Os alunos da Escola Agrícola Municipal Prefeito José Schultz Filho, do município de Mafra, aprenderam como é feita a classificação de produtos de origem vegetal. A aula, nesta terça-feira (08/08), faz parte do Projeto Sanitarista Junior, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), e foi realizada por Sérgio Bueno de Oliveira, técnico agrícola e classificador do Departamento Regional da Cidasc de Mafra e por Francieli Marmentini Claudino Schühli, engenheira-agrônoma também da mesma regional.
Mafra destaca-se muito na agricultura, tanto em produção quanto em produtividade, tudo isso devido à grande área do município possui, e à fertilidade do solo. A maior produção ocorre com as culturas de soja, milho, feijão, trigo, cevada e fumo. “Com essas aulas, a ideia é incentivar e despertar o interesse desses estudantes a desempenharem atividades ligadas ao setor de grãos, no município”, afirma a engenheira-agrônoma Francieli.
Desde sua fundação em 1979, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, desenvolve papel importante na padronização de produtos de origem vegetal, como órgão oficial responsável pela classificação vegetal, mediante credenciamento junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A classificação dos produtos vegetais é importante para produtores, embaladores, beneficiadores, processadores e consumidores. É uma atividade que demonstra a qualidade do alimento que está sendo ofertado ao consumo e garante que os padrões oficiais estão sendo seguidos, de acordo com a legislação. Para chegar às gôndolas dos supermercados, os produtos vegetais que possuem padrão oficial de classificação devem ser classificadas por empresas habiliadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Santa Catarina este serviço pode ser realizado pela Cidasc.
O técnico agrícola e classificador do Departamento Regional da Cidasc de Mafra, Sérgio Bueno de Oliveira, destaca que todo alimento de origem vegetal destinado à merenda escolar deve passar pelo processo de classificação vegetal. “Em programas de aquisição de alimentos, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)/merenda escolar, entre outros, é obrigatório apresentar o certificado de classificação dos fornecedores. A análise da conformidade dos produtos envolve uma série de etapas que avaliarão se determinado lote de produtos atende aos requisitos de identidade e qualidade estabelecidos no Padrão Oficial de classificação vegetal do Mapa”, alerta Sérgio.
+Projeto Sanitarista Junior
O Projeto Sanitarista Junior, focado na defesa agropecuária, sanidade ambiental e humana, foi elaborado a partir da construção do Programa Estadual de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária e desenvolvido para ser executado junto às escolas por livre demanda. Desde 2015 leva para a sala de aula conteúdos transversais, relacionados à defesa agropecuária, como sanidade animal, sanidade vegetal e inspeção de produtos de origem animal.
Mais de 15 mil estudantes catarinenses já foram beneficiados com esta iniciativa. Ao final do ano letivo eles recebem o certificado de Sanitarista Junior, por completarem a jornada. O material didático é fornecido pela Cidasc e foi desenvolvido por profissionais da companhia, para apresentar as questões sanitárias de forma lúdica e adequada à faixa etária. Trata sobre temas como: saúde animal, sanidade vegetal, qualidade dos produtos agropecuários, uso correto de agrotóxicos, agricultura orgânica, bem-estar animal, preservação do meio ambiente e promoção da saúde humana.
O propósito do projeto é promover mudanças de comportamento, iniciando por tornar a nova geração mais consciente dos benefícios que os cuidados com a sanidade trazem para a produção agropecuária e para a sociedade. As aulas envolvem saídas de campo, apresentação de vídeos educativos e práticas dentro do contexto da defesa agropecuária.
Ficou interessado?
Agende uma apresentação sobre o projeto na sua instituição. Envie sua solicitação para o e-mail: fabranco@cidasc.sc.gov.br
+Divisão de Classificação de Produtos de Origem Vegetal (Dicla) da Cidasc:
A Divisão de Classificação de Produtos de Origem Vegetal (Dicla), do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev), da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), assegura ao produtor e consumidor justo valor pelo produto, em função da qualidade e sanidade; possibilita a seleção de produtos para diferentes usos em função da qualidade e sanidade, reduzindo despesas de embalagem, armazenagem e transporte, aumentando a eficiência no manuseio do produto nas diversas etapas da comercialização; evita a comercialização de produtos inadequados ao consumo humano e de animais; e resguarda a economia nacional dos riscos da importação de produtos inadequados ao consumidor.
O trabalho de classificação resulta em benefícios importantes, tais como seleção de produtos para diferentes usos, diferenciação de preços em função da qualidade, redução de despesas de embalagens e armazenamento, impedimento da comercialização de produtos inadequados ao consumo, preservação da economia da importação dos produtos impróprios ao consumo ou de qualidade inferior, garantia da tributação adequada dos produtos agrícolas, detecção de fraudes e contaminações nos produtos, entre outros.
A Cidasc está credenciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para executar a classificação de produtos vegetais, subprodutos ou resíduos de valor econômico destinados à alimentação humana. Os técnicos da Cidasc examinam presença de defeitos, fungos, tamanho, insetos vivos e sementes tóxicas seguindo padrões oficiais estabelecidos pelo Ministério. São classificados arroz, feijão, milho, soja, trigo, milho de pipoca, cevada, produtos amiláceos e outros produtos que possuem padrões oficiais.
Além disso, a área de classificação capacita produtores rurais e usuários em classificação vegetal, e desenvolve trabalhos ligados à extensão agroindustrial, auxiliando tecnicamente as indústrias e produtores rurais.
Relação dos produtos classificados e suas normas de regulamentação e padronização
Para solicitar a classificação, o interessado deve enviar uma amostra de no mínimo 5 kg para o setor de classificação da Cidasc, para formar quatro amostras de no mínimo 1 kg cada, que serão devidamente homogeneizadas, identificadas e lacradas pelo classificador. A amostragem deve ser em quantidade representativa do lote, obedecendo à legislação específica do Mapa. Informe-se com a Cidasc antes de enviar o material para classificação. Cabe ao coletor do material a responsabilidade civil da amostra.
Você pode entrar em contato com a Divisão de Classificação Vegetal da Cidasc pelo telefone: (48) 3665.7081. Também é possível conhecer melhor as etapas da certificação no site da companhia. Para saber mais sobre as ações da Cidasc no âmbito da classificação vegetal, clique aqui.
Benefícios ao consumidor:
A classificação vegetal é uma importante ferramenta para salvaguardar o interesse público, quando associado ao Código de Defesa do Consumidor e as fiscalizações, visto que este serviço atesta a qualidade física de produtos embalados e comercializados, estabelecendo parâmetros para a definição e diferenciação dos preços de cada produto.
A Cidasc realiza a classificação vegetal oficial, preservando e salvaguardando a saúde e o interesse maior do consumidor. Outra beneficiária, da classificação de produtos, é a agroindústria, já que o controle da qualidade inibe a fraude no mercado, possibilitando a concorrência leal, em função da qualidade determinada pela classificação, além de orientar na formação de lotes uniformes, evitando assim a desvalorização dos produtos.
Importante destacar que produtores busquem informações para diminuir as perdas na produção, utilizando sempre as boas práticas agrícolas, colheita no ponto ideal e aplicação das normas de padronização nos produtos destinados ao consumo humano e animal.
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Alessandra Carvalho
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