Calendário estadual dedica o dia 16 de janeiro ao produto, reconhecido por sua qualidade e importância econômica e cultural

Desde 2018, Santa Catarina possui legislação sobre o queijo artesanal, definido como aquele “beneficiado por meio de métodos tradicionais vinculados ao território de origem, com uso de mão de obra predominantemente familiar”.  A lei 17.486 e o decreto 362, que a regulamenta, estabeleceram também normas para a sua produção, incluindo a exigência de que o leite utilizado seja proveniente de rebanho certificado como livre de brucelose e tuberculose, para preservar a saúde humana. 

A data de assinatura desta lei, 16 de janeiro,  foi escolhida para comemorar o Dia Estadual do Queijo Artesanal. Em um estado caracterizado pela forte presença da agricultura familiar, esta produção é muito significativa e é fonte de renda para muitas famílias.

A família Balbinot, de Guaraciaba, é uma de tantas que transformou a receita de família em produtos artesanais de qualidade. Foto: arquivo Ascom/Cidasc

 O Coordenador do Selo ARTE e médico-veterinário da Cidasc, Jader Nones, destaca a tradição catarinense: “A produção de queijos é parte da história de famílias imigrantes, de colonos italianos, alemães e açorianos, que transmitiram suas receitas aos descendentes. Isto nos deixou como legado uma variedade impressionante de queijos artesanais e há um enorme potencial neste segmento, combinando técnicas tradicionais com o cumprimento das exigências sanitárias”, explica Jader Nones.

Queijaria Capannone, em Orleans. Foto: Jaqueline Vanolli/Cidasc

Entre os queijos artesanais mais produzidos em Santa Catarina, destacam-se o queijo colonial (caracterizado por textura macia e sabor marcante), o Queijo Artesanal Serrano (que possui Indicação Geográfica e é curado em clima de altitude) e o Kochkäse (de textura cremosa e sabor único). Qualquer que seja a receita escolhida, os cuidados higiênico sanitários são imprescindíveis. 

A agroindústria, independente de seu porte, precisa estar inscrita em um serviço de inspeção sanitária para fabricar produtos de origem animal, como os queijos. Este registro pode ser em Serviço de Inspeção Municipal (SIM), no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) ou ainda no Serviço de Inspeção Federal (SIF).  

O registro no SIM ou no SIE permite buscar um reconhecimento para o produto artesanal de origem animal através do Selo ARTE, criado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e que é o selo de identificação de produtos artesanais. A Cidasc o concede em Santa Catarina. 

O primeiro Selo ARTE catarinense foi dado ao queijo artesanal serrano produzido pela Queijaria Sítio Santo Antônio, do produtor Air Zanelato, de Bom Retiro. A ele seguiram-se muitos outros. Dos 263 Selos ARTE já concedidos pela Cidasc de 2020 até dezembro de 2024, 112 são de produtos lácteos, a maioria deles queijos artesanais.

Você pode consultar a lista completa de produtos com Selo ARTE em nosso site.

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