Na última quinta-feira, 27, profissionais do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal da Cidasc realizaram uma palestra sobre brucelose e tuberculose no Centro de Ciências Agrárias – CCA da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC para alunos da Zootecnia. A apresentação da médica veterinária Débora R.T. de Andrade, da coordenação do Programa Estadual de Erradicação da Brucelose e Tuberculose – PEEBT foi focada na epidemiologia da doença e na importância do controle oficial para prevenir perdas econômicas nos rebanhos e preservar a saúde pública. As duas doenças são bacterianas e crônicas, sendo somente possível detectar animais doentes através de exames de diagnóstico realizados por médicos veterinários habilitados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e laboratórios credenciados.
A brucelose apresenta sinais clínicos importantes, tais como o aborto, condição que ocorre principalmente na primeira gestação após a infecção, e sendo assim vacas que não estão abortando não estão fora do risco de estarem acometidas pela doença. O nascimento de bezerros fracos, as repetições de cio e retenções de placenta também são características da doença e muitas vezes passam despercebidas pelo proprietário dos animais. O mesmo acontece com a tuberculose, à qual popularmente vincula-se a imagem de um animal magro e apresentando tosse, porém isso é um mito. A tosse só acontece quando a infecção afeta os pulmões e as lesões são bem desenvolvidas.
Os animais infectados pelo M. bovis, agente da tuberculose, quando estão em condições ótimas de manejo e alimentação apresentam-se fortes e de aparência saudável, pois o organismo consegue reduzir os danos causados pela doença. A tuberculose causa lesões diversificadas no organismo, afetando principalmente os aparelhos digestivo, respiratório e o úbere dos animais, sendo uma fonte de infecção aos humanos a ingestão do leite cru destes.
Santa Catarina possui o Protocolo de Manejo Clínico da Brucelose Humana desde 2012 e todos os anos milhares de catarinenses são examinados clínica e laboratorialmente para brucelose humana por terem tido contato com animais doentes. No ano de 2016 foram diagnosticadas 188 pessoas reagentes e o tratamento é realizado gratuitamente pelo estado através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica – DIVE.
Santa Catarina possui a mais baixa prevalência dessas duas doenças no país e é o único que entrou em situação de erradicação destas. Nesse cenário, todo o controle é importante para o avanço desse status e uma das ações da Cidasc neste momento é a difusão do conhecimento através dos profissionais da área. “Os alunos são multiplicadores do conhecimento no campo, tanto agora como após sua formação profissional, e toda informação sobre doenças zoonóticas é de fundamental importância aos profissionais da área”, comenta Karina Diniz Baumgarten, uma das coordenadoras do PEEBT.
Fonte: Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal da Cidasc
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