A Cidasc, por meio da Coordenação Estadual de Sanidade Suídea (CESUI), organizou reunião no dia 21 de setembro com mais de 170 médicos veterinários da iniciativa privada e do ICASA (Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária). Estava em pauta o novo plano do Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS), intitulado Plano Integrado de Vigilância das Doenças de Suínos.

A reunião contou com apresentação do médico veterinário César Augusto Barbosa de Macedo, gestor do Departamento Regional de Rio do Sul e membro da equipe de suporte da CESUI. Também participaram Guilherme Takeda, chefe da Divisão de Suínos do MAPA em Brasília e Alessandra Lacerda, do SFA/SC – MAPA, responsável pelo PNSS em Santa Catarina.

Este plano revisa a Norma Interna 05/2009 e a Norma Interna 03/2014 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), ampliando o escopo de doenças-alvo para a PSC (peste suína clássica), a PSA (peste suína africana) e a PRRS (síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos) e redefinindo os componentes do sistema de vigilância. O texto do plano determina que ele “foi delineado inicialmente para as três doenças, mas pode ser aplicado e adaptado para outras, considerando alterações na situação epidemiológica, demandas relacionadas ao comércio, interesses dos setores público e privado e disponibilidade de recursos.”

Tanto o setor público quanto o privado colaboraram para a elaboração do Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos, pois foi desenvolvido pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) em colaboração com o segmento produtivo, com objetivo de aprimorar a vigilância e as ações voltadas à sanidade animal no país.

O novo plano traz importantes alterações que eram praticadas desde 2009, após a publicação da Norma Interna DSA 05, como por exemplo a notificação aos serviços veterinários oficiais a partir de determinadas taxas de mortalidade em lotes de suínos, de acordo com suas  fases de produção. “Esta é uma grande mudança de paradigma, pois institui acionar a Cidasc quando forem verificados sinais clínicos compatíveis com as doenças alvo do Plano, e por isso é tão importante que todos os médicos veterinários da cadeia suinícola estejam alinhados”, reforçou o diretor de Defesa Agropecuária Diego Rodrigo Torres Severo.

Embora o Brasil esteja livre da peste suína africana há quase 40 anos, esta doença foi bastante discutida na reunião, já que foi notificado um caso de PSA na República Dominicana, além do foco descoberto há algumas semanas no Haiti. Tanto a Cidasc quanto outras instituições ligadas à defesa agropecuária têm atuado para evitar a reintrodução deste vírus no Estado e no país, com intensificação das ações de fiscalização e principalmente por meio de atividades orientativas e de educação sanitária. 

Para a conselheira técnica do ICASA, Luciane Surdi, a inclusão da vigilância ativa contra a PSA e a PRRS foi muito positiva: “A nova proposta do Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos vem fortalecer a capacidade de detecção precoce e resposta rápida e demonstrar a ausência de PSC, PSA e PRRS nas populações de suínos e garantir a certificação da condição sanitária para fins de comércio internacional, mediante vigilância ativa estruturada”.

A médica veterinária Eliana Renuncio, diretora de Sanidade do SINDICARNES e assessora técnica da Aurora Alimentos, afirma que o novo plano é mais assertivo  epidemiologicamente e contribui para otimização dos recursos e compartilhamento de responsabilidades entre serviços públicos e privados:

“Hoje, as exigências cresceram e isto torna necessário aplicar metodologias melhores de análise e implantação de ações mais direcionadas a risco, para usar os recursos disponíveis com mais inteligência e exatidão, selecionando melhor as doenças e o que deve ser efetiva e protocolarmente investigado”, argumenta Eliana. Ela também considera que o plano avança ao alinhar as responsabilidades do poder público e da iniciativa privada quanto a notificações e resposta a possíveis casos.

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