O Brasil deve colher uma safra recorde de 88,014 milhões de toneladas de milho em 2017, um aumento de 38,9% em relação a 2016. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A estimativa da produção do milho 1ª safra é de 29,663 milhões de toneladas, um aumento de 22,0% em relação ao ano anterior. A área a ser colhida deve crescer 12,3%, enquanto o rendimento médio será 8,6% maior.

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Segundo o IBGE, os preços mais rentáveis do produto na época do plantio incentivaram os produtores a aumentarem a área plantada e investirem em tecnologia. “Uma parcela considerável de produtores aumentou a área plantada de milho de primeira safra, coisa que não vinha ocorrendo nos anos anteriores”, lembrou Carlos Alfredo Guedes, analista da Coordenação de Agropecuária do IBGE.
O clima mais chuvoso nos principais estados produtores também ajuda no aumento do rendimento médio. Minas Gerais, com uma produção de 5,636 milhões de toneladas, Rio Grande do Sul, com 5,567 milhões de toneladas, e Paraná, com 4,400 milhões de toneladas, são os três maiores produtores da 1ª safra de milho, responsáveis por 52,3% do total a ser colhido nessa época.
No caso do milho 2ª safra (safrinha), a estimativa da produção está em 58,352 milhões de toneladas, alta de 49,5% em relação a 2016. A área a ser colhida deve crescer 9,2%, enquanto o rendimento médio aumentará 36,9%, em decorrência das expectativas de um ano mais chuvoso, especialmente no Cerrado. “O milho 2ª safra sofreu muito no ano passado com a seca. Agora, com o clima melhor, parte dos produtores de soja anteciparam a colheita. Em torno de 30% da oleaginosa já está colhida em Mato Grosso. Então esse milho vai pegar um clima mais chuvoso, com chance de ter uma produção muito melhor, é uma janela de plantio mais favorável”, avaliou Guedes.
Fonte: Revista Globo Rural.