Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina Bandeira Estado de Santa Catarina

Cidasc apresenta balanço positivo de 2018

Arte: Ascom/Cidasc

Durante o ano de 2018, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc registrou, com o apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, conquistas em diferentes áreas.  

Os investimentos (despesas de capital) efetuados pela Cidasc em 2018, totalizaram 2,7 milhões de reais, de janeiro a novembro, empenhados e/ou pagos com recursos próprios. Deste valor, aproximadamente 95% cerca de 2,6 milhões de reais, foram aplicados no Terminal Graneleiro de São Francisco do Sul.

Para o presidente da Cidasc, Luiz Alberto Rincoski Faria, o sucesso da agropecuária catarinense é resultado do empenho dos profissionais da Companhia, além do trabalho em conjunto com outras instituições e o produtor rural. “Graças a dedicação dos nossos colaboradores e às parcerias que tivemos, foi possível desenvolver um bom trabalho em 2018”, afirma.

Um dos diferenciais de Santa Catarina são os status sanitários de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação e Zona Livre de Peste Suína Clássica, e isso é de extrema importância para a economia catarinense. Hoje o agronegócio representa mais de  60% das exportações do Estado. “A Cidasc executa o trabalho de preservação da sanidade animal e vegetal com maestria. Nosso objetivo é continuar produzindo excelentes resultados tanto no agronegócio como na preservação da saúde pública”, destaca o presidente da Companhia.

A força de trabalho da Cidasc conta com 1023 colaboradores efetivos, subdivididos em diferentes áreas e funções, como mostra a tabela abaixo:

Defesa Sanitária Vegetal

Durante o ano, o Departamento de Defesa Sanitária Vegetal atuou em diversas frentes de trabalho.  A área conta com 45 engenheiros agrônomos, que atuam na área de fiscalização de insumos e defesa sanitária vegetal, simultaneamente. Entre elas estão as ações realizadas mediante Convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, por meio do qual foram fiscalizadas 523 unidades de produção – de banana, maçã e citrus, bem como 215 unidades de consolidação – destas espécies. Essas atividades viabilizaram no último ano a comercialização dessas frutas para diversos estados da federação, movimentando cerca de 2,3 bilhões de reais na economia catarinense.

A constante vigilância dos profissionais da defesa sanitária vegetal de Santa Catarina, com mais de 1200 inspeções em levantamentos de pragas em solo catarinense, permitiu a detecção de três pragas ausentes no Estado: Ralstonia solanacearum raça 2, Cydia pomonella e Euphorbia helioscopia. Quanto ao foco de moko da bananeira (Ralstonia solanacearum raça 2) no município de Antônio Carlos, e graças a rápida resposta da Cidasc, o foco foi erradicado e o status de Área Livre da Praga foi mantido pelo Mapa.

Já com o objetivo de manter o status de Área livre da Cydia pomonella, o Departamento viabilizou a instalação 200 armadilhas, que foram monitoradas semanalmente. A manutenção do status de praga erradicada, viabiliza a exportação de 60 mil toneladas para a Ásia e União Européia. Essa situação sanitária diferenciada gerou receitas na ordem de 40,6 milhões de dólares aos produtores catarinenses em 2018.

Além disso, devido à importância da certificação fitossanitária para Santa Catarina, foi promovido, em parceria com o Mapa, um curso para habilitação de responsáveis técnicos. Desta forma, os produtores catarinenses poderão contar com mais 25 profissionais habilitados para atuar no processo de certificação fitossanitária para as pragas Neonectria Ditissima e Monilinia Fructicola na cultura da maçã.

Com relação a rastreabilidade vegetal, o programa e-Origem, lançado em 2017 como uma ferramenta gratuita para a inserção do pequeno produtor no mercado de produtos vegetais com origem rastreada, e executado em parceria com a Epagri, já ultrapassou 1300 produtores cadastrados em 190 municípios do estado e 5200 códigos de rastreabilidade gerados. Foram realizadas ainda mais 50 reuniões em todas as regiões do estado envolvendo mais de 2134 participantes entre agricultores, técnicos e representantes de prefeituras, sindicatos, vigilância sanitária e associações de municípios.

Divisão de Fiscalização de Insumos Agrícolas

Visando a segurança dos alimentos produzidos e consumidos no estado, a Divisão de Fiscalização de Insumos Agrícolas, através dos programas de Monitoramento da Qualidade de Produtos Orgânicos e Alimento sem Risco, coletou 620 amostras ao longo deste ano, que resultou em 95% dos alimentos orgânicos isentos de resíduos de agrotóxicos. E com relação aos alimentos convencionais, os índices de conformidade alcançados no estado tiveram grande evolução, onde se verificou, nos últimos sete anos, um aumento de conformidade de 65%, para 83%. Neste mesmo período foram coletadas amostras de 21 culturas sendo analisados 430 princípios ativos.

Ainda na linha de proteção à saúde da população catarinenses,  o gestor do Departamento, Ricardo Miotto Ternus, destaca o trabalho realizado pela Cidasc junto aos diversos setores da sociedade, buscando à aprovação do novo Decreto Estadual de Agrotóxicos, “Trata-se de uma legislação moderna e atual que tem por objetivo normatizar a produção, comercialização e uso destes insumos no estado, garantido a toda sociedade uma política pública rígida e atual para resguardar os interesses tanto dos cidadãos quanto dos agricultores.”

Também atuamos firmemente na fiscalização de insumos agrícolas, com ênfase na coleta e análise de sementes. Desde 2013 até agora já foram analisadas mais de 1.800 amostras de 22 duas espécies de sementes comercializadas no estado. Foi possível perceber avanços na qualidade dos lotes de sementes de espécies forrageiras de verão e grandes culturas como a soja e o trigo. Contudo, espécies forrageiras de clima temperado ainda merecem atenção especial do controle externo, realizado pela Cidasc, principalmente com relação a sua qualidade fisiológica.

Com relação à fiscalização qualitativa de produtos domissanitários, mais uma vez o estado está na vanguarda. Em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca – SAR, serão coletadas 30 amostras para verificar se o percentual do ingrediente ativo descrito na embalagem está adequado ao que é proposto pelas normas legais. A ação visa proteger a saúde dos usuários e todas as amostras testadas se apresentaram dentro dos limites legais estabelecidos.

Divisão de Classificação de Produtos de Origem Vegetal

A classificação vegetal tem por objetivo oferecer produtos nos padrões físicos de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa para os consumidores. Abrange toda população do estado e cerca de 350 empresas, que solicitam os trabalhos de classificação da Cidasc para atender a legislação e mais 50 em outras atividade Selo de Conformidade Cidasc – SCC e Afrubra.

Em 2018 foram certificadas quatro empresas no programa SCC, sendo: uma em beneficiamento de arroz, duas em beneficiamento de maçã e uma produção primária hidropônica. Foram realizadas quatro auditorias de implantação e 14 de renovação e aproximadamente 80 consultorias nas empresas em processo de implantação. Três novas empresas aderiram ao Selo.

Os técnicos do SCC amparam 26 empresas em diversos segmentos de processamento de alimentos. Por adesão voluntária, presta consultoria na elaboração de Manual de Boas Práticas de Fabricação – MBPF, Manual de Boas Práticas Agrícolas – MBPA e Procedimentos Operacionais Padronizados – POP’s, tornando os processos padronizados e os produtos seguros para os consumidores. Após o término da consultoria a empresa é auditada e se cumprir os requisitos pré estabelecidos é certificada, a certificação é renovada semestralmente através de auditorias.

“O Programa Selo de Conformidade Cidasc visa adequar os processos de fabricação com base na legislação pertinente, elevar a segurança dos produtos de origem vegetal e oferecer condições para melhoria contínua aos estabelecimentos do agronegócio e agrofamiliares de Santa Catarina”, destaca a gestora da Divisão, Valdirene Régia Bizolo Sommer.

A classificação vegetal  atende importação em quatro portos e uma aduana seca, empresas cerealistas e beneficiadoras de frutas, na qual, de janeiro a outubro, foram classificados aproximadamente  850 mil toneladas de produtos. Subdivididos em mercado interno: 300 mil toneladas de produtos e 1.650 certificados emitidos, entre farinhas, óleos, frutas e cereais (arroz); mercado externo: 42 mil toneladas de produtos classificados e 1.800 certificados emitidos, frutas, cereais e vegetais; importação: 450 mil toneladas de produtos e 7.900 certificados emitidos, entre frutas, farinhas, e cereais.

Inspeção de Produtos de Origem Animal

O Serviço de Inspeção Estadual – SIE do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal,  tem como objetivo a manutenção da saúde pública, através da realização de ações de fiscalização, supervisões e auditorias em estabelecimentos que manipulam e elaboram produtos de origem animal. Dessa maneira, garantem a qualidade e inocuidade dos alimentos, permitindo sua comercialização.

“As ações dos profissionais da Cidasc, observando a legalização documental e estrutural nos estabelecimentos que produzem produtos de origem animal, promove o combate à clandestinidade e atua com a finalidade de oferecer à população produtos sem risco sanitário e de alta qualidade ao consumo humano” ressalta o  gestor do Departamento, Jader Nones.

Cerca de 200 médicos veterinários habilitados, vinculados a 14 empresas credenciadas e 100 médicos veterinários vinculados à Cidasc por meio de convênios firmados com prefeituras, prestam serviços nos 550 estabelecimentos credenciados no SIE (Sistema de Inspeção Estadual). O Departamento também certificou e realizou fiscalizações de manutenção em mais de 30 estabelecimentos sob o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), condição necessária para que estabelecimentos com selo SIE possam comercializar a produção fora do estado de Santa Catarina

Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal

O Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal atuou na manutenção do reconhecimento internacional de Zona Livre de Febre Aftosa, através da execução de um sistema de vigilância ativa para febre aftosa, possibilitando demonstrar para os organismos internacionais de referência e para os parceiros comerciais, a inexistência da doença nos rebanhos catarinenses e, ao mesmo tempo, reforçando o vínculo da Cidasc com os produtores com a finalidade de estimular a notificação de eventuais suspeitas da doença.

Com a manutenção em 2018 da certificação como Zona Livre de  Peste Suína Clássica, através das atividades de vigilância executadas nas granjas de suínos, os produtos catarinenses alcançaram os mercados mais exigentes do mundo. Santa Catarina respondeu por 60% das exportações brasileiras de carne suína.

Para realizar as atividades da Defesa Sanitária Animal, a Companhia conta com aproximadamente 180 médicos veterinários efetivos.

Uma atividade decisiva realizada pela Cidasc para promover medidas de proteção sanitária é a fiscalização de veículos e cargas em postos nas divisas do estado ou em barreiras móveis nas estradas. A vigilância busca prevenir a introdução de doenças animais e pragas vegetais que colocam em risco a saúde pública, a sanidade animal, vegetal e os interesses econômicos do estado. O sistema funciona o ano inteiro, 24 horas por dia, 7 dias por semana, para garantir um dos maiores patrimônios do estado: a sanidade agropecuária de Santa Catarina. Neste ano foram realizadas cerca de 500 mil fiscalizações de trânsito.

Para acompanhar o crescimento do setor agropecuário, a Cidasc aperfeiçoou o Sistema de Gestão de Defesa Agropecuária Catarinense – Sigen+, um sistema informatizado desenvolvido para facilitar o acesso do produtor aos serviços da Companhia. Foram realizadas melhorias com desenvolvimento de novas ferramentas e relatórios, permitindo maior segurança na informação e agilidade para a emissão de documentos sanitários. Somente neste ano, foram emitidas 1.2 milhão de Guias de Trânsito Animal – GTA’s. Atualmente, o produtor pode solicitar a GTA de qualquer computador com acesso à internet e impressora, documento que antes era solicitado apenas em escritórios da Companhia. A ampliação do sistema consolida a interação entre 195 mil produtores rurais e a Cidasc.

“O recebimento de certificação da compartimentação de frangos de corte no Oeste do Estado em 14 de março de 2018, contemplando a estrutura de mais de 200 granjas de frango de corte, 20 granjas de produção, 1 incubatório, 2 fábricas de ração, 3 fábricas de maravalha e 1 abatedouro, é uma grande conquista para Santa Catarina” destaca o gestor do Departamento, Rosemberg Tartari.

Santa Catarina é o maior produtor de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) do Brasil, e estes produzidos no litoral  catarinense são de grande importância gastronômica, sociocultural e econômica das regiões produtoras. Reconhecendo tal valor, a Cidasc atuou firmemente no monitoramento microbiológico e de ficotoxinas (maré-vermelha). Foram realizadas 1600 análises, atendendo a legislação sanitária vigente e aumentando a segurança no consumo.

Apoio Laboratorial

Os Laboratórios de Diagnóstico Animal, que receberam a acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro no ano de 2016, localizados nos Departamentos Regionais de Joinville e Chapecó e o Centro de Triagem de Florianópolis, realizam atividades de apoio aos Programas da Defesa Sanitária Animal no estado de Santa Catarina.

Em números, as atividades dos Laboratórios de Diagnóstico em 2018 somam em torno de oito mil exames realizados; 20 mil amostras triadas; oito mil amostras enviadas aos Laboratórios Nacionais Agropecuários – Lanagros; 700 kits de produção de Meio Mem e BHI; produção de 800 frascos de líquido de Vallée; uma auditoría interna;  uma solicitação de extensão de escopo para Teste de Polarização Fluorescente junto a CGCRE/INMETRO; sete cursos realizados pela equipe.

“Também atuamos na prestação de serviços a terceiros através da realização de exames, os quais possibilitam a  detecção rápida de casos positivos de brucelose, permitindo que aqui no estado o saneamento das propriedades seja feito com maior agilidade para manter em níveis muito baixos  a prevalência de doenças. Esse trabalho levou Santa Catarina a uma posição de destaque no cenário nacional”, afirma a gestora da Divisão de Apoio Laboratorial, Cláudia Scotti Ducioni Matos. 

Projeto Sanitarista Junior

O projeto educativo, focado na defesa agropecuária, sanidade ambiental e humana, foi elaborado a partir da construção do Programa Estadual de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária, documento este produzido pelo Comitê de Educação Sanitária, composto por engenheiros agrônomos e médicos veterinários da Cidasc, e foi desenvolvido para ser executado junto às escolas por livre demanda.

2018 é o quarto ano em que o Projeto Sanitarista Junior vem aproximando a Cidasc dos catarinenses e trabalhando a defesa sanitária como tema transversal no currículo das escolas do estado. Durante o ano formamos parcerias 82 escolas de 41 municípios e alcançamos  aproximadamente 2.500 crianças.

“Com a ampliação dos materiais didáticos em 2018, como o Livro do Professor e o Caderno de Atividades dos Alunos, proporcionou maior autonomia para os professores no desenvolvimento do projeto em sala de aula” ressalta a engenheira agrônoma da Cidasc e coordenadora do projeto Patrícia Almeida Barroso Moreira.

O Projeto prevê a introdução transversal do tema da Defesa Agropecuária no Projeto Político Pedagógico das escolas parceiras, para crianças a partir de nove anos de idade, que cursam o 4º ano do ensino fundamental.

Em 2018 foram realizadas diversas atividades visando melhorias e expansão do Projeto, entre elas estão: um curso de Práticas Pedagógicas para Educação Sanitária, que contou com 48 participantes entre médicos veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas; publicação do Livro do Professor e do Caderno de Atividades dos Alunos do Projeto Sanitarista Junior; publicação do jogo de tabuleiro da Agricultura Orgânica; apresentação do Projeto Sanitarista na 6ª Conferência Nacional e I Internacional em Defesa Agropecuária na Bahia; formalização de Convênio junto ao Fundo de Reconstituição de Bens Lesado – FRBL do Ministério Público de Santa Catarina – MPSC no valor aproximado de 300 mil reais para reprodução de material educativo;

Terminal Graneleiro

Em 2018, o Terminal Graneleiro de São Francisco do Sul movimentou cerca de 6 milhões de toneladas de grãos expedidas pelo corredor exportação, destes, cerca de 1,4 milhões com utilização dos armazéns da Cidasc. O faturamento acumulado neste ano ficou acima dos 39 milhões de reais, representando um aumento em relação ao ano anterior.

Em investimentos tivemos também cerca de 3,2 milhões na substituição das correias transportadoras e elevadoras utilizadas no recebimento e expedição de grãos deste Terminal. Foi também realizado investimentos cerca de 1,3 milhão nas adequações, implementações e licenciamento dos sistemas e equipamentos para o controle de acesso, controle de estoque e monitoramento, requisitos necessários para atender as exigências da Receita Federal do Brasil – RFB para que o Terminal Graneleiro possa ser reconhecido como recinto alfandegado.

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