Mais de mil pessoas acompanharam nesta terça-feira o V Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa, entre público presente ao plenário da Assembleia Legislativa, em Florianópolis, e espectadores que acompanharam a transmissão via internet. O evento trouxe relatos de profissionais que atuaram em diferentes épocas na defesa agropecuária, contribuindo para a conquista do certificado de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação há 15 anos. Também apresentou a visão de futuro para manutenção deste resultado.
Na abertura, o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Ricardo Miotto, afirmou que a conquista do certificado em 2007 foi um marco para a sociedade catarinense. Ele era colaborador da Cidasc naquele ano em que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu o status de zona livre sem vacinação para Santa Catarina. Miotto lembrou o aprendizado proporcionado pela coexistência entre diferentes gerações da defesa agropecuária.
O presidente da Cidasc, Junior Kunz, mencionou que a história da companhia está entrelaçada com a do agro catarinense e o ajudou a ser referência. “Nosso estado foi o primeiro a conseguir ser livre de febre aftosa sem vacinação e até onde sei a OIE sempre certificava países, não estados, e Santa Catarina foi um caso pioneiro”, enfatizou o presidente.
Também presente na abertura, o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Santa Catarina, Túlio Tavares, ressaltou a vanguarda da defesa agropecuária catarinense. “A Cidasc se tornou a melhor empresa de defesa sanitária do país e os catarinenses precisam reconhecer isso. A meta do MAPA é seguir o exemplo de Santa Catarina e fazer o país ser livre de aftosa”, declarou.
A mesa de autoridades contou ainda com a presença do vice-presidente da FAESC, Enori Barbieri; do presidente da Comissão de Agricultura da Alesc, deputado José Milton Scheffer; do gerente executivo do Sindicarne, Jorge Luiz de Lima; do presidente da Assembleia Legislativa de SC, Moacir Sopelsa; e do presidente da Fetaesc, José Walter Dresch.
História e futuro
No primeiro painel, colaboradores da Cidasc de diferentes gerações lembraram a árdua tarefa de controle e erradicação da doença. Claudinei Martins, médico veterinário que iniciou na atividade em 1971 acompanhou as campanhas de vacinação e a resistência inicial de parte dos produtores. Sua geração foi buscar formação na área da epidemiologia para fazer o monitoramento e adotar estratégias de controle da febre aftosa.
Outro profissional que trouxe seu relato foi Clóvis Improta, um pioneiro da educação sanitária. Quando atuou na Cidasc, buscou divulgar através das rádios e das escolas a importância das medidas de sanidade animal para o sucesso da produção agropecuária e para a saúde.
Improta lembrou que foi através da aproximação com a comunidade que foi possível identificar o motivo pelo qual a adesão à vacinação do gado era baixa em determinada região. A solução foi organizar a compra coletiva das doses de vacina, atendendo ao perfil das propriedades rurais daquela localidade, de pequenos rebanhos.
Ao projetar o futuro, os painelistas convidados para o V Fórum Catarinense de Prevenção da Febre Aftosa ressaltaram a necessidade de manter a parceria entre poder público e a iniciativa privada. “O mundo precisa do alimento brasileiro, mas precisamos dar mais informações sobre nossos produtos”, afirmou o presidente do Sindicarne, José Antonio Ribas Junior. Ele ressaltou que o Brasil é o único grande produtor de alimentos que não enfrenta grandes problemas de sanidade animal e este diferencial pode ser explorado para abrir espaço para os produtos brasileiros no mercado internacional.
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