
Há 17 anos Santa Catarina realizou a maior campanha de identificação de bovinos já vista. Em um curto período de tempo, os profissionais da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), com apoio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), visitaram milhares de propriedades para dar início ao sistema de rastreabilidade bovina e bubalina. Que foi uma iniciativa pioneira do país.
O município de Matos Costa foi um dos primeiros a receber equipes do Programa de Identificação de Bovinos e Bubalinos. Muitas eram propriedades familiares, como a de Pedro Laudair da Silva Pinto, no assentamento São Roque. Um dos registros fotográficos dessa ação sanitária é o dos filhos do produtor, Jeison e Deivisson, com um dos bezerros recém identificados com o brinco numerado.

Em 2025, o médico-veterinário que tirou a foto e fez parte da equipe que realizou a brincagem no município, é hoje gestor do Departamento Regional de Caçador da Cidasc, Luis Felipe Sperry Bratti, retornou a Matos Costa e esteve na propriedade. Reencontrou o produtor Pedro Laudair da Silva Pinto e seu filho Deivisson Rafael da Silva Pinto, que permaneceu com a família no campo. O jovem produtor disse que ainda recorda do dia em que foi fotografado com o irmão e os animais, embora na época tivesse apenas quatro anos de idade.
Além dele e do pai, a mãe, Cleusa, também trabalha na propriedade rural e complementa a renda como costureira. A família continua criando bovinos e suínos, mas buscou diversificar a produção plantando morangos, repolho e milho. A agricultura familiar é uma característica marcante do agro catarinense, com cerca de 80% das propriedades rurais enquadradas nesta classificação.


O retorno a Matos Costa permitiu reencontrar Sebastião Edilson Marschalk, funcionário da prefeitura, que foi cedido para trabalhar na Cidasc durante 20 anos, e Francisco Carlos de Freitas, médico-veterinário da Cidasc que atuava no município. Além desses colaboradores, participou da equipe o médico-veterinário da Cidasc de Curitibanos Nilton Driessen de Farias, hoje aposentado, assim como Marschalk e Freitas. A coordenação dos trabalhos no município foi realizada pelo médico-veterinário da Cidasc Fábio de Carvalho Ferreira, hoje coordenador estadual de Rastreabilidade Bovina e Bubalina – SRBOV em Florianópolis.

A campanha promovida em 2008 teve o apoio de entidades como a Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc), a Federação da Agricultura de Santa Catarina (Faesc), a Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) e o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de SC (Sindicarne). A identificação dos animais recebeu o suporte do Governo do Estado e da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.


A rastreabilidade bovina foi um diferencial que abriu portas para a comercialização da carne produzida em Santa Catarina. Com 100% do rebanho identificado, o estado consegue acompanhar a movimentação dos animais e obter informações relevantes para a vigilância epidemiológica.
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