Foto: Departamento Regional de Rio do Sul

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, através do Departamento Regional de Rio do Sul realizou, no dia 26 de janeiro, operação conjunta com a Polícia Militar Ambiental de Rio do Sul de combate ao abate clandestino no município de Agrolândia.

De acordo com a Cidasc de Rio do Sul, a equipe se deslocou até o local para checar uma denúncia anônima feita no site da Ouvidoria do Estado sobre um abate clandestino de suínos e aves que estaria funcionando numa propriedade rural.

Ao chegarem ao local, os técnicos da Inspeção de Produtos de Origem Animal constataram que, de fato, realizava-se abate de animais de forma clandestina naquela propriedade. No interior de um galpão havia toda uma estrutura para abate de animais e processamento de produtos.

Foto: Departamento Regional de Rio do Sul

Os médicos veterinários que participaram da operação, Lauri José Giachin, Cícero Patzlaff e Guidyan Anne Silva Santos, destacam que as denúncias mostram que a população está atenta aos riscos trazidos pelos abatedouros clandestinos. Eles relatam que no local encontraram diversos cortes de carne suína e derivados, cortes de frango congelado e em menor quantidade mel e manteiga sem rotulagem.

Lauri José Giachin, médico veterinário da área da inspeção, destaca que todos os estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Estadual dispõem de médico veterinário inspetor, o qual realiza a inspeção e a fiscalização do cumprimento das exigências sanitárias. “Nos estabelecimentos de abate, a presença diária do médico veterinário é obrigatória para a identificação de possíveis doenças, destinação correta das peças que possam estar comprometidas e ainda, realizar a supervisão geral dos procedimentos nos abatedouros. O animal é submetido a uma série de análises e exames, antes e após o abate, com isso há garantias ao consumidor final de que o produto tem qualidade e sanidade. São as denominadas inspeções ante mortem e post mortem”, explica

Foto: Departamento Regional de Rio do Sul

“Abater animais clandestinamente, além de violar os procedimentos adequados quanto ao bem-estar animal e abate humanitário, o abate clandestino é normalmente realizado em instalações extremamente precárias e inadequadas, com instrumentos e técnicas inapropriadas. No abate clandestino não existe, tampouco, qualquer controle quanto ao trânsito de animais, item de suma importância na prevenção de doenças que afetam os rebanhos, como é o caso da febre aftosa”, complementa Lauri.

O abate clandestino representa um grande desafio para as autoridades sanitárias catarinenses porque impede o controle sanitário e a rastreabilidade da carne e de produtos de origem animal, tanto pela ausência de inspeção adequado das carcaças, quanto pela inobservância de normas e procedimentos sanitários durante a manipulação do animal (Boas Práticas de Fabricação), fato que ofende a legislação e o direito do consumidor de adquirir e consumir alimentos de qualidade e inócuos. Também representa um dos mais preocupantes fatores de risco à saúde pública, pela exposição a agentes infecciosos e parasitários, como aqueles que são transmitidos ao homem pelos animais, pela ingestão de alimentos de qualidade sanitária suspeita e pela contaminação do meio ambiente.

Diante os fatos, foi lavrado auto de infração por funcionar sem autorização e sem inspeção sanitária.Uma tonelada de produtos de origem animal foi apreendida e destruída em aterro sanitário. De acordo com os médicos veterinários que participaram da operação, o dono foi orientado a buscar a regularização da situação junto à Prefeitura e o Serviço de Inspeção Municipal e, se necessário, o Serviço de Inspeção Estadual de responsabilidade da Cidasc.

A atuação do Serviço de Inspeção assume um papel importante na qualidade dos produtos e na garantia da saúde dos consumidores, seja através do combate a produção e comercialização de alimentos de origem clandestina, como pelo aumento da oferta de produtos inspecionados pelas fiscalizações higiênico-sanitários. Através das ações da Cidasc, objetivamos conscientizar a população e os comerciantes sobre o grande risco do abate clandestino e da comercialização dos produtos provenientes da clandestinidade.

Como é produzida a carne inspecionada?

  • O animal provém de propriedade registrada no Órgão Oficial de Defesa Sanitária  Animal, local controlado sanitariamente;
     
  • Na chegada ao frigorífico, o animal é examinado por médico veterinário;
     
  • São respeitadas as normativas de bem-estar animal, desde o carregamento na propriedade até a efetivação do abate;

  • O animal é abatido em frigorífico registrado no Serviço de Inspeção, com estrutura física adequada para realização do abate e industrialização;
  • Animais com qualquer moléstia ou doença transmissível são descartados, uma vez que o médico veterinário detém conhecimento para realizar a inspeção das vísceras e carcaças;
  • Todo processo de abate ou industrialização tem acompanhamento veterinário, sempre seguindo as boas práticas de fabricação;
     
  • O transporte do produto final é feito em veículos apropriados para este fim e com alvará de saúde, respeitando as condições de higiene e temperatura adequados.

Participação da comunidade 

A Cidasc conta com o apoio e a ajuda da população para o sucesso no combate ao abate clandestino. O consumidor pode auxiliar no combate ao abate clandestino através de denúncias à Ouvidoria Geral do Estado de Santa Catarina, pelo telefone 0800-644 8500; ou site. (http://www.ouvidoria.sc.gov.br/cidadao/). O denunciante não precisa se identificar.

Fonte: Departamento Regional de Rio do Sul

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