A produção de leite vem numa crescente em Santa Catarina. Em dez anos, o estado ampliou em 82% a sua capacidade produtiva. No mesmo período, a produção do Brasil aumentou em 32%. As expectativas são de um crescimento ainda maior para os próximos anos, focado principalmente no mercado externo.

Pensando nisso e objetivando melhorar a produção e renda dos produtores rurais, além de esclarecer sobre as responsabilidades dos produtores, dos laticínios e dos profissionais do ramo leiteiro de Santa Catarina é que a Cidasc e Epagri realizaram, no dia 05 de março, reunião técnica no município de Aurora, regional de Rio do sul, com produtores rurais, médicos veterinários, engenheiros agrônomos e empresários.

Segundo a médica veterinária Alexandra Reali Olmos, responsável estadual pela Coordenação de Inspeção de Leite e Derivados da Cidasc, o leite é a atividade agropecuária que mais cresce em Santa Catarina e envolve mais de 45 mil produtores em diversos municípios do estado. Na reunião ela fez uma apresentação sobre as Instruções Normativas (IN) 76 e 77/2018, que preveem as novas diretrizes da cadeia leiteira, que começaram a valer em 30 de maio de 2019. “As mudanças previstas nas INs implicará em maior comprometimento da cadeia produtiva em busca de uma melhoria contínua na qualidade do leite”, disse Alexandra.

A produção catarinense é bem maior do que o consumo estadual, mais da metade da produção é destinada ao abastecimento de outros estados. A tendência é que a produção estadual continue crescendo nos próximos anos, o que deve aumentar a participação estadual no mercado interno e ampliar as possibilidades de o estado alcançar também o mercado externo.

Durante o evento, o médico veterinário da Cidasc, Cícero Patzlaff, falou sobre pequenos cuidados que podem fazer a grande diferença na qualidade do leite, a exemplo da manutenção dos equipamentos, da higiene no manejo, do cuidado das instalações física e da sanidade dos animais com foco no combate da brucelose e tuberculose bovina.

Os extensionistas da Epagri são grandes apoiadores em ações conjuntas desenvolvidas pela Cidasc e entidades ligadas ao agronegócio. Alexandra destaca que os trabalhos de extensão rural principalmente aquelas envolvendo a sanidade animal, com foco em trabalhos direcionados à prevenção da brucelose e da tuberculose são importantes para a promoção da cadeia leiteira. “A ação efetiva de todos os elos da cadeia produtiva permitirá avanços na qualidade do leite catarinense, na sanidade dos animais e também na abertura de novos mercados para os produtos de origem animal que produzimos aqui em nosso estado”, destaca a médica veterinária.

Instruções Normativas (Ins) 76 e 77

•  A IN 76 trata das características e da qualidade do produto na indústria.
   
• A IN 77 estabelece critérios para obtenção de leite de qualidade e seguro ao consumidor. As regras abrangem desde a organização da  propriedade rural, suas instalações e equipamentos até a formação e capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas, o controle sistemático de mastites, da brucelose e da tuberculose.
  

Acesse aqui a IN 76 e aqui a IN 77

Fonte: Alexandra Reali Olmos – Médica Veterinária

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