Durante o ano de 2017, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc registrou, com o apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa e do Programa SC Rural, diversas conquistas em diferentes áreas.  

Os investimentos (despesas de capital) efetuados pela Cidasc em 2017, totalizaram 6.6 milhões de reais, de janeiro a novembro, empenhados e/ou pagos, segregados por fonte de recursos da seguinte forma: 1.8 milhões de reais em convênio com o Mapa; mais de 3.5 milhões de reais em recursos próprios;  mais de 1 milhão advindo do Programa do SC Rural.  Dos recursos próprios, em torno de 41%, cerca de 1.4 milhões de reais, foram aplicados no Terminal Graneleiro de  São Francisco do Sul.

Arte: Ascom Cidasc

O Presidente da Cidasc, Enori Barbieri, reafirma os compromissos da Companhia. “A Cidasc, para além dos números, é uma empresa que cuida das pessoas e de negócios, oportuniza a abertura de mercados através da agregação de valores em produtos com qualidade em defesa sanitária animal e vegetal. Somos referência em sanidade agropecuária, reconhecidos nacional e internacionalmente. Temos o compromisso de manter a excelência dos produtos aqui produzidos e comercializados”, diz.

Defesa Sanitária Vegetal

No ano de 2017, o Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal tem como destaque as ações realizadas mediante convênio com o Mapa, pelo qual foram fiscalizadas 334 unidades de produção de banana, maçã e citrus, bem como 160 unidades de consolidação destas espécies. Essas atividades viabilizaram no último ano a comercialização dessas frutas para diversos estados da federação, movimentando cerca de 2,4 bilhões de reais na economia catarinense.

Com o objetivo de manter o status de Área livre de Cydia pomonella, o Departamento instalou 200 armadilhas, que foram monitoradas semanalmente. A erradicação da praga, viabilizou no último ano a exportação de 60 mil toneladas, o que gerou receitas na ordem de 40,6 milhões de dólares aos produtores catarinenses.

Neste ano foram emitidas cerca de 70 mil Permissões de Trânsito Vegetal – PTV’s, através da Certificação Fitossanitária, sistema que acompanha e atesta as condições sanitárias de plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal, hospedeiros de pragas quarentenárias ausentes ou presentes, em cumprimento às normas nacionais e internacionais, exigidos nas transações comerciais. É com a certificação que as partidas de produtos vegetais podem transitar livremente pelo território nacional, sem nenhum embaraço ou entrave fitossanitário, tornando-se assim, um instrumento fundamental para a sustentabilidade do setor produtivo e comercial de Santa Catarina.

Através do Programa de Monitoramento dos Resíduos de Agrotóxicos em Produtos Orgânicos – MPOrg-SC e Programa Alimento Sem Risco – PASR, foram coletadas 795 amostras ao longo deste ano, que resultou em 94% dos alimentos orgânicos isentos de resíduos de agrotóxicos.

Santa Catarina, após apresentação ao Mapa do dossiê com a situação do cancro cítrico no estado, de acordo com a nova normatização que atinge a citricultura nacional, obteve o status de Sistema de Mitigação de Risco – SMR para a praga Cancro cítrico. Ou seja, O SMR possibilitará ao citricultor catarinense comercializar a produção para todo o país.

O lançamento do Programa e-Origem é outra conquista da Cidasc neste ano. O programa proporcionará a inserção do pequeno produtor no mercado de produtos com origem identificada, de forma gratuita, fato de grande importância para a produção de frutas e hortaliças.

Por meio do  Programa SC Rural, foram realizadas 145 capacitações em boas práticas de fabricação, rastreabilidade de produtos de origem vegetal, rotulagem, embalagem, classificação vegetal, segurança de alimentos, entre outras, reunindo cerca de 4 mil participantes.

Santa Catarina, por meio da Cidasc, realizou o 1º Simulado em Emergência Fitossanitária do Brasil para a praga Fogo Bacteriano das rosáceas, contando com a participação de profissionais que atuam na defesa vegetal dos três estados do Sul. “O evento teve como objetivo preparar os profissionais do serviço oficial, bem como do setor produtivo para, juntos, adotarem ações organizadas no caso de introdução de novas pragas no estado, minimizando perdas econômicas e preservando o patrimônio fitossanitário”, destaca o Gestor do Departamento, Ricardo Miotto Ternus.

Divisão de Classificação

A Divisão de Classificação presta consultoria a 24 empresas em diversos segmentos de processamento de alimentos de forma voluntária, tornando os processos padronizados e os produtos seguros para os consumidores. Atualmente, cerca de 600 empresas solicitam os trabalhos da classificação para atender a legislação.

Neste ano 6 empresas receberam o certificado do Selo de Conformidade Cidasc – SCC, sendo uma na produção de temperos a base de alho, uma de farinha de mandioca, uma de erva mate e chás, duas em beneficiamento de maçã e uma em beneficiamento e embaladora de cereais.

“O SCC visa adequar os processos de fabricação com base na legislação pertinente, elevar a segurança dos produtos de origem vegetal e oferecer condições para melhoria contínua aos estabelecimentos do agronegócio e agrofamiliares de Santa Catarina”, destaca a Gestora da Divisão, Valdirene Régia Bizolo Sommer.

A classificação vegetal atende importação em 4 portos e uma aduana seca, empresas cerealistas e beneficiadoras de frutas, no qual foram classificados, de janeiro a outubro, um total de 850 mil toneladas de produtos. Sendo subdivididos em mercado interno: com 370 mil toneladas de produtos e 1.900 certificados emitidos; mercado externo: com 50 mil toneladas de produtos classificados; 1.200 certificados emitidos e importação: com 430 mil toneladas de produtos e 9.100 certificados emitidos.

Inspeção de Produtos de Origem Animal

O Serviço de Inspeção Estadual – SIE do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal,  tem como objetivo a manutenção da saúde pública, através da realização de ações de fiscalização, supervisões e auditorias em estabelecimentos que manipulam e elaboram produtos de origem animal. Dessa maneira, garantem a qualidade e inocuidade dos alimentos, permitindo a comercialização dos mesmos.

Atuam na fiscalização das atividades inerentes a inspeção, aproximadamente 400 médicos veterinários habilitados, vinculados a 11 empresas credenciadas e 37 médicos veterinários oficiais no departamento de inspeção da Cidasc. Os profissionais prestam serviço nos 1.130 estabelecimentos registrados, dos quais 541 estabelecimentos estão ativos no SIE.

“Ao longo do ano, as ações do serviço de inspeção apresentam números significativos, 30 estabelecimentos obtiveram o título de registro. O estado de Santa Catarina acrescentou 6 empresas no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – Sisbi/Poa, totalizando 28 indústrias”, destaca o Gestor do Departamento, Sergio Silva Borges.

Defesa Sanitária Animal

O Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal desenvolve ações de controle e combate às principais doenças que atacam os rebanhos catarinenses. É responsável pela manutenção do reconhecimento internacional de Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação e Zona Livre de Peste Suína Clássica. Este status possibilitou que os produtos de origem animal catarinenses alcançassem os mercados mais exigentes do mundo em termos de sanidade animal. Como, por exemplo, a abertura do mercado de exportação de carne suína para a Coreia do Sul, que é um dos maiores importadores do produto no planeta.

Uma atividade decisiva realizada pela Cidasc para promover medidas de proteção sanitária é a fiscalização de veículos e cargas em postos nas divisas do estado ou em barreiras móveis nas estradas. A vigilância busca prevenir a introdução de doenças animais e vegetais que colocam em risco a saúde pública, a sanidade animal, vegetal e os interesses econômicos do estado. O sistema funciona o ano inteiro, 24 horas por dia, 7 dias por semana, para garantir um dos maiores patrimônios do estado: a sanidade agropecuária de Santa Catarina. Neste ano foram realizadas pela Cidasc cerca de 500 mil fiscalizações de trânsito.

Em 2017 o setor agropecuário cresceu como um todo e para acompanhar e estimular o desenvolvimento foram realizadas melhorias no Sistema de Gestão de Defesa Agropecuária Catarinense – Sigen+, um sistema informatizado desenvolvido para facilitar o acesso do produtor aos serviços da Companhia. Somente neste ano, foram emitidas 1.3 milhão de Guias de Trânsito Animal – GTA’s. Atualmente, o produtor pode solicitar a GTA de qualquer computador com acesso à internet e impressora, documento que antes era solicitado apenas em escritórios da empresa. A ampliação do sistema consolida a interação entre 160 mil produtores rurais e a Companhia.

O Gestor do Departamento, Marcos Vinicius de Oliveira Neves, ressalta que “a consolidação  do Sistema de Vigilância Ativa para Febre Aftosa em Santa Catarina em 2017, possibilita fortalecer o sistema de vigilância para esta enfermidade, por meio da implantação de um sistema contínuo de fiscalização e inspeção a estabelecimentos rurais de maior risco para a doença.”

Também neste ano, o Departamento implantou a Comissão Estadual do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose – PNCEBT, permitindo que os assuntos relacionados a essas zoonoses sejam discutidos por todos os órgãos públicos e instituições privadas envolvidas com a cadeia produtiva.

Santa Catarina é o maior produtor de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) do Brasil, e estes produzidos no litoral  catarinense são de grande importância gastronômica, sociocultural e econômica das regiões produtoras. Reconhecendo tal valor, a Cidasc atuou firmemente no monitoramento microbiológico e de ficotoxinas (maré-vermelha). Foram realizadas 977 análises, atendendo a legislação sanitária vigente e aumentando a segurança no consumo.

Apoio Laboratorial

Os Laboratórios de Diagnóstico Animal, que receberam a acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro no ano de 2016, localizados nos Departamentos Regionais de Joinville e Chapecó e o Centro de Triagem de Florianópolis, realizam atividades de apoio aos Programas da Defesa Sanitária Animal no estado de Santa Catarina.

Em números, as atividades dos Laboratórios de Diagnóstico em 2017 somam 4.316 exames realizados, 10.296 amostras triadas, 5.980 amostras enviadas aos Laboratórios Nacionais Agropecuários – Lanagros, entre outros. “Também atuamos na prestação de serviços a terceiros através da realização de exames, os quais possibilitam a  detecção rápida de casos positivos de brucelose, permitindo que aqui no estado o saneamento das propriedades seja feito com maior agilidade para manter em níveis muito baixos  a prevalência desta doença”, afirma a Gestora da Divisão de Apoio Laboratorial, Cláudia Scotti Ducioni Matos. Esse trabalho levou  Santa Catarina a uma posição de destaque no cenário nacional.

Projeto Sanitarista Junior

O projeto educativo, focado na defesa agropecuária, sanidade ambiental e humana, foi elaborado a partir da construção do Programa Estadual de Educação Sanitária em Defesa

Agropecuária, documento este produzido pelo Comitê de Educação Sanitária, composto por engenheiros agrônomos e médicos veterinários da Cidasc, e foi desenvolvido para ser executado junto às escolas por livre demanda.

Já na terceira edição, o Projeto Sanitarista Junior, que tem como objetivo promover a mudança de atitudes e comportamentos frente aos problemas sanitários desde o período escolar, formou parcerias com 69 escolas, de 36 municípios, alcançando 3 mil crianças ao longo de 2017. “Este ano ingressamos oficialmente na Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental de SC, que favorecerá a adesão de novas parcerias ao projeto”, conta a engenheira agrônoma da Cidasc e coordenadora do projeto Patrícia Almeida Barroso Moreira.

Terminal Graneleiro de São Francisco do Sul

O Terminal Graneleiro de São Francisco do Sul movimentou cerca de 6 milhões de toneladas de grãos expedidas pelo corredor exportação até novembro, destes, cerca de 1,2 milhões com utilização dos armazéns da Cidasc, representando um acréscimo de 17,68% em relação ao ano anterior. Neste ano contou com investimentos em infraestrutura utilizados nas operações de embarque de navios em torno de 1.4 milhão de reais.

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