Florianópolis, capital do principal estado produtor e exportador de suínos do país, foi o local escolhido para sediar o Workshop de Análise de Risco para Peste Suína Africana – América do Sul, que iniciou nesta segunda-feira, 28 de julho, no Novotel. Até sexta, 1° de agosto, especialistas em sanidade animal de diversos países vão fortalecer a capacidade técnica do continente sul-americano na prevenção e resposta à peste suína africana (PSA). 

O workshop é promovido pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Tuskegee (Estados Unidos), em parceria com o USDA/APHIS/IS (órgão responsável pelas questões de defesa sanitária animal nos Estados Unidos) e com apoio de entidades brasileiras como o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). 

Na solenidade de abertura, a presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) compôs a mesa de autoridades. Celles Regina de Matos destacou a posição de destaque que o estado tem na suinocultura brasileira, sendo responsável pela produção de mais da metade da carne suína exportada pelo Brasil. As questões sanitárias são o diferencial que tornam este resultado possível. 

A peste suína africana não é registrada no Brasil há 40 anos, mas houve casos em anos recentes na região do Caribe e América Central. Desde então, a Cidasc tem reforçado a vigilância e o trabalho de educação sanitária, principalmente com os suinocultores, para evitar a reintrodução da doença. Embora não afete humanos, a PSA traz grandes perdas à produção, o que teria profundo impacto econômico em regiões produtoras como Santa Catarina. 

A programação do workshop contempla treinamentos teóricos e práticos sobre metodologias de análise de risco, epidemiologia da PSA, medidas de biossegurança e gestão de riscos. A coordenadora de Sanidade Suídea da Cidasc, Sabrina Tavares, é uma das participantes e deve trocar experiências com os representantes do USDA e das demais agências de defesa agropecuária da América Latina que vieram à Florianópolis para esta capacitação. 

Santa Catarina é referência nacional em sanidade suína e possui um dos sistemas de defesa agropecuária mais robustos do país. Estar presente em eventos como este é parte do compromisso com a atualização constante das equipes, para que o agro catarinense mantenha a posição de destaque que alcançou. Além disso, como salienta a presidente da Cidasc, há um interesse mútuo em manter as Américas livres desta e de outras doenças. 

“Quando um país tem casos de uma doença de interesse agropecuário, todos os demais estão em risco”, afirma a presidente e médica veterinária, Celles, ressaltando que a defesa agropecuária exige o comprometimento de todos, todos os dias O caminho para a prevenção da peste suína africana e outras doenças nos planteis inicia pela adoção de medidas de biosseguridade, tais como limitar o ingresso na área de produção às pessoas que trabalham diretamente no manejo dos animais e higienizar calçados, roupas e instrumentos de trabalho. 

Para a população em geral, a principal recomendação é não trazer produtos cárneos na bagagem (seja de mão, seja a mala despachada), pois em muitos países a PSA ainda é uma doença presente e, embora o viajante não corra o risco de contrair a doença, a carne pode ser um meio para o transporte do vírus. Aos que visitam alguma granja de suínos durante a viagem, no retorno é recomendado cumprir um período de pelo menos uma semana sem ingressar em estabelecimentos de produção de suínos ou de produtos cárneos (vazio sanitário).

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