
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicou o calendário do vazio sanitário do maracujazeiro para o ano de 2025, conforme a Resolução Diretoria de Defesa Agropecuária (Didag)/Cidasc n.º 02/2025, no Diário Oficial do Estado de Santa Catarina (DOE/SC), n.º 22.497, de 23 de abril de 2025. A medida, que integra o plano estadual de prevenção e controle da principal virose da cultura, terá início em 1º de julho de 2025.
O vazio sanitário consiste na eliminação total das plantas vivas de maracujá-azedo (Passiflora edulis) por um período mínimo de 30 dias, de forma sincronizada dentro de cada região produtora. Esta ação visa interromper o ciclo de disseminação do Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV), causador da doença conhecida como “endurecimento dos frutos”, que compromete a qualidade, reduz o rendimento da polpa e torna o fruto inadequado para o comércio.
A ação encontra respaldo legal na Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) n.º 5/2014, que reconhece o vazio sanitário como ferramenta oficial de defesa sanitária vegetal para controle de pragas e doenças não quarentenárias de interesse econômico. No âmbito estadual, a implementação está embasada na Portaria da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) n.º 17/2022 e na Lei Estadual n.º 17.825/2019, que rege o Sistema de Defesa Sanitária Vegetal de Santa Catarina.
A definição das datas e regiões foi construída em parceria com pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), extensionistas, lideranças do setor produtivo e secretarias municipais de agricultura, considerando o histórico de monitoramento das safras anteriores. A manutenção do calendário entre 2024 e 2025 evidencia a maturidade e o sucesso da adoção do vazio sanitário, agora em sua sexta edição consecutiva.

O endurecimento dos frutos é considerado a principal virose do maracujazeiro no Brasil e no mundo, destacando-se pelo seu alto potencial destrutivo e rápida disseminação. A doença é transmitida principalmente por mudas infectadas, pela ação de pulgões vetores e por inoculação mecânica via ferramentas de poda contaminadas.
De acordo com Alexandre Mees, engenheiro-agrônomo e gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev) da Cidasc, “a eliminação das plantas de maracujá reduz as fontes de inóculo para os pulgões transmissores, garantindo que a nova safra se desenvolva em ambiente fitossanitário mais seguro, prolongando a sanidade dos pomares e minimizando perdas econômicas”, explica Mees.

Durante o período do vazio sanitário, as equipes da Cidasc intensificarão as ações de fiscalização, orientação técnica e educação fitossanitária para garantir a eficácia da medida e prevenir irregularidades.
Calendário do Vazio Sanitário do Maracujazeiro – 2025
A ação preventiva acontece em três etapas, conforme as regiões produtoras:
- Região I, de 1º de julho a 30 de julho de 2025:
Araquari, Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Barra do Sul, Balneário Gaivota, Balneário Rincão, Barra Velha, Corupá, Criciúma, Ermo, Forquilhinha, Garuva, Guaramirim, Içara, Itapoá, Jacinto Machado, Jaraguá do Sul, Joinville, Maracajá, Massaranduba, Meleiro, Morro Grande, Passo de Torres, Praia Grande, Santa Rosa do Sul, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú, São João do Sul, Schroeder, Sombrio, Timbé do Sul e Turvo. - Região II, de 11 de julho a 9 de agosto de 2025:
Ascurra, Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Benedito Novo, Biguaçu, Blumenau, Bombinhas, Brusque, Camboriú, Campo Alegre, Canelinha, Capivari de Baixo, Cocal do Sul, Doutor Pedrinho, Florianópolis, Garopaba, Gaspar, Governador Celso Ramos, Guabiruba, Ilhota, Imaruí, Imbituba, Indaial, Itajaí, Itapema, Jaguaruna, Laguna, Luiz Alves, Morro da Fumaça, Navegantes, Nova Veneza, Palhoça, Paulo Lopes, Penha, Pomerode, Porto Belo, Rio dos Cedros, Rio Negrinho, Rodeio, Sangão, São Bento do Sul, São José, Siderópolis, Tijucas e Timbó. - Região III, de 21 de julho a 19 de agosto de 2025:
Demais municípios catarinenses.

Destaque Nacional
Santa Catarina se destaca como o terceiro maior produtor de maracujá do Brasil. A adesão dos produtores às orientações fitossanitárias é crucial para proteger a produção estadual, garantir a qualidade dos frutos e manter a competitividade no cenário nacional.
Orientações aos produtores
- Eliminar totalmente as plantas de maracujazeiro durante o período de vazio sanitário em sua respectiva região;
- Produzir mudas somente em ambientes protegidos (viveiros telados) e realizar o plantio apenas após o término do vazio sanitário;
- Solicitar autorização à Cidasc para aquisição de mudas oriundas de outros estados;
- Em caso de dúvidas, procurar os Departamentos Regionais da Cidasc.
+Inf.: Na página oficial do Programa Estadual de Sanidade do Maracujazeiro da Cidasc.
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