250 meliponicultores reuniram-se no Centro de Treinamento da Epagri de São Miguel do Oeste – Cetresmo, ontem, domingo dia 16, para participarem do 6º Encontro da Amel, Associação de Meliponicultores do Extremo Oeste Catarinense.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste

Foto: Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste

As inscrições para o evento eram limitadas e alcançou um número maior do que o esperado pelos organizadores, esgotando as vagas em pouco tempo. O encontro deste ano teve como tema: “Sem abelha, sem alimento”. De acordo com o integrante da Amel, Cleumar Liebert, o evento teve início às 7h45 com o tradicional café da manhã com produtos da meliponicultura, logo depois, palestras com profissionais da área, além de oficinas práticas. “Também nessa oportunidade, tivemos exposições de materiais, equipamentos e oficinas trabalhando a área da meliponicultura. Temos uma imensa alegria em falar sobre a Amel porque a Associação foi criada para cumprir o papel de desenvolver a meliponicultura na região. O desenvolvimento se faz ao orientar, dar condições para que os criadores, na grande maioria amadores, pudessem adquirir o conhecimento das práticas corretas evitando assim a perda de enxames por falta de conhecimento no manejo”, declarou.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste

Foto: Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste

Liebert conta que além de São Miguel do Oeste e região, houve participantes do Rio Grande do Sul. “Uma expedição com 20 pessoas das cidades de Erechim, Barão do Cotegipe, Três Arroios, Marcelino Ramos, Aratiba e Herval Grande, cidades do estado do Rio Grande do Sul estiveram participando do nosso Encontro”, acrescentou.

Além de São Miguel do Oeste, Descanso, Iporã do Oeste e Guaraciaba também já sediaram o evento. Em 2015, o 5º Encontro da Amel foi realizado em Guaraciaba e reuniu 180 pessoas.
Saiba mais sobre as abelhas

As abelhas sem ferrão existem no Brasil antes de o país passar pela colonização. Já as abelhas com ferrão foram introduzidas na América do Sul no século de 1800. Desde então, as pequenas voadoras são responsáveis, não apenas pela produção de mel, mas também pela polinização de diversas plantas que geram alimento, como frutos para a população mundial. Porém, o uso de venenos, agrotóxicos tem reduzido o número de abelhas em todo o mundo. Assim como ocorreu nos Estados Unidos no início de setembro quando milhares de abelhas morreram após o uso de veneno contra o Zika vírus.

Pesquisas científicas mostram ainda que sem abelhas, muitos alimentos deixariam de existir, e a raça humana também estaria comprometida. Para mudar este cenário negativo, a Amel trabalha incentivando os meliponicultores, bem como conscientizando a população.  Conforme Liebert, a falta de conhecimento na área, muitas vezes, leva a vida das abelhas nativas ao fim. “O que mais acontece e que leva a extinção de várias espécies nativas de nossa região como a abelha Guaraipo, Mandaçaia, Manduri, Iraí, entre outras, é a falta de conhecimento de manejo. Pessoas com boa intenção em retirar os enxames das árvores e transferi-las para as caixas, mas sem conhecer como funciona o manejo leva à morte dessas abelhas. Esse é o grande papel da Amel, potencializar a informação para as pessoas que tem o interesse e o objetivo de preservar essas espécies, que são de fundamental importância para o nosso ecossistema. Além disso, as abelhas nativas são responsáveis por 80% da polinização, isso aumenta significativamente a produção de alimentos, principalmente nos frutos”, afirmou.

Fonte: Cleumar Liebert.

Galeria de Imagens: 

Foto: Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste

Foto: Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste

Foto: Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste

Foto: Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste

Foto: Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste

Foto: Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste