Embora o País nunca tenha registrado foco de Influenza Aviária, a preocupação com a entrada do vírus no Brasil tem sido uma constante, principalmente nos últimos meses, quando diversos países confirmaram registros da enfermidade. Profissionais, autoridades e setor produtivo têm estudado formas de garantir a sanidade do plantel brasileiro, suspendendo por tempo indeterminado, por exemplo, as visitas internacionais de clientes e fornecedores em estruturas produtivas com aves vivas ou que possuam relação direta com elas, tais como fábricas de ração, incubatórios e plantas processadoras.
A preocupação aumentou desde que o Chile, vizinho do Brasil, também registrou foco da doença em uma granja de perus. Segundo especialistas, para que o vírus chegue em nosso País, basta que uma pessoa tenha tido contato com a doença/vírus em qualquer um dos mais de 55 países com focos confirmados para esta enfermidade e, ao chegar ao Brasil, tenha contato direto com nosso setor produtivo.
Contudo, um trunfo conquistado no final do ano passado pode ajudar muito nessa batalha diária para evitar a chegada desta “peste” ao Brasil: o certificado de Compartimento de Reprodução Livre de Influenza Aviária e Doença de Newcastle, concedido pela primeira vez a uma empresa privada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE.
Os estudos para a elaboração do projeto brasileiro levaram cerca de dez anos e preveem cooperação técnica para que outras empresas brasileiras possam postular a certificação a partir de melhorias em seus sistemas de biosseguridade.
O compartimento é um conjunto de procedimentos de contenção e mitigação extra , acima dos já extremamente exigentes procedimentos de biosseguridade contemplados pelo PNSA – Plano Nacional de Sanidade Avícola, que assegura ainda mais o setor produtivo quanto a estas duas tão importantes enfermidades. E nesta batalha é preciso usar todas as ferramentas possíveis para garantir a saúde de nossas aves e nossos planteis.
Assim, mesmo em uma situação de emergência mundial, os produtos brasileiros estarão aptos para chegar em outros mercados, sem transmitir qualquer tipo de doença. Portanto a compartimentação passa a ser um “selo de qualidade e um passaporte para todos os mercados”, oferecendo a possibilidade de o Brasil aumentar ainda mais os canais de exportação, podendo comercializar produtos para os países com critérios de biosseguridade e saúde alimentar dos mais rigorosos do paneta.
Em um País em que o setor de avicultura movimenta, por ano, mais de US$ 20 bilhões em vendas e é líder em exportação de frango, garantir a sanidade de nossas aves e de todos os planteis comerciais deve ser uma preocupação de todo o setor produtivo e das autoridades. A compartimentação é mais um gigante passo que o Brasil dá na vanguarda deste setor, tão dinâmico, tecnificado e robusto, consolidando ainda mais a avicultura brasileira como uma ilha de biosseguridade e saúde alimentar para todos os seus produtos.
Fonte: O Presente Rural.
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