A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca estabelece novas medidas sanitárias para prevenção e controle do Mormo em Santa Catarina. A partir de agora, para o transporte de equídeos dentro do estado a validade dos exames para Mormo será de 180 dias, desde que os animais sejam oriundos de propriedades onde todos os cavalos tenham sido testados para a doença. A portaria que traz essas mudanças será assinada pelo secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, nesta sexta-feira, 6, às 21h, durante a abertura oficial do 44º Rodeio Nacional dos Praianos, em São José.
A mudança na validade dos exames está autorizada apenas para os animais que transitarem dentro do estado e desde que saiam de propriedades monitoradas, ou seja, onde todos os outros cavalos tenham sido testados para a doença. Caso os equídeos sejam oriundos de propriedades onde os outros animais não tenham sido analisados, o exame continua tendo validade por 60 dias.
Os exames devem ser apresentados quando o proprietário for solicitar a Guia de Trânsito Animal (GTA) e devem ser levados durante o transporte do cavalo para eventos agropecuários. O material para exame é colhido por veterinários particulares e encaminhados para um laboratório credenciado Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Se algum animal estiver doente deve ser sacrificado e seu proprietário será indenizado pelo Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa).
Até janeiro deste ano, Santa Catarina apresentava 21 focos de Mormo e teve 28 animais sacrificados. Para analisar o quadro da doença no estado, a Cidasc realizou mais de 29 mil exames em eqüinos.
O Mormo é uma doença infectocontagiosa provocada pela bactéria Burkholderia mallei e pode apresentar-se na forma aguda ou crônica, sendo que a primeira é mais comum em asininos e muares e a forma crônica acomete mais os eqüinos. A doença pode ser transmitida ao ser humano através do contato com secreções e úlceras cutâneas de animais doentes e com objetos contaminados. As pessoas que mantiverem contato com animais suspeitos ou positivos devem procurar os serviços de saúde pública. Lembrando que toda suspeita de Mormo deve ser notificada imediatamente à Cidasc para que sejam adotadas as medidas sanitárias pertinentes.
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Ana Ceron
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