A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc realizou a colheita de material biológico em aves, para o monitoramento de Influenza Aviária e Doença de Newcastle. A atividade ocorreu na última terça-feira, 4, em propriedades no entorno dos sítios de aves migratórias.
Santa Catarina possui dois sítios de aves migratórias, os quais estão localizados na Foz do Rio Araranguá (município de Araranguá) e na Foz do Rio Tijucas (município de Tijucas). Esses sítios são locais de pouso de aves que fazem uma pausa na viagem de migração para descansarem e se alimentarem.
Considerando que as aves migratórias podem carregar os vírus de Influenza Aviária e/ou Doença de Newcastle, ambas consideradas zoonoses, a Companhia realiza trabalhos de vigilância epidemiológica nas propriedades de aves de subsistência localizadas em um raio de 10 Km a partir dos sítios citados.
Ao todo, foram fiscalizadas 124 propriedades pelos Departamentos Regionais da Cidasc de Criciúma e Itajaí, com apoio do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal, entre os meses de fevereiro a abril deste ano. Na ocasião, médicos veterinários da Companhia realizaram a inspeção clínica dos animais, além de colherem amostras biológicas (sangue, suabe de traqueia e cloaca), as quais serão encaminhadas ao laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (LANAGRO) para realização de análises.
Durante o trabalho de fiscalização e vigilância, os produtores foram orientados sobre os principais sinais clínicos que estas doenças provocam nas aves, incluindo alta mortalidade, dificuldade respiratória, crista e barbela inchadas e roxas, corrimento no nariz e olhos, diarreia, torcicolo, depressão, falta de apetite, queda na produção de ovos e/ou diminuição do consumo de água e ração. Na ocasião, foi reforçada a importância de notificar à Unidade Veterinária Local – UVL da Cidasc qualquer suspeita de ocorrência destas doenças.
O trabalho executado pela Cidasc permitirá comprovar a ausência de circulação dos vírus citados, a prevenção ou detecção precoce, permitindo uma rápida tomada de ações com o objetivo de evitar a disseminação destas doenças para outras aves e propriedades, evitando, inclusive, a contaminação de humanos.
Atualmente, o Brasil é considerado livre de Influenza Aviária e Newcastle, no entanto, já foram notificados à OIE casos de Influenza Aviária nas Américas em 2017, situação que reforça a necessidade de ações que visam o monitoramento constante dos plantéis avícolas, tanto comerciais quanto de subsistência.
Fonte: Alexandra Olmos, Jader Nones e Renata Meditsch – Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal da Cidasc.
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