Arte: Ascom/Cidasc

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc está empenhada em eliminar a brucelose dos rebanhos do estado de Santa Catarina e reduzir as perdas de produtividade no campo.

Os bovinos com brucelose são encaminhados para abate sanitário e o produtor que cumpre a legislação é indenizado pelo Fundo Estadual de Sanidade Animal – Fundesa. Quanto mais rápido se encontrarem os animais positivos, menor é o prejuízo da propriedade e mais rápido é solucionado o problema.

Brucelose

A brucelose é uma doença causada pela bactéria Brucella abortus e pode ocasionar aborto e queda na produção de leite. Ela ataca animais machos e fêmeas.

Muitos animais contraem a doença quando comem ou lambem restos de placentas no pasto, visto que, quando a vaca sofre o aborto, a Brucella pode permanecer viva por cerca de seis meses no solo e pastagem. A transmissão também pode acontecer durante a monta natural, ou na inseminação com material ou sêmen contaminado.

O ser humano pode contrair a brucelose, assim como os animais, quando entra em contato direto com os restos de aborto ou placenta. Além disso, o consumo de leite cru e derivados contaminados pela bactéria também podem acometer o homem.

Como perceber

Alguns sintomas podem auxiliar o produtor na identificação da doença entre os animais da propriedade, entre eles: Aborto no 7º mês de gestação, principalmente nas primeiras crias; Queda de produção de leite; Nas fêmeas pode ocorrer retenção de placenta, repetição de cio e até infertilidade; Nos machos, observa-se o inchaço dos testículos.

Contudo, animais doentes podem não apresentar os sintomas listados acima. Portanto, é importante realizar exames em todos os animais da propriedade.

Prevenção

Ações conjuntas e alguns cuidados básico podem, a longo prazo, auxiliar na erradicação da brucelose dos rebanhos catarinenses.

– É importante comprar apenas animais que tenham exame negativo para brucelose, ou de rebanhos lives da doença e com a Guia de Trânsito Animal – GTA.

– Utilizar touros de monta que tenham exame negativo para brucelose.

– Realizar a inseminação artificial somente com material de locais que garantam a segurança contra a doença.

– Fazer testes periódicos no rebanho, para conhecer a saúde dos animais.

– Lavar as mãos após manejar os animais.

– Sempre usar luvar para mexer nos fetos abortados e placentas com infecção.

– Queimar o feto abortado e a placenta, em seguida, desinfetar o local do aborto.

– Sempre ferver o leite antes de beber.

Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose

O objetivo do Programa é diminuir ou até mesmo erradicar  a incidência de casos de Brucelose e Tuberculose bovina e bubalina e certificar propriedades que ofereçam ao consumidor produtos de baixo risco sanitário. É realizada investigação de possíveis focos, por vigilância ativa, mediante a parceria com Agroindústrias do Setor Leiteiro (Laticínios).

O Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose certifica a propriedade que cumpre o que estabelece o Artigo 57 do regulamento Técnico do PNCEBT. De acordo com o Mapa, a proposta do Programa foi elaborada com a participação de especialistas e pesquisadores em epidemiologia, em medicina veterinária preventiva, e em Serviços de Inspeção e Defesa Sanitária Animal.

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