O vírus causador da raiva circula na natureza e pode ser transmitido a animais de produção e animais domésticos que não estejam vacinados ou não tenham recebido as doses de reforço. Por esta razão, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) reforça a orientação para que os produtores vacinem seus rebanhos, seguindo as orientações do médico-veterinário. 

No ano de 2025, foram registrados 41 casos de raiva em animais de produção, número menor que o do ano anterior, quando houve 67 casos. Quando há confirmação laboratorial de um caso da doença, os profissionais da Cidasc identificam as propriedades rurais existentes em um raio de um quilômetro. Estes locais são visitados para verificar se houve morte de algum animal ou se há animais com sintomas de raiva e o produtor é orientado a reforçar a vacinação. 

A vacinação dos animais é a melhor estratégia para o controle da raiva, porque protege os rebanhos e animais de estimação e assim evita que a população humana seja contaminada.  O custo da vacina é muito inferior ao valor da perda de um animal,  que gera perda econômica e coloca em risco a saúde do produtor rural e de sua família.

A raiva não tem cura, nem tratamento, por isso a prevenção é tão importante. Por ser uma zoonose, que afeta diversos animais herbívoros e também humanos, seu controle envolve diferentes órgãos públicos. A Cidasc é a responsável pelas ações voltadas à produção agropecuária. O cuidado com a saúde das pessoas é compartilhado por instituições como a Divisão de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) e secretarias (estadual e municipais) de saúde. 

Monitoramento e controle populacional de morcegos

Entre as ações do Programa Sanitário de Controle da Raiva e Vigilância para Encefalopatias Transmissíveis, a Cidasc realiza o monitoramento dos abrigos dos morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue). A espécie Desmodus rotundus pode transmitir o vírus da raiva ao se alimentar  do sangue de outro animal. 

O controle populacional de morcegos deve ser realizado por profissionais habilitados e com equipamento de proteção individual. Além disso, eles têm conhecimento para identificar corretamente a espécie, pois a maior parte dos morcegos não é hematófaga e tem um importante papel na natureza, como dispersão de sementes, controle de insetos e até polinização. 

Sintomas e formas de transmissão

Animais contaminados pela raiva podem apresentar andar cambaleante, tremores, salivação excessiva, isolam-se dos demais e apresentam paralisia progressiva de membros posteriores, até que ficam deitados sem conseguir se levantar. Quando deitados, apresentam movimentos de “pedalagem” com os membros anteriores e, em poucos dias, vêm a óbito. Caso algum exemplar no seu rebanho apresente estes sintomas, notifique a Cidasc na sua região. 

A raiva pode ser transmitida quando morcegos hematófagos se alimentam do sangue de um animal. Um indicativo de que houve espoliação (mordedura) por morcegos é uma marca de sangue escorrido na pelagem do animal. Se o produtor encontrar estas marcas ou identificar locais dentro de sua propriedade que possam estar sendo usados como abrigo por morcegos, deve notificar a Cidasc também. 

A transmissão da raiva ocorre ainda pelo contato com a saliva do animal infectado com a pele ou mucosa ferida (por mordida, arranhão ou lambedura). Se você for  mordido ou arranhado por um animal de rua ou com sintomas suspeitos de raiva, procure o serviço de saúde mais próximo. 

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