Departamento Estadual de Defesa Vegetal desenvolve programa sanitário para combater a principal praga que afeta os plantios de pinus
O pinheiro é uma das poucas árvores que mantém a coloração verde durante todo o ano. Este é um dos motivos para ter sido incorporado às celebrações natalinas, como símbolo de vida. Em Santa Catarina, temos a espécie nativa araucária, que nos agracia todos os invernos com o pinhão, mas há também variedades exóticas.
Uma das que se destaca é o pinus, muito usado na indústria madeireira e moveleira, cuja produção depende de cuidados sanitários a exemplo de outros plantios. Esta árvore é suscetível à praga vespa da madeira (Sirex noctilio), de origem euroasiática, que perfura o tronco para depositar seus ovos. Na fase larval, a vespa constrói galerias dentro da madeira para se alimentar, o que prejudica o uso deste insumo pela indústria madeireira.
A Cidasc, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, executa o Programa Estadual de Monitoramento da Vespa-da-Madeira, que inclui inspeções de campo e o uso de imagens aéreas obtidas por drones para identificar se há exemplares de pinus atacados pela praga. Como parte das medidas de controle, a Cidasc distribui o produto biológico destinado ao combate da vespa e orienta os produtores sobre seu uso.
Esta solução biológica é feita a partir do nematóide (um pequeno verme) Deladenus siricidicola, que impede a reprodução da vespa, contendo assim o ciclo da praga. O produto foi desenvolvido pela Embrapa e é fornecido pela Cidasc aos produtores de pinus de forma gratuita. Os meses de abril a setembro são o momento em que é preciso dar mais atenção às medidas de controle.
Quem levar para casa um pinheirinho da espécie pinus ou adquirir móveis novos para receber a família e amigos para as festas de fim de ano, está levando também um pouco do trabalho da Cidasc. As ações de defesa vegetal, como estas de monitoramento e controle da vespa da madeira, são essenciais para que a produção de alimentos e de matérias primas vegetais para outras finalidades seja bem sucedida.
Saiba mais sobre a vespa da madeira
A vespa da madeira é a praga cujo controle é o mais relevante para a produção de pinus. Causada pelo inseto Sirex noctilio, ela não afeta a fauna silvestre, porém causa perdas para a indústria madeireira. Na região de origem (Europa, Ásia e Norte da África), a vespa é considerada uma praga secundária, mas em outras regiões se disseminou de forma mais preocupante, como na Nova Zelândia (1900), Austrália (1951), Uruguai (1980), Argentina (1985), Brasil (1988), África do Sul (1994) e Chile (2000).
A primeira detecção da vespa-da-madeira em plantações de Pinus spp. no Brasil, ocorreu no Estado do Rio Grande do Sul, em fevereiro de 1988 (IEDE et al., 1988) colocando em risco o patrimônio florestal da região, devido aos danos que essa praga poderia provocar. Na região sudeste, seu primeiro registro foi feito em 2004, em São Paulo, e em 2005 em Minas Gerais (IEDE & ZANETTI, 2007).
Em Santa Catarina, a vespa-da-madeira foi observada em 1989, na região do Planalto Serrano e nos anos seguintes, avançou para as demais regiões do Estado.
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