Foto: Departamento Regional da Cidasc de Blumenau.

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) conduziu ação de monitoramento de abrigos de morcegos no município de Presidente Getúlio. A atividade, no dia 30 de setembro, é parte integrante do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) e reforça o compromisso da instituição com a saúde animal e a saúde pública em Santa Catarina.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Blumenau.

A operação contou com a participação do médico-veterinário e gestor do Departamento Regional da Cidasc de Blumenau, Ari Schlagenhaufer, além dos médicos-veterinários César Augusto Barbosa de Macedo, Eduardo Tadashi Yoshida e o técnico em agropecuária Vilmar de Moraes. A segurança da equipe foi prioridade, com acompanhamento do técnico em Segurança do Trabalho da Cidasc, Marcelo Cadorin Salvador, responsável pela supervisão das práticas de segurança, saúde ocupacional e bem-estar no ambiente de trabalho.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Blumenau.

Resultados e importância da ação

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Blumenau.

Durante a vistoria, realizada em um abrigo artificial – uma antiga mina de carvão mineral -, foram capturados 26 morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), sendo um exemplar da espécie Desmodus rotundus e 25 da espécie Diphylla ecaudata. O monitoramento desses abrigos é essencial para compreender o papel da ecologia na epidemiologia da raiva, uma zoonose de grande impacto.

As ações de controle da raiva dos herbívoros são vitais por diversas razões:

Saúde pública: A raiva é uma zoonose fatal que pode ser transmitida de animais para humanos, sendo o morcego hematófago um dos principais reservatórios do vírus no ambiente silvestre.

Saúde animal e produção: A doença causa grandes perdas econômicas na pecuária devido à morte de animais de produção.

Ecologia e epidemiologia: O monitoramento permite entender a dinâmica populacional dos morcegos e a circulação do vírus da raiva, subsidiando estratégias de prevenção e controle mais eficazes.

Orientações aos produtores rurais:

A Cidasc reitera a importância da colaboração dos produtores rurais no controle da raiva. Caso observem animais com sintomatologia compatível com a doença, é fundamental que a notificação seja feita imediatamente à Cidasc.

Sintomas da raiva em herbívoros: fique atento a sinais como isolamento do rebanho, salivação intensa, perda de apetite, incoordenação motora, andar cambaleante e paralisia dos membros. Outros sinais incluem tremores musculares, dificuldade para respirar e engolir, e movimentos de pedalagem, culminando na morte do animal em poucos dias.

A vacinação do rebanho é a medida preventiva mais eficaz, sendo essencial a aplicação da dose de reforço em 30 dias para garantir a imunização adequada dos animais.

Colaboração: Ari Schlagenhaufer, médico-veterinário e gestor do Departamento Regional da Cidasc de Blumenau.

Um guia rápido sobre a vacina da raiva em bovinos:

A vacina anti-rábica deve ser aplicada sistematicamente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico-veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de criação. 

  • Animal nunca foi vacinado contra raiva:

1. Vacine;
2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;
3. Em caso de raiva na região, faça reforços a cada 180 dias. Caso não haja focos de raiva na região, o reforço é anual.

  • Animal foi vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo os reforços:

1. Vacine;
2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;
3. Em caso de raiva na região, faça reforços a cada 180 dias. Caso não haja focos de raiva na região, o reforço é anual.

  • Animal foi vacinado e está dentro do prazo do reforço:

1. Aguarde o prazo para vacinar.

Conservação da vacina:

Atenção para a conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2 °C e 8 °C. Ela perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que resta no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço. 

Atenção! A vacina da raiva deve ser reforçada sistematicamente, conforme a situação epidemiológica de seu município ou região.

Mais informações à imprensa:
Alessandra Carvalho
Assessoria de Comunicação – Cidasc
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