A chegada de 25 lhamas tem despertado a curiosidade dos visitantes do Pico da Malwee, em Jaraguá do Sul, principalmente o filhote nascido no local, que recebeu o nome de Pelé. A espécie é originária dos Andes, mas eles foram trazidos do Paraná, devidamente acompanhados da Guia de Trânsito Animal (GTA), através de uma barreira com permissão de ingresso na divisa estadual. 

As condições de saúde dos animais foram atestadas pelos médicos veterinários da Cidasc Luiz Felipe Crispim Lourenço, Liege Cantelli, Vanessa de Medeiros Bonatelli e Débora Reis Trindade de Andrade, que estiveram no Pico da Malwee há alguns dias. O principal motivo desta vistoria é que as lhamas são biungulados (com o casco fendido), o que as tornam suscetíveis ao vírus da febre aftosa e consequentemente alvos de vigilância para a doença.

A viagem dos animais até Santa Catarina foi possível porque o estado vizinho é uma das seis áreas reconhecidas recentemente como Zonas Livres de Febre Aftosa sem Vacinação pela OIE (veja nota no final do texto). Até 2021, apenas Santa Catarina tinha este status sanitário e por isso as restrições ao trânsito de animais vindos de outros estados eram mais rígidas. Era necessário ter uma autorização de ingresso emitida pelo MAPA e chancelada pela Cidasc, a realização de exames e quarentena na origem e destino.

Das espécies suscetíveis à febre aftosa oriundas de zonas livres de febre aftosa sem vacinação, apenas os bovinos permanecem com restrições para ingresso no estado, pois esta é a única espécie em que se utiliza da vacinação como estratégia para controle da doença. Consequentemente, devem possuir um histórico de imunidade que deve ser controlado para evitar interferência nas ações de vigilância, razão pela qual só podem ingressar bovinos que tenham rastreabilidade, assim como é feito com os rebanhos catarinenses com a brincagem.

Caso tenha interesse em ingressar com algum animal em Santa Catarina, procure um escritório da Cidasc (https://www.cidasc.sc.gov.br/estrutura-organizacional/) e informe-se sobre quais os procedimentos necessários. Assim você evita problemas e ainda ajuda o Estado a manter a excelência em sanidade animal, que é referência para outros Estados e países.

Zonas livres de febre aftosa sem vacinação

A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) reconheceu, no dia 27 de maio de 2021, os estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia como áreas livres de febre aftosa sem vacinação. A certificação também foi concedida a 14 cidades do Amazonas e a cinco municípios do Mato Grosso. A decisão foi anunciada durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, ocorrida entre os dias 24 a 28 de maio de 2021.

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