A Diretoria Executiva da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) recebeu em sua sede em Florianópolis, nesta quarta-feira, uma comitiva de cerca de 40 produtores de leite de Cunha Porã. O grupo, acompanhado pelo secretário Municipal de Agricultura, Edson Mayer, viajou mais de nove horas para uma série de agendas na capital voltadas ao fortalecimento de sua atividade. 

A presidente Celles Regina de Matos e o diretor de Desenvolvimento Institucional, Bernard Borchardt, apresentaram o trabalho da companhia, ressaltando as ações de sanidade animal e de inspeção sanitária de produtos de origem animal. Em seguida, foi a vez dos produtores falarem sobre a conjuntura enfrentada pelo setor leiteiro em sua região. 

Edson Mayer apresentou o impacto econômico para os produtores e para o município devido à queda no preço do leite. Foto: Ascom/Cidasc

Os produtores manifestaram preocupação com a queda no valor recebido pelo litro de leite e com a competição com o leite importado. De acordo com o secretário Edson Mayer, a situação impacta não só o produtor rural, mas todo o município. A produção de leite no município é de 3,5 milhões de litros/mês e a redução de preço afeta a renda das famílias e consequentemente a arrecadação da prefeitura, que caiu cerca de R$ 3 milhões/mês. 

Em relação aos questionamentos sobre à importação de leite, a presidente da Cidasc respondeu que o controle e fiscalização do produto importado cabem ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). No entanto, Celles Regina de Matos lembrou que já existe mobilização do Governo do Estado para buscar formas de apoiar a cadeia produtiva do leite: “O governador do Estado e o secretário de Agricultura e Pecuária têm oferecido diversas políticas públicas de crédito e subvenção, o que vem ajudando o produtor rural. A Cidasc está ao lado do produtor implementando ações de segurança alimentar e qualidade”.

A presidente Celles Regina de Matos destacou as políticas executadas pelo Governo do Estado para fortalecer o setor e valorizar a produção catarinense. Foto: Ascom/Cidasc

Um dos caminhos apontados durante a conversa com os produtores foi a elaboração de campanhas de valorização dos produtos catarinenses junto ao consumidor. Entre os produtores presentes, a maioria tem a certificação de propriedade livre de brucelose e tuberculose, o que demonstra o compromisso em produzir com qualidade e respeito ao consumidor. 

A Cidasc tem estimulado os pecuaristas a buscarem a certificação, que é de adesão voluntária. Entre os ganhos para o produtor, estão a sanidade do rebanho, a saúde de quem trata dos animais, comprovação sanitária para movimentação e venda dos bovinos e possibilidade de melhor remuneração do leite por alguns laticínios. 

Outra forma de fomentar a permanência no campo e ganhos de renda ao produtor é a produção de derivados do leite, agregando valor. A Cidasc, além de ser responsável pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE), concede o Selo ARTE a produtos artesanais de origem animal, que permite a comercialização para todo o país. Já são mais de 350 produtos catarinenses reconhecidos, entre eles muitos queijos, iogurtes e doces de leite, o que tem aberto novas possibilidades de negócios para pequenos empreendimentos.

Foto: Ascom/Cidasc

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