Foto: Departamento Regional da Cidasc de Chapecó.

As médicas-veterinárias Maria Esther Gonçalves Pereira e Janaína Lustosa de Mello, da Unidade Veterinária Local (UVL), do Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) de Chapecó, realizaram, no dia 28 de janeiro, uma capacitação para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) da Prefeitura de Chapecó, que atuam no Distrito de Marechal Bormann. O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Secretaria de Agricultura e Pesca do município, teve como objetivo reforçar a prevenção e o controle da raiva, uma doença endêmica (ou seja, o vírus está circulando) na região Oeste devido às características do relevo local. 

Foto: Prefeitura de Chapecó.

A raiva é uma doença viral grave que afeta tanto os animais, quanto os seres humanos, transmitida principalmente pela mordida de animais infectados. Em áreas rurais, o morcego hematófago é o principal vetor da doença. A detecção precoce é essencial para prevenir surtos e proteger o rebanho e a população local. A capacitação foi realizada no Centro de Saúde do distrito e contou com a participação de profissionais da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), Vigilância Ambiental e do Núcleo de Atenção aos Pequenos Animais (Napa). 

Durante a capacitação, foram abordados temas como a etiologia, patogenia, diagnóstico e prevenção da zoonose, além das formas de profilaxia e tratamento para pessoas que tiveram contato com animais suspeitos de raiva. O treinamento também destacou o papel da Cidasc na identificação e controle dos focos da doença, e como os agentes comunitários podem auxiliar na educação sanitária e na sensibilização dos produtores rurais sobre a importância da notificação imediata de casos suspeitos.

Outro ponto de destaque foi a diferença entre morcegos frugívoros, insetívoros e hematófagos, reforçando que a manipulação dessas espécies deve ser realizada apenas por órgãos autorizados. A Vigilância Epidemiológica alertou que, em casos de contato com morcegos ou animais suspeitos, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente para receber a vacina antirrábica.

A Cidasc reforça a importância da educação sanitária e da colaboração entre os órgãos de saúde humana e animal para o controle da raiva, contribuindo para a segurança da população e o bem-estar dos animais na região.

Telefones úteis:

  • Secretaria de Desenvolvimento Rural de Chapecó: (49) 2049.9116
  • Vigilância Epidemiológica de Chapecó: (49) 3319.1487
  • Núcleo de Atenção aos Pequenos Animais (Napa) de Chapecó: (49) 99814.0321

A Cidasc reforça a orientação aos produtores para manterem em dia a vacinação de seus animais, uma medida que não apenas protege o rebanho, mas também resguarda a saúde humana. Abaixo, apresentamos algumas orientações sobre a aplicação da vacina.

Um guia rápido sobre a vacina da raiva

A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de criação. 

Animal nunca foi vacinado contra raiva:

1. Vacine;

2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;

3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;

4. Revacinar semestralmente.

Animal foi vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço anual:

1. Vacine;

2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;

3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;

4. Revacinar semestralmente.

Animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há mais de 180 dias:

1. Vacine agora;

2. Revacinar semestralmente;

Animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há menos de 180 dias:

1. Aguarde o prazo para vacinar.

Atenção para a conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2 °C e 8 °C. Ela perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que resta no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço. 

Fique atento e lembre que a vacina da raiva deve ser reforçada semestralmente. 

Notifique à Cidasc sempre que aparecer sintomatologia nervosa nos animais e nunca manipule animais suspeitos, porque existe o risco de contágio através da saliva.

Mais informações à imprensa:
Alessandra Carvalho
Assessoria de Comunicação – Cidasc
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