Granjas comerciais catarinenses estão livres da doença, cujo vírus circula entre animais silvestres

Foto: Ascom/Cidasc

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e o Instituto de Meio Ambiente (IMA/SC) têm trabalhado juntos em relação à influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP). A avicultura comercial catarinense segue livre da doença, que provocou grandes perdas econômicas em diversos países e que atinge também animais silvestres. 

Nesta semana, a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, e o presidente do IMA, Josevan Carmo da Cruz Junior, se reuniram na sede do órgão ambiental do estado, em Florianópolis, para alinhar o plano de contingência para situações de emergência. A área técnica da Cidasc foi representada pela diretora de Defesa Agropecuária, Débora Reis Trindade Andrade, e pelo gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal (Dedsa), Rosemberg Tartari. 

Dentro do plano de contingência, são previstos todos os procedimentos a serem adotados em um momento de emergência zoossanitária. Um exemplo de ação alinhada entre a Cidasc e o IMA é a definição de locais para descarte correto de carcaças de animais em caso de foco de doença, garantindo uma atuação ágil, com a preservação da saúde humana, animal e do meio ambiente. 

Desde que casos de IAAP foram registrados no continente americano, a Cidasc reforçou as atividades de vigilância e de educação sanitária, orientando os avicultores a implementarem medidas de biosseguridade para evitar a dispersão do vírus em aves de produção. Outro destaque é o uso de drones para sobrevoar regiões com grande concentração de aves aquáticas silvestres (migratórias) e domésticas, como áreas costeiras e a foz de rios, e identificar se há animais com sinais clínicos da doença (como andar cambaleante, apatia ou grande número de aves mortas). 

A utilização de drones trouxe mais eficiência ao trabalho da defesa agropecuária para a prevenção e controle desta e de outras doenças. No último ano, a Cidasc iniciou a implantação do projeto Olho Bom/Invicta (Programa de Inovação em Vigilância e no Controle de Trânsito Agropecuário), com uso da tecnologia e inteligência para melhor responder às necessidades do setor agropecuário. 

Drones permitem monitorar áreas extensas em menor tempo para identificar aves com sinais clínicos de IAAP. Foto: Ascom/Cidasc

“Ao atuar para prevenir doenças como a influenza aviária, a Cidasc não só protege o agro catarinense: ela promove a saúde única, compreendendo que a saúde animal e a sanidade vegetal estão totalmente interligados à saúde humana. E além disso, a Cidasc não abre mão do atendimento aos cuidados ambientais, como parte da saúde única”, afirma a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos. Embora raros casos tenham sido registrados em humanos no mundo, o vírus da IAAP pode afetar as pessoas que tenham contato direto com animais doentes. O consumo de ovos e carne de aves inspecionados é seguro.

A Cidasc tem como foco a prevenção em animais de produção, cabendo aos órgãos ambientais, como o IMA, a atenção aos animais silvestres. Em anos anteriores, foram registrados casos de IAAP em aves de vida livre, como os trinta-réis de bando. A orientação à população é não tocar em animais que aparentem estar doentes ou nas carcaças de animais mortos. O correto é acionar os órgãos ambientais para que um profissional treinado e com o devido equipamento de proteção faça o recolhimento. 

Evitar a IAAP é proteger uma das forças da economia catarinense

Atividades de educação sanitária são parte fundamental da prevenção. Foto: Departamento Regional de Criciúma/Cidasc

Santa Catarina é um dos principais estados produtores de ovos e de carne de aves, com mais de 800 milhões de frangos abatidos no ano passado. Mais de quatro mil produtores se dedicam à avicultura, sendo o Meio-Oeste a principal região produtora de aves para abate. Já a produção de ovos, de mais de 300 mil dúzias/ano, se concentra na região Sul do estado.

Os cuidados com sanidade animal e com a inspeção sanitária na agroindústria abriram portas para a exportação destes produtos. Neste ano, já foram exportadas quase um milhão de toneladas de carne de frango.

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