A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, através do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal iniciou, durante o mês de janeiro de 2021, um inquérito epidemiológico para estimar a prevalência do vírus da Laringotraqueíte Infecciosa das Aves (LTI) em granjas de postura e de recria de postura comercial no território catarinense.
O estudo, elaborado e coordenado pela Cidasc, dispõe do apoio do Laboratório de Patologia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), do Centro de Diagnóstico de Sanidade Animal (CEDISA) e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa) e foi precedido de um levantamento inicial realizado na região de São Ludgero, onde, em 2020, a doença foi confirmada pela primeira vez no território catarinense em uma propriedade de postura comercial. O objetivo do estudo é verificar a situação da doença no plantel avícola do estado para subsidiar a elaboração de programas de prevenção e controle.
A Laringotraqueíte Infecciosa das Aves (LTI), causada pelo vírus Gallid Herpersvirus 1 (GaHV1), é uma doença respiratória grave, altamente contagiosa às galinhas, que pode causar alta mortalidade e até expectoração de sangue nas aves. Acomete sobretudo galinhas, embora possa infectar, também, faisão, perdiz, pavão e perus. A transmissão do vírus se dá através de aerossóis produzidos por secreções das vias ocular e respiratória, que entram em contato direto ou indireto com aves susceptíveis e passam a infectá-las. A principal forma de reduzir os riscos de circulação do vírus na granja é reforçando as medidas de biossegurança, o que reduz o contato das aves com o ambiente externo.
É muito importante destacar que o vírus não causa doença no ser humano, portanto não torna os produtos – ovos, carne – inseguros para o consumo, mas possui o potencial de causar grandes perdas produtivas e econômicas aos produtores. De acordo com o médico veterinário Flávio Pereira Veloso, coordenador estadual do Programa de Vigilância Epidemiológica da Cidasc, o controle de todas as doenças dos animais de importância econômica é vital para o sucesso da produção agropecuária catarinense, aumentando a competitividade do país junto aos mercados internacionais.
“As propriedades participantes do estudo constituem uma amostragem da cadeia produtiva de postura e de recria de postura comercial do estado e foram selecionadas aleatoriamente. A identificação destas propriedades não será divulgada. Para o diagnóstico das aves, os médicos-veterinários da Cidasc coletam amostras de sangue e realizam necropsia em algumas aves das granjas, quando são colhidos fragmentos de órgãos e tecidos para diagnóstico laboratorial. Esse material é enviado para processamento nos laboratórios e os resultados serão analisados para posterior publicação do relatório final, que permitirá à Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina e à Cidasc, junto com o setor produtivo, estabelecerem as medidas necessárias para reduzir os impactos da doença no estado”, explica Veloso.
Participação da comunidade
A Cidasc conta com o apoio e a ajuda do produtor e da população para o sucesso no controle e prevenção e erradicação das doenças animais. Qualquer cidadão que tenha conhecimento da suspeita ou confirmação de doenças animais constantes nas listas de doenças de notificação têm a obrigação legal de comunicar aos órgãos oficiais de defesa sanitária animal.
A Instrução Normativa do MAPA N° 50/2013 define as doenças de notificação obrigatória ao serviço veterinário oficial, que devem ser comunicadas à Cidasc através de qualquer Unidade Veterinária Local, do 0800 644 8500 ou através dos emails epidemiologia@cidasc.sc.gov.br e dedsa@cidasc.sc.gov.br .
A notificação imediata ao Serviço Veterinário Oficial de ocorrências de determinadas doenças animais é de fundamental importância para proteger a pecuária catarinense e a saúde pública.
Fonte: Departamento de Defesa Sanitária Animal
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