No dia 16 de novembro, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) de São Lourenço do Oeste participou do 1° Simpósio Agropecuário Regional Bovinocultura de Leite, organizado pela Sociedade Rural do Noroeste de Santa Catarina, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Amizades sem Fronteiras.
Participaram do encontro, pela Cidasc, a gestora do departamento regional da Instituição, a médica veterinária Tatiana Durieux Penso e o médico veterinário Milton Kasper, que palestrou na área de Defesa Sanitária Animal (DSA) sobre o tema: “Febre aftosa, a mãe de todas as doenças, para a pecuária”.
O profissional reforçou a necessidade de permanecer vigilantes, pois entre os mais de 100 produtores presentes no seminário, apenas dois chegaram a conhecer a doença. “A Regional de São Lourenço do Oeste já passou a pior fase de doenças, como a brucelose e tuberculose, mas a melhor forma de acabar ou diminuir essas doenças é certificar as propriedades com livres dessas doenças. Nos municípios, que compõem a nossa regional, já existem mais de 400 propriedades certificadas ou em certificação. No entanto, ainda está muito aquém do necessário”, frisa Kasper.
O evento contou com o apoio da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Associação dos Municípios do Noroeste Catarinense (Amnoroeste), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Prefeitura Municipal de São Lourenço do Oeste.
Como certificar propriedades
De acordo com a Portaria SAR 44/2020, alterada pela Portaria SAR 23/2022, todas as propriedades leiteiras precisam realizar o controle da brucelose e tuberculose. Todos os bovinos precisam ser testados de forma simultânea para tuberculose a cada 36 meses, conforme calendário para realização dos exames, publicado pela Cidasc. Já para brucelose é colhida uma amostra de leite de tanque para diagnóstico da doença no mínimo uma vez a cada 24 meses. Apenas se essa amostra for reagente o produtor precisará realizar exames individuais do rebanho leiteiro para brucelose.
Os rebanhos oriundos de fazendas certificadas têm um status sanitário diferenciado, o que facilita a comercialização dos animais e pode dar melhor remuneração pelo litro de leite. Para manter o certificado válido, o produtor precisa realizar o controle de ingresso de animais e realizar exames anualmente para renovar o certificado da propriedade.
Para obter o certificado, o produtor deve procurar um médico veterinário habilitado, que abrirá o pedido de certificação junto à Cidasc. É preciso ter dois exames consecutivos negativos para brucelose (fêmeas e machos inteiros a partir de 8 meses) e tuberculose (todos os bovídeos do rebanho com idade a partir de 42 dias), em um intervalo de 6 a 12 meses para a propriedade ser certificada.
Santa Catarina já alcançou a marca de mais de 2500 propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose. A demanda tem sido crescente, o que indica que muitos produtores já perceberam o quão vantajosa é a certificação.
O último levantamento feito pela Cidasc constatou que menos de 1% do rebanho catarinense tem brucelose e 0,5% tuberculose. Este índice é tão baixo que Santa Catarina é o estado brasileiro mais próximo de obter a classificação de área de risco desprezível para essas doenças.
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Alessandra Carvalho
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