A médica-veterinária Carolina Damo compartilhou conhecimentos com a equipe da Adaf. Foto: divulgação/Adaf

A vigilância da influenza aviária de alta patogenicidade é um tema atual que mobiliza técnicos e produtores em todo o país. Cientes dos prejuízos desta doença para a avicultura industrial, muitos órgãos de defesa agropecuária têm somado esforços para proteger a produção avícola do país.

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realiza de 25 a 29 de agosto, um treinamento para abordar sobre o tema  ‘Plano de Contingência Estadual Para Influenza Aviária – Da Notificação ao Encerramento do Foco’. 

Para ministrar o curso teórico, nos dias 25 e 26 de agosto, a ADAF e o Mapa convidaram as médicas-veterinárias Carolina Damo Bolsanello, coordenadora estadual de Sanidade Avícola da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), e Pauline Sperka de Souza, coordenadora estadual de Sanidade Avícola da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Ambos os estados são os maiores produtores de aves do país e têm implementado ações contínuas de prevenção e vigilância, que conferem às suas profissionais larga experiência para tratar sobre os temas propostos no treinamento.

Pauline Sperka, da Adapar, também ministrou parte do treinamento teórico. Foto: divulgação/Adaf

O treinamento realizado pela Adaf, em Manaus, pretende capacitar em torno de  cem profissionais da autarquia, entre médicos veterinários e técnicos de fiscalização agropecuária que atuam em todo o Amazonas, para que estejam preparados para responder a uma situação de emergência. Entre os temas abordados estão o  panorama da doença, a notificação, a investigação de casos suspeitos, confirmação de um foco, a aplicação do plano de contingência, que inclui a vigilância no entorno do foco, depopulação, destinação das carcaças e desinfecção, medidas de controle de trânsito até o encerramento do foco.

Até o momento, Santa Catarina não registrou foco de IAAP na avicultura comercial. Houve apenas dois focos em aves de subsistência, um em 2023 no município de Maracajá e outro em 2025 no município de Meleiro, que foram rapidamente encerrados, sem gerar maiores perdas à cadeia produtiva e ao estado. 

Uma das estratégias adotadas pela Cidasc é a fiscalização e orientação constante aos produtores sobre as medidas de biosseguridade que devem ser implementadas nas granjas, além da necessidade de notificação rápida ao serviço veterinário oficial e, principalmente nesse momento em criações de fundo de quintal, evitar contato das aves domésticas com aves de vida livre. A doença tem alta letalidade entre as aves que podem apresentar sintomas respiratórios (como coriza) e sintomas nervosos (aves girando em torno do próprio eixo, cambaleantes ou com torcicolo), além de mortalidade elevada no plantel. 

Ao observar estes sinais, o cidadão pode fazer a notificação pelo sistema e-Sisbravet, via internet. Este sistema é do Ministério da Agricultura e Pecuária e atende todo o país, direcionando o caso para que seja averiguado pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) correspondente, que em Santa Catarina é a Cidasc.

A influenza aviária é transmitida por um vírus e tem potencial zoonótico, embora os casos em humanos sejam muito raros no mundo e tenham ocorrido apenas em alguns indivíduos que tiveram contato com aves doentes. A doença não é transmitida pelo consumo de ovos ou carne de aves, portanto a população pode manter o consumo destes produtos, com selo de inspeção sanitária.

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