
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), a convite da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul, participou, entre os dias 20 e 22 de maio, das ações de saneamento do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município gaúcho de Montenegro.
Representando a Cidasc, os médicos-veterinários Diego Rodrigo Torres Severo e José Henrique de Oliveira estiveram no local para oferecer apoio técnico e observar as atividades desempenhadas no enfrentamento à doença. Durante a missão no Rio Grande do Sul, os profissionais da Cidasc puderam conhecer a estrutura da Plataforma de Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (PDSA-RS), o funcionamento do Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo), criado especificamente para lidar com situações que colocam em risco a saúde animal. A estrutura temporária viabiliza uma resposta rápida e coordenada, integrando diferentes órgãos e entidades para a contenção e erradicação de focos de doenças.
As ações realizadas fazem parte do Plano Nacional de Contingência para a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) e Doença de Newcastle (DNC), conduzido pelo governo gaúcho por meio dos servidores da Seapi em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de aves do Brasil, sendo a avicultura comercial de grande importância socioeconômica para o estado.

“A participação da Cidasc reforça o compromisso do Estado de Santa Catarina com a cooperação interestadual, a defesa agropecuária e a constante atualização frente aos desafios sanitários, contribuindo para a proteção da avicultura catarinense e a segurança do agronegócio gaúcho e catarinense”, destaca José Henrique de Oliveira, médico-veterinário da Cidasc.
Santa Catarina registrou seu primeiro caso de IAAP em aves de criação doméstica de subsistência – as chamadas aves de “fundo de quintal” – no município de Maracajá, em 2023. Entre a erradicação do foco e as vigilâncias no raio de 10 km, foram 1.500 propriedades vistoriadas, em 10 dias de atividades. A ação rápida e eficiente dos profissionais da Cidasc, com o apoio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), conseguiu conter o foco e evitar que a doença atingisse a produção comercial de aves, um feito considerado de grande relevância para a manutenção da credibilidade sanitária do estado.
+Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP)
Entre os sinais que podem indicar a presença do vírus estão aumento da mortalidade das aves, tosse, espirros, muco nasal, lesões hemorrágicas (hematomas) nas pernas e músculos, inchaço nas juntas das pernas, crista e barbela com coloração roxa-azulada ou vermelha-escura, falta de coordenação motora, andar em círculos, diarreia, desidratação, queda na produção de ovos e alterações na casca dos ovos.
Medidas recomendadas:
- Fortalecimento das medidas de biosseguridade em granjas e demais estabelecimentos avícolas;
- Manutenção do alimento, da água e das próprias aves em locais protegidos do contato com outras aves, principalmente de aves de vida livre.
- Monitoramento da mortalidade e dos sintomas de influenza aviária de alta patogenicidade, garantindo a comunicação imediata de suspeita da doença ao Serviço Veterinário Oficial. Em Santa Catarina é a Cidasc que realiza esse trabalho;
- Manutenção de comunicação constante com os Serviços Veterinários Estaduais para harmonização das ações de prevenção e resposta.
A população e os produtores devem permanecer atentos e colaborar com as medidas preventivas, garantindo a segurança sanitária do setor avícola catarinense.
Notificação de suspeitas de doenças em animais
Importância da notificação
A notificação imediata ao Serviço Veterinário Oficial do seu Estado de ocorrências de determinadas doenças animais é de fundamental importância para a proteção da pecuária nacional e da saúde pública. Muitas doenças podem causar sérios impactos na produção animal e na saúde humana. Após comunicar, o atendimento e o diagnóstico é rápido, e o saneamento do foco é essencial para impedir a disseminação e permitir o controle ou erradicação.
O que notificar
- Doenças de Notificação Obrigatória estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
- Ocorrências de sinais clínicos de causa desconhecida, ou mortalidade alta, ou inesperada também devem ser notificadas imediatamente.
- Em caso de dúvida, entre em contato com a Cidasc, o órgão oficial de Defesa Agropecuária de Santa Catarina.
Como comunicar casos suspeitos
A notificação pode ser feita presencialmente ou por telefone, em qualquer instância local, regional, estadual ou federal do Serviço Veterinário Oficial, representado pelos Órgãos Estaduais de Sanidade Agropecuária e pelas Superintendências Federais de Agricultura do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A notificação também pode ser realizada diretamente no site do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa). O registro será imediatamente encaminhado ao responsável do Serviço Veterinário Oficial no município de localização da suspeita ou doença registrada. Para isso, é importante que a localização do estabelecimento onde se encontram os animais envolvidos na notificação seja a mais precisa possível para possibilitar a investigação.
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