A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), por meio do Departamento Regional de Tubarão, realizou o monitoramento de abrigo e manejo populacional de morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus no município de Laguna. A ação, no final de dezembro, aconteceu após relatos de produtores locais sobre o aumento de espoliações em animais de produção.
A existência de uma grande colônia da espécie foi confirmada, e, diante de focos de raiva registrados na região, a Cidasc decidiu pela realização do controle populacional, realizada pela médica-veterinária da Cidasc Ângela Zimmermann, com o apoio do auxiliar Gerson Barbosa da Rosa. A Cidasc reforça a importância de os produtores notificarem casos de espoliações em seus animais, suspeitas de raiva, ou a localização de possíveis abrigos de morcegos. Essas informações são essenciais para garantir a eficiência das ações de controle e prevenção da doença.
A raiva é uma zoonose causada por um vírus que pode afetar pessoas, animais de produção, animais domésticos e silvestres, atacando o sistema nervoso central dos mamíferos e levando à morte. Por não possuir tratamento, a prevenção é indispensável, sendo a vacinação dos rebanhos uma das principais ferramentas para o controle.
Embora a maioria das espécies de morcegos em Santa Catarina não seja hematófaga e desempenha importantes funções ecológicas, como dispersão de sementes, polinização e controle de insetos, o controle populacional é focado exclusivamente no Desmodus rotundus.
O produtor rural desempenha um papel fundamental na identificação e controle da raiva. A notificação de animais espoliados ou com sintomas neurológicos é o ponto de partida para o combate à doença. Paralelamente, a Cidasc realiza ações de educação em saúde junto aos produtores e à sociedade, reforçando medidas de prevenção e conscientização.
Colaboração: Hélio Medeiros Leandro, Departamento Regional da Cidasc de Tubarão.
Um guia rápido sobre a vacina da raiva
A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de produção.
Se o animal nunca foi vacinado contra raiva:
1. Vacine;
2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;
3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;
4. Revacine anualmente.
Se o animal foi vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço anual:
1. Vacine;
2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;
3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;
4. Revacine anualmente.
Se o animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há mais de 180 dias:
1. Vacine agora;
2. Revacine anualmente;
Se o animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há menos de 180 dias:
1. Aguarde o prazo para vacinar.
Atenção para a conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2°C e 8°C. Ela perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que restar no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço.
Fique atento e lembre que a vacina da raiva deve ser reforçada anualmente.
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