
O Departamento Regional de Concórdia da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) marcou presença no Projeto Flor-E-Ser para jovens e mulheres rurais, promovido pela Epagri – Unidade de Concórdia, com uma palestra educativa sobre a importância da defesa agropecuária. O evento foi realizado no Centro de Treinamento Engenheiro Agrônomo Anselmo Antônio Hess (Cetredia), em Concórdia.
Os profissionais da Cidasc compartilharam informações relevantes sobre saúde animal e vegetal, com foco na conscientização sobre doenças de notificação obrigatória e na valorização da educação sanitária como ferramenta essencial para a preservação da saúde pública. Durante a apresentação, foram destacadas as atribuições dos órgãos públicos ligados ao setor agropecuário e a atuação da Cidasc, dentro da perspectiva de Uma Só Saúde (One Health), conceito que expressa a ideia de que saúde humana, animal, vegetal e ambiental estão interligadas.
Deste modo, os palestrantes ressaltaram os benefícios para a saúde da população com os cuidados sanitários desenvolvidos pela defesa agropecuária, que em Santa Catarina está a cargo da Cidasc. Um exemplo é o controle da brucelose e tuberculose bovinas, zoonoses que podem ser transmitidas pelo consumo de leite de animais contaminados que não tenha sido fervido ou passado pelo processo de pasteurização.

Entre as medidas preventivas adotadas em Santa Catarina está a rastreabilidade e testagem do leite recebido pelos laticínios e a realização de exames periódicos do rebanho para estas duas doenças, instituídas pela Portaria SAR 44/2020 e alteradas pela Portaria SAR 23/2022. Estas normas foram apresentadas pela médica-veterinária Fernanda Zordan Fontana, da Unidade Veterinária Local de Concórdia.
Todas as propriedades rurais que se dedicam à bovinocultura leiteira são obrigadas a fazer o controle destas doenças. Os exames para tuberculose devem ser feitos a cada 36 meses, nas propriedades rurais, abrangendo todos os bovídeos (bovinos e bubalinos) com idade igual ou superior a 42 dias; e os de brucelose, a cada 24 meses, com análise laboratorial via laticínios, de amostras de leite provenientes dos resfriadores das propriedades.

Em relação à produção vegetal, coube ao engenheiro-agrônomo Daniel Canabarro apresentar as ações da Defesa Sanitária Vegetal, com ênfase na certificação fitossanitária relacionada a pragas quarentenárias presentes no país. Estes controles visam garantir as condições para que o produtor obtenha boas safras e que a oferta de alimentos à população seja garantida. Canabarro também falou sobre o sistema de inspeção de bebidas, que está em fase de implementação.
Outro tópico abordado junto às produtoras rurais foram as ações de fiscalização de insumos agrícolas. A Cidasc analisa amostras de sementes e outros insumos, para verificar se atendem aos padrões mínimos exigidos por lei. Assim, busca proteger os produtores rurais, para que os produtos disponíveis no mercado tenham a eficácia esperada na lavoura.
“Neste evento, pudemos mais uma vez evidenciar a importância da educação sanitária para a manutenção da saúde pública. Os profissionais da Cidasc foram bem recebidos e houve uma interação muito positiva com as mulheres participantes do projeto”, afirma a gestora regional Patrícia Resende Diniz Caires.
A Cidasc distribuiu folders educativos dos Programas Nacionais Sanitários para o público presente, composto por 22 produtoras rurais. Além dos profissionais já citados, participaram também o auxiliar agropecuário da Cidasc William Raphael Lorenzetti e as extensionistas sociais da Epagri Rosane Teresinha Dilda Dalmago e Vânia Franciele Sander.
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