A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) recebe nesta semana a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) para uma visita técnica. A iniciativa visa o fortalecimento das práticas de defesa agropecuária através do compartilhamento de experiências e metodologias entre as duas instituições, com atividades entre os dias 28 de julho e 1º de agosto.
A diretoria executiva da Cidasc recepcionou o grupo na segunda-feira, na sala da presidência, em Florianópolis. Compõem a delegação amazonense Gisele Torres Araújo e Simone Pereira dos Santos, da Gerência de Defesa Animal, Airton Reis Jesus, da Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Animal, e Marcéu Macedo da Costa e Silva, da Divisão de Planejamento.
A presidente da Companhia, Celles Regina de Matos, fez a primeira apresentação sobre as atividades da empresa pública, que é vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária. Destacou ainda o envolvimento da Cidasc em entidades como o Fórum Nacional de Sanidade Agropecuária (Fonesa), nos quais os órgãos de defesa agropecuária tratam de desafios em comum. Como exemplo prático desta articulação, Celles mencionou a mobilização para obtenção de mais recursos para o trabalho de defesa.
Neste momento de diálogo, os profissionais da Adaf expressaram seu propósito de que o trabalho da agência agregue valor à produção agropecuária. Demonstraram bastante interesse pelas explicações sobre o sistema de fiscalização de ingresso de cargas implementado por Santa Catarina, buscando avaliar quais boas práticas poderiam ser adaptadas a um estado com características tão diversas.
Outro assunto de interesse foi quanto às indenizações oferecidas aos produtores rurais em casos de doenças de notificação obrigatória. A presidente Celles e a diretora de Defesa Agropecuária, Débora Reis Trindade Andrade, explicaram que há fundos mantidos com recursos públicos, como o Fundesa, e outros que são mantidos pelo setor produtivo, com recursos próprios. Esta política, somada ao trabalho de educação sanitária e de vigilância, se traduz em bons indicadores de sanidade animal.
Ainda no primeiro dia da visita técnica, a delegação amazonense foi recepcionada pela equipe do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal (Dedsa) da Cidasc, com quem terão oportunidade de aprofundar o tema em seu terceiro dia de visitação. A Cidasc possui mais de 220 médicos-veterinários atuando em defesa sanitária animal, sendo que a maioria deles atua a campo nos programas sanitários para monitoramento e controle de doenças em diferentes espécies de animais de produção.
O cronograma de trabalho até sexta-feira, 1° de agosto, prevê ainda exposição do trabalho realizado pela Cidasc em sanidade vegetal, controle e fiscalização de agrotóxicos e inspeção de produtos de origem animal e vegetal. Estão inclusas também questões transversais, como a aplicação de tecnologia para a defesa agropecuária e a educação sanitária, e as rotinas administrativas, com vistas à busca por maior eficiência e bom uso dos recursos públicos. Algumas das atividades também serão acompanhadas de forma remota por profissionais da Adaf que não puderam se deslocar até Santa Catarina.
Esta troca de experiências entre a Cidasc e a Adaf representa uma oportunidade valiosa para o aprimoramento dos serviços de defesa agropecuária em ambos os estados. O intercâmbio permitirá a identificação de boas práticas, metodologias inovadoras e soluções tecnológicas que podem ser adaptadas às realidades regionais de cada agência.
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