Foto: Departamento Regional da Cidasc de Chapecó.

A comunidade do Rodeio de Erval, em Chapecó, recebeu uma palestra ministrada pelos médicos-veterinários Maria Esther Gonçalves Pereira e Fábio Varoni Pereira, da Unidade Veterinária Local (UVL), do Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). O encontro, no dia 29 de novembro, abordou a prevenção contra a raiva em herbívoros e outros mamíferos, além de informações sobre raiva humana e protocolos de tratamento para pessoas que tiveram contato com animais suspeitos. A ação faz parte de uma iniciativa para intensificar a educação sanitária na região, que atualmente registra 12 casos positivos de raiva em bovinos.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Chapecó.

Orientações e debate

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Chapecó.

Após a palestra, foi promovido um debate com a participação de produtores rurais e entidades presentes, que puderam esclarecer dúvidas e compartilhar experiências. A atividade buscou ampliar a comunicação entre técnicos e comunidades afetadas, destacando medidas de prevenção, a importância da vacinação e o manejo correto em casos de suspeita ou confirmação da doença.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Chapecó.

Organizado pela prefeitura de Chapecó, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural, o encontro contou com a participação do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), Vigilância Epidemiológica de Chapecó, Núcleo de Atenção aos Pequenos Animais (Napa) e representantes da Secretaria de Saúde do município.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, Gilson Pagliosa, a raiva é uma doença altamente letal, com quase 100% de mortalidade. Ele destacou a importância da vacinação e do controle de abrigos de morcegos hematófagos para conter surtos da doença. “Tanto animais de produção, como bovinos, precisam ser vacinados regularmente. Em casos de contato com animais infectados, humanos devem receber a vacina específica para evitar o desenvolvimento da doença”, ressaltou Pagliosa.

A médica-veterinária da Cidasc Maria Esther Gonçalves Pereira enfatizou a importância de notificar casos suspeitos e identificar abrigos de morcegos. “O controle não significa exterminar os morcegos, que têm papel ambiental importante, mas sim reduzir a população contaminada e controlar a propagação da doença”, explicou.

O Napa apresentou o cronograma de vacinação para cães e gatos, previsto para ocorrer entre 16 e 20 de dezembro em pontos estratégicos do município. “Embora não tenhamos casos positivos em cães e gatos na região, a vacinação é essencial para prevenir a disseminação da doença”, afirmou Liandra, coordenadora do Napa.

A Vigilância Epidemiológica reforçou que, em casos de contato com morcegos ou animais suspeitos, as pessoas devem procurar atendimento médico imediatamente para receber as doses da vacina. “É fundamental evitar o contato direto com morcegos, vivos ou mortos, e buscar orientação da Vigilância Ambiental”, alertou a enfermeira Ingrid Pujol.

Telefones úteis:

  • Secretaria de Desenvolvimento Rural: (49) 2049.9116
  • Vigilância Epidemiológica: (49) 3319.1487
  • Napa: (49) 99814.0321

A Cidasc reforça a orientação aos produtores para manterem em dia a vacinação de seus animais, uma medida que não apenas protege o rebanho, mas também resguarda a saúde humana. Abaixo, apresentamos algumas orientações sobre a aplicação da vacina.

Um guia rápido sobre a vacina da raiva

A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de criação. 

Animal nunca foi vacinado contra raiva:

1. Vacine;
2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;
3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;
4. Revacinar semestralmente.

Animal foi vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço anual:

1. Vacine;
2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;
3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;
4. Revacinar semestralmente.

Animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há mais de 180 dias:

1. Vacine agora;
2. Revacinar semestralmente;

Animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há menos de 180 dias:

1. Aguarde o prazo para vacinar.

Atenção para a conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2 °C e 8 °C. Ela perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que resta no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço. 

Fique atento e lembre que a vacina da raiva deve ser reforçada semestralmente. 

Notifique à Cidasc sempre que aparecer sintomatologia nervosa nos animais e nunca manipule animais suspeitos, porque existe o risco de contágio através da saliva.

Mais informações à imprensa:
Alessandra Carvalho
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 3665 7000
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