Desde 2012 a cooperativa dos produtores de ostras do Ribeirão da Ilha de Santa Catarina havia fechado, uma perda significativa para o estado que é o maior produtor de moluscos do Brasil, ainda mais ao se tratar de uma cooperativa da cidade que mais produz ostras em Santa Catarina. Porém, no dia 9 de maio de 2018 essa história, de produtores principalmente familiares, mudou seus rumos.

Foto: Ascom/ Cidasc

Nesta data, com o nome de Cooperostras, a cooperativa foi reinaugurada e passou a dar aos criadores da região a chance produzir com o selo do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que torna o produto legal e visa o estímulo da comercialização e consumo.

Para o presidente da Cooperostra, David Carriconde, essa certificação é a maior conquista para os seus cooperativados, pois permite a comercialização de forma correta, dentro das exigências sanitárias. “Acredito que com isso o mercado só vem a crescer”, afirma David.

Presente na cerimônia de inauguração, o Secretário Adjunto de Agricultura e da Pesca, Athos Lopes Filho, ressalta que com este tipo de cooperativismo e o selo municipal é possível diminuir os custos de produção e aumentar o poder de competição dos produtores. “Com isso pode-se colocar o produto no mercado, legalizado, e com o custo mais acessível do que já haviam fazendo”, destaca.

No evento de inauguração a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca também entregou dois computadores a cooperativa. Além disso, Athos ressaltou a disposição de parcerias da Secretaria com a Cooperostra, como a assistência técnica, por meio da Epagri e de sanidade e controle de qualidade, feitos pela Cidasc. Lembrou também do apoio que pode ser feito por meio do Fundo de Desenvolvimento Rural, pelo qual é possível investir em equipamentos e melhorias da unidade de produção da cooperativa com juros subsidiados pelo Governo do Estado.

Por fim, o Secretário ressaltou a importância de manter um contato com a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina – Ocesc, principalmente para o auxílio na gestão, como uma forma de garantir o sucesso e manutenção da Coopeostra.

Como se filiar a cooperativa?

Foto: Divulgação/ Secom

Para filiar-se a Cooperostra é preciso apresentar o comprovante de produtor, atender os requisitos impostos no estatuto e fazer pagamento das cotas partes. De acordo com o diretor financeiro, Adécio Cunha, hoje há 30 cooperados qualificados.

Atualmente os associados podem usufruir do serviço de embalagem e certificação pela cooperativa. Contudo, segundo Cunha, a intenção é que no futuro a Cooperostra possa contar com um carro refrigerado e faça todo o processo, desde a compra até a venda e entrega dos moluscos.

Podem se cooperar quaisquer produtores de Florianópolis. A Cooperostra fica na Rua Martimiano Manuel Fraga, n°50, no Ribeirão da Ilha.

Ostras em Santa Catarina

Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos, responsável por cerca de 95% da produção brasileira de mexilhões e ostras. Com 604 maricultores espalhados ao longo de 12 municípios do litoral, o número de trabalhadores envolvidos diretamente na cadeia produtiva de moluscos em 2016 foi de 2.185 pessoas. Em relação a comercialização de ostras no estado em 2016, foram 2.280,46 toneladas, dessas, 1707,6t vieram de Florianópolis.

Em termos de produção foram 2.820,5 toneladas. A capital foi responsável por 60,55% da produção catarinense, seguida pela Palhoça (586t), São José (399,2t) e São Francisco do Sul (35t). Ao considerarmos os municípios das Baías Norte e Sul (Palhoça, São José, Florianópolis e Governador Celso Ramos), a produção corresponde a 97,21% (2.741,8t) do total de ostras cultivadas no estado.

Paulo Henrique Santhias
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