Novo equipamento desenvolvido pela ACCS e Perozin fragmenta a carcaça do animal morto antes de ir para o biodigestor ou composteira
Produzir mais e melhor sempre. Essa filosofia move a suinocultura de Santa Catarina, que há décadas é referência de qualidade para o mundo. Em recente declaração à imprensa, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que investir no agro brasileiro faz bem para os negócios e ao meio ambiente. Mas no Oeste de Santa Catarina essa relação ficou desequilibrada desde que uma empresa privada que fazia o recolhimento dos suínos mortos nas propriedades fechou. Para dar destino correto às carcaças, os suinocultores precisam perder dinheiro e tempo, pois necessitam se desgastar com mais um processo dentro da granja. Somente na suinocultura, Ao menos oito mil propriedades rurais de 75 municípios do Oeste enfrentam diariamente essa dificuldade.
Com essa situação delicada para os suinocultores e que representa risco sanitário, a ACCS foi atrás de alternativas em todas as esferas. Desde 2020 a Associação e a Perozin Indústria Metalúrgica trabalharam no desenvolvimento de um equipamento que fragmentasse completamente a carcaça do animal morto. Após meses de estudos, testes e aprimoramentos foi construído o “Fragmentador de Carcaças” – um produto patenteado. De forma prática, a máquina transforma o animal morto em uma pasta, sendo que o resíduo pode ser destinado para biodigestores e composteira.
Com o Fragmentador de Carcaças, o trabalhador rural não vai mais precisar desmembrar o animal morto manualmente para agilizar o processo de decomposição. “Agora imagina você fazendo esse trabalho. É difícil de fazer, mas é necessário. Essa máquina que desenvolvemos em parceria com a ACCS veio para facilitar a vida do produtor”, reflete Alessandra Perusin Miotto, diretora da Perozin.
O que tinha no mercado até então eram grandes máquinas, com motores de alto consumo, que não cabiam no orçamento e na realidade de pequenas e médias propriedades rurais. “O comitê de desenvolvimento tecnológico coordenado pelo senhor Harry Perusin se inspirou em uma solução fora da área de suínos e aves. Nossa empresa adaptou a ideia com foco nas propriedades rurais”, destaca Alessandra.
Conforme dados da ACCS, Santa Catarina tem hoje 452 mil matrizes comerciais, com um abate anual que chega a 13 milhões de cabeças. Tais números consolidam o Estado como o maior produtor de suínos do Brasil. Com números tão expressivos, a mortalidade de animais dentro das granjas ocorre de forma proporcional – embora dentro da normalidade. “O Fragmentador de Carcaças vai levar bem-estar para dezenas de produtores. Essa inovação tecnológica vai agregar muito também na segurança sanitária da nossa produção”, avalia o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.
EQUIPAMENTO EM PRÁTICA
Com a presença de lideranças do agro de Santa Catarina, o Fragmentador de Carcaças foi lançado oficialmente na segunda-feira (7), em Concórdia, na sede da Perozin Indústria Metalúrgica. Na ocasião houve a demonstração prática do equipamento, que impressionou os presentes pela eficiência. “Hoje é um desafio para nós destinar a carcaça dos animais mortos. o gestor do departamento regional de concórdia Daniel Volnei Nogueira Canabarro participou do evento representando, o presidente da Cidasc Plinio de Castro.
É complicado até de achar colaboradores que queiram trabalhar com isso porque é um processo bem desgastante. Esse Fragmentador vai ajudar muito os produtores no destino correto dos animais mortos. Dentro dos biodigestores, por exemplo, os resíduos vão se transformar em energia limpa”, diz o produtor de suínos Rodrigo Da Ros.
O Fragmentador de Carcaças também foi elogiado por representantes da agroindústria, que apostam no equipamento como um forte aliado do dia a dia do suinocultor.
HOMENAGEM
Durante o protocolo de lançamento – que seguiu todas as normas sanitárias –, foi feita uma homenagem para Santiago Ibarra, que em vida foi um grande entusiasta da produção de energias renováveis. Infelizmente ele faleceu no ano passado vítima da Covid-19. Enquanto foi diretor da Gter-Energias Renováveis, Santiago sempre defendeu a criação de um equipamento que desmanchasse o animal morto antes de ser colocado no biodigestor e eliminasse o transporte para locais fora das propriedades.
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