainha (a única que se alimenta integralmente de geléia real). É um alimento altamente proteico e altamente valorizado no mercado para a alimentação humana (diz haver propriedades terapêuticas, mas ainda não há comprovação científica).
– Própolis: A própolis pode ser obtida mediante algumas técnicas de produção (por exemplo, colocar alguns “calços” na tampa da caixa da colméia). É uma substância de aspecto pegajoso e sua cor depende da florada existente na região (geralmente varia de verde-escuro a preto). Sua função natural na colméia é de higienização (a própolis é bactericida), muita usada para fabricação dos mais diversos medicamentos. Há um grande interesse no Japão atualmente em exportar nossa própolis verde (eles acreditam que as propriedades terapêuticas desse tipo de própolis são maiores).
– Mel: Substância altamente energética, rico alimento consumido desde os tempos mais antigos. É rico também em aminoácidos e sua função na colméia é de alimentação das abelhas. É utilizado nos mais diferentes pratos da alimentação humana. A necessidade atual é fortalecer o mercado interno, pois o consumo per capita de mel dos brasileiros é muito baixo, comparado, por exemplo, com o dos argentinos.
– Pólen: Serve de reserva de alimento para as abelhas. É um alimento rico em proteína, mas não tão comumente utilizado para alimentação humana, apesar de toda sua riqueza nutricional.
O que faz um apicultor?
O apicultor é o profissional que atua na área de criação e tratamento de abelhas. Dessa forma, é comum que este mesmo profissional trabalhe com extração e confecção de produtos provenientes desse inseto, tais como o mel, o própolis, a geleia real, dentre outros.
Portanto, o apicultor deve possuir, em seu local de trabalho, um local propício para que as abelhas se reproduzam e possam viver sem maiores problemas. Por esse motivo, é comum que muitos desses profissionais construam colmeias artificiais, para proteger melhor esses grupos.
Apesar de não precisar de formação oficial para exercer essa profissão, um apicultor deve entender a biologia das abelhas e suas funções, tal qual a sua importância para todo o meio-ambiente.
Apicultura no Brasil
O mel está presente no dia a dia dos brasileiros como alimento ou remédio. Segundo o último levantamento feito pelo IBGE, em 2018, a produção anual é em média de 41.594 toneladas. O potencial para aumentar é grande. O país tem características de clima e flora favoráveis ao desenvolvimento da abelha africanizada. Há boas reservas florais (pasto apícola) e de floradas silvestres, que asseguram um mel de qualidade reconhecida no mercado internacional.
O Rio Grande do Sul é o principal produtor nacional. São 37 mil apicultores que produzem 8,5 mil toneladas anuais, concentrando 22,6% do total de colmeias no país, com 487 mil caixas. Exporta para 14 países como Estados Unidos. Canadá e China, tendo gerado em 2018 R$ 11,9 milhões.
No outro extremo do país, o Ceará já liderou o ranking nacional com seis mil toneladas, mas a seca e os baixos preços levaram à retração. Com investimento forte na profissionalização da agricultura familiar, o Estado busca recuperação em 2019. O governo investiu quase R$ 20 milhões no desenvolvimento de polos de produção na chamada “Rota do Mel”.
A estimativa é que ocorra um salto produtivo de 22% no primeiro ano. O cálculo é simples: com a entrega de 29.156 colmeias e uma média de produção de 25 kg a cada 50 colmeias entregues, a atividade tende a ser impulsionada. O Ceará produz anualmente 1,77 mil toneladas de mel, ocupando a terceira posição.
Enquanto cada europeu consome 1,5 quilo per capita, entre os brasileiros o consumo não ultrapassa 100 gramas. Mais conhecido in natura, ele também é utilizado na indústria de cosméticos, com variedade de produtos, cremes, hidratantes e máscaras faciais, entre outros.
Os tipos mais conhecidos são de laranjeira, eucalipto e jataí, mas já há inovações como o mel de marmeleiro e cajueiro. Conforme a origem da flor, o mel tem diferentes aplicações no organismo, desde enxaqueca, regulador intestinal, energético, para a pele, entre outros.
Fonte: https://www.sitiopema.com.br/apicultura-brasil/
+Programa Defesa Sanitária em Abelhas
Objetivo do programa
Apoio à Apicultura e Meliponicultura Catarinense por meio das atividades pertinentes à Defesa Sanitária Animal, como educação sanitária, investigação epidemiológica, diagnóstico, monitoramento, controle e prevenção de pragas e doenças, visando manter as colmeias saudáveis, produzindo adequadamente em quantidade e com qualidade de produtos, e que possam contribuir com o relevante trabalho da polinização dos pomares, que é de suma importância para a agropecuária do Estado.
Objetivos específicos
- Cadastro atualizado;
- Controle e prevenção de pragas e doenças com fiscalização da entrada de produtos através das barreiras sanitárias;
- Atendimento a notificações de suspeita de doenças;
- Encaminhamento de colheitas para laboratório para diagnóstico;
- Vigilância de foco e do entorno;
- Ações em conjunto com a Inspeção de Produtos de Origem Animal para Vigilância nos estabelecimentos de beneficiamento de Mel e Produtos das abelhas;
- Educação Sanitária – através de participação em reuniões, esclarecimento sobre os trabalhos desenvolvidos pela Defesa Sanitária, importância da emissão da GTA, aplicação de questionários para diagnóstico educativo e produção de material informativo;
- Monitoramento de propriedades para conhecimento da presença de pragas e doenças e a distribuição geográfica;
- Estudos epidemiológicos das doenças das abelhas;
- Emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA);
- Planejamento das ações do programa;
- Identificação das Propriedades de Risco;
- Capacitação técnica profissional e educação continuada em Sanidade Apícola e em Meliponicultura;
- Conhecimento, proposição e revisão para a Sanidade Apícola e da Meliponicultura;
- Interação com outras instituições afins para propor e desenvolver atividades em conjunto visando a manutenção e crescimento da Apicultura e da Meliponicultura no Estado.
Mais informações à imprensa:
Alessandra Carvalho
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 3665 7000
ascom@cidasc.sc.gov.br
www.cidasc.sc.gov.br
www.facebook.com/cidasc.ascom
https://www.instagram.com/cidascoficial/
Ouvidoria: 0800 644 8500