Você sabia que a Doença de Newcastle (DNC) e a Influenza Aviária (IA) são as patologias que mais prejudicam a avicultura? Pensando em auxiliar os produtores a distinguir e prevenir essas mazelas, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc listou algumas informações fundamentais para salvaguardar a saúde dos animais.
Tanto a Doença de Newcastle quanto a Influenza Aviária são doenças causadas por um vírus que atinge aves domésticas e silvestres. A transmissão pode acontecer por meio do ar, água, alimentos e materiais contaminados pelo contato com animais doentes. Elas podem apresentar sinais de complicações respiratórias, digestivas e nervosas. Vale ressaltar que essas doenças são zoonoses, ou seja, podem passar para o homem. No entanto, não são transmitidas pelo consumo da carne dos animais.
Sintomas
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Alta mortalidade de aves nas granjas;
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Dificuldade respiratória;
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Crista e barbela inchadas e roxas;
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Corrimento no nariz e olhos;
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Diarreia;
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Aves com torcicolo;
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Dificuldade de locomoção;
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Depressão;
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Falta de apetite;
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Queda na produção de ovos;
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Diminuição no consumo de água e ração.
Prevenção
“Prevenir a chegada da Influenza Aviária à criação é um trabalho contínuo”, afirma a médica veterinária da Cidasc Alexandra Reali Olmos, coordenadora estadual do Programa de Sanidade Avícola – PSA.
Evitar o trânsito de outras pessoas e animais, bem como o contato das galinhas com patos, marrecos, gansos, perus e pássaros silvestres, são algumas das medidas preventivas indicadas pela médica veterinária. Assim como lavar as mãos cuidadosamente antes e depois de entrar em contato com as aves. “É importante que você limpe e desinfete sapatos, roupas, gaiolas, caixas, debicadores e bandeja de ovos com frequência, e também não compartilhe ferramentas e implementos usados nos aviários com vizinhos e outros proprietários de aves”, aconselha Alexandra.
De acordo com ela, caso o produtor tenha visitado criadouros de aves, deve ser efetuada a limpeza dos pneus do veículo antes de regressar à propriedade. Também deve-se manter as aves recém-chegadas ou de situação sanitária desconhecida separadas da criação.
“Forneça água e alimentos para as aves em instalações protegidas do meio externo, por meio de telas de malha não superior a 1 (uma) polegada ou 2,54 cm ou com outro meio que impeça a entrada de pássaros, animais domésticos e silvestres”, orienta a coordenadora estadual do PSA.
Defesa Sanitária Animal
Essas doenças podem ocasionar grandes perdas econômicas para a propriedade, causando a morte de 50 a 100% dos animais. Além de restringir o comércio nacional e as exportações de aves, carnes e outros produtos avícolas. Visto isso, é fundamental desenvolver ações de vigilância e controle dessas patologias.
Em 2016, o Programa de Sanidade Avícola da Cidasc registrou 773 atendimentos à notificação de mortalidade de aves com investigação sanitária e 256 coletas de aves de descarte para vigilância ativa. Atualmente, por volta de 8.000 granjas de aves comerciais registradas no estado são monitoradas pelo Programa.
O Brasil é livre da Doença de Newcastle nos plantéis comerciais avícolas e nunca registrou ocorrências de IA, porém desenvolve ações do Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e Prevenção e Controle de DNC.
Caso o produtor ou qualquer outro cidadão observe anormalidades, deve comunicar a Cidasc por meio do disque denúncia 0800 643 9300.
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