Foto: Adapar.

Em uma iniciativa estratégica para o fortalecimento da defesa sanitária vegetal na Região Sul do país, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), por meio do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev) e da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (Didev), participou de uma missão técnica no Paraná com foco na intensificação das ações de prevenção, controle e erradicação do Huanglongbing (HLB), conhecido como greening dos citros, a mais grave doença da citricultura mundial.

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Organizado pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o encontro ocorreu entre os dias 27 e 29 de maio, com agenda nos municípios de Paranavaí e Londrina, reunindo também representantes do Rio Grande do Sul. A programação técnica teve como objetivo o intercâmbio de experiências e o nivelamento das estratégias de campo, com base no Programa Nacional de Prevenção e Controle do HLB (PNCHLB), regulamentado pela Portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), n.º 317/2021.

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A realização da missão técnica contou com o apoio institucional do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC), que contribuiu com recursos estratégicos, reforçando o compromisso da engenharia agronômica catarinense com o enfrentamento de desafios sanitários e o fortalecimento da defesa agropecuária.

A gravidade do HLB e os desafios fitossanitários em Santa Catarina

Causado por bactérias do gênero Candidatus Liberibacter spp. e transmitido pelo inseto vetor Diaphorina citri, o HLB representa uma ameaça severa à citricultura brasileira. A doença é incurável, e a única medida de controle eficaz é a eliminação das plantas sintomáticas e o controle do vetor em toda a área de risco. Em Santa Catarina, os primeiros focos oficiais foram detectados em 2022, no Oeste do Estado, e desde então a Cidasc vem implementando ações rigorosas de fiscalização, contenção e erradicação, além de programas educativos e treinamentos técnicos junto a viveiristas e produtores.

Referência paranaense e participação técnica catarinense

Durante a missão, os participantes puderam mergulhar no modelo de gestão fitossanitária adotado pelo estado do Paraná, com ênfase na Operação Big Citros, uma iniciativa coordenada pela Adapar que se consolidou como referência no enfrentamento ao HLB. A operação se destaca pela ampla mobilização de prefeituras, consórcios intermunicipais e produtores na execução territorializada das ações de erradicação e manejo da praga, tanto em áreas rurais quanto nos perímetros urbanos.

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A programação incluiu visitas a pomares comerciais, propriedades com histórico de ocorrência da praga, viveiros de mudas cítricas e unidades industriais de processamento de frutas cítricas, permitindo aos técnicos compreenderem, in loco, os múltiplos desafios enfrentados pelo setor produtivo. Citricultores, lideranças locais e fiscais da Adapar relataram o difícil cenário da convivência com a doença, abordando aspectos práticos como o reconhecimento dos sintomas iniciais, a erradicação sistemática de plantas contaminadas e a rotação de inseticidas com diferentes modos de ação para garantir eficiência no controle do vetor, o psilídeo Diaphorina citri.

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Além do campo, a missão técnica proporcionou acesso direto aos centros de pesquisa agropecuária do Paraná, onde os participantes acompanharam projetos voltados ao desenvolvimento de materiais genéticos mais tolerantes ao HLB, bem como estudos de controle químico e biológico. Um dos destaques foi o uso do parasitoide Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo, que vem sendo incorporado em estratégias de manejo integrado como ferramenta complementar e sustentável de supressão populacional do inseto vetor do HLB.

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Essas experiências reforçaram a importância do monitoramento contínuo, da educação fitossanitária e da integração entre ciência, gestão pública e produtores no enfrentamento do greening, destacando o valor de soluções que aliam tecnologia, conhecimento técnico e governança local para preservar a citricultura regional.

Presença estratégica de Santa Catarina

A equipe catarinense foi formada por técnicos com atuação direta nas regiões citrícolas do Estado catarinense: Nadhine Nostrani Cabral, engenheira-agrônoma responsável pelo Departamento Regional da Cidasc de São Lourenço do Oeste; Eduardo José Pedroso Pritsch, engenheiro-agrônomo do Departamento Regional da Cidasc de Xanxerê; Solano Andreis, engenheiro-agrônomo responsável pelo Departamento Regional da Cidasc de Joaçaba e coordenador do Programa Estadual de Sanidade dos Citros; e Fabiana Alexandre Branco, engenheira-agrônoma e gestora Estadual da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (Didev).

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Santa Catarina também contribuiu ativamente na programação do evento, com a palestra “Panorama Atual do Greening em SC”, apresentada pelo engenheiro-agrônomo Solano Andreis, com apoio técnico da gestora Fabiana Alexandre Branco. O conteúdo abordou a situação epidemiológica da praga no estado, destacou os principais avanços no diagnóstico, a execução de planos emergenciais, os entraves operacionais e os esforços de articulação institucional no estado e os protocolos de contenção adotados. 

Integração técnica e compromisso com a produção agrícola

A missão reforçou o entendimento de que o controle do HLB exige planejamento multiescalar, integração federativa e ação contínua. A presença da Cidasc demonstrou não apenas o compromisso do Estado com a sanidade vegetal, mas também a capacidade técnica e institucional de atuar em rede com outros entes federativos, promovendo o compartilhamento de experiências, metodologias de campo e inovação.

A citricultura catarinense, possui papel relevante na agricultura familiar, no abastecimento regional e na diversidade produtiva estadual. Proteger este setor é assegurar renda, qualidade de vida e segurança fitossanitária para centenas de produtores catarinenses.

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Cidasc: ciência, gestão e vigilância a serviço da sanidade vegetal

A Cidasc, por meio do Dedev e da Didev, reafirma seu compromisso com a proteção da agricultura catarinense, atuando com base na legislação vigente, em princípios técnicos rigorosos e com a responsabilidade de preservar a integridade fitossanitária do território. O combate ao greening é contínuo, e exige conhecimento técnico, colaboração institucional e vigilância ativa, pilares que sustentam a atuação da defesa sanitária vegetal em Santa Catarina.

📎 Fontes oficiais:
🔹Cobertura jornalística – Diário do Noroeste
🔹Vídeo RPC/Globo – Globoplay
🔹Instagram Adapar – Reel Institucional
🔹Site da Seab/PR – Matéria oficial

✍️ Texto e validação técnica:
Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (Didev)
Departamento de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev)
Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc)

Mais informações à imprensa:
Alessandra Carvalho
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