O município de Lages foi palco de um treinamento teórico-prático voltado ao controle de javalis, com foco na utilização de armadilhas do tipo curral, no dia 9 de novembro. O evento reuniu agentes de manejo, produtores rurais, pesquisadores e representantes de instituições como a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), a Polícia Militar Ambiental (PMA), e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
O treinamento destacou a relevância das ações de controle dessa espécie invasora, que representam riscos importantes à saúde pública, à produção animal e à agricultura. Os javalis são transmissores de patógenos que podem afetar humanos e animais, comprometendo o meio ambiente e gerando impactos socioeconômicos expressivos no estado.
Durante a manhã, no Sindicato Rural de Lages, foram ministradas palestras por especialistas das instituições parceiras. A Cidasc enfatizou a importância da vigilância contínua sobre os javalis e da formação de parcerias para preservar o status sanitário de excelência de Santa Catarina. No período da tarde, os participantes realizaram uma visita técnica à localidade de Coxilha Rica, onde acompanharam a instalação e o funcionamento de uma armadilha tipo curral, tecnologia eficaz no controle da espécie.
O treinamento reforça que o controle do javali é um desafio global e exige a cooperação de diversas entidades. Em Santa Catarina, essa união tem sido essencial para lidar com os impactos ambientais e sanitários causados por essa espécie invasora.
Representando o IMA, participaram do evento as servidoras Elaine Zuchiwschi e Luthiana Carbonell dos Santos. O médico-veterinário Joel Gilberto Bialkowski, da Cidasc de Lages, destacou a importância do envolvimento de todos os agentes de manejo, produtores e instituições. O evento também contou com o apoio do Sindicato Rural de Lages, PMA, Ibama, Epagri e Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
O treinamento reafirmou o compromisso de Santa Catarina em desenvolver ações estratégicas para mitigar os danos causados pelos javalis, promovendo a preservação ambiental e a sustentabilidade no setor agropecuário.
Conhecer as diversas formas de controle desta espécie é de suma importância, pois o javali é transmissor de patógenos que podem acometer pessoas, outros animais, inclusive de produção, e a agricultura catarinense, impactando não somente o meio ambiente, mas também socioeconomicamente o Estado. A parte teórica ocorreu no período matutino, no Sindicato Rural de Lages, onde foram realizadas palestras ministradas pelos servidores do Ibama, PMA, Cidasc e IMA.
O médico-veterinário Joel Gilberto Bialkowski, da Cidasc abordou em sua palestra, a importância de se fazer a vigilância desta espécie exótica invasora, de se buscar parcerias no controle, pois o nosso Estado possui um status sanitário de excelência, o qual precisamos preservar. No período vespertino ocorreu a visita em uma propriedade rural, na localidade da Coxilha Rica, onde conheceram a implantação e o funcionamento de uma armadilha tipo curral para o controle de javalis.
O javali é um problema global, um desafio para muitos países e seu controle necessita da união e apoio de diversas instituições. Em Santa Catarina o esforço pelo envolvimento de todos os envolvidos tem sido um trabalho contínuo.
Participaram do treinamento as servidoras Elaine Zuchiwschi e Luthiana Carbonell dos Santos, do IMA; e o médico-veterinário Joel Gilberto Bialkowski, do Departamento Regional da Cidasc de Lages, que agradeceram o apoio e participação dos agentes de manejo participantes, da produtora rural que cedeu à propriedade, e das demais instituições parceiras deste evento como Sindicato Rural de Lages, PMA, Ibama, Epagri e Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
+Informações
A primeira edição da capacitação “Manejo e controle de javali com uso de armadilha tipo curral” ocorreu no dia 19/10, em Capão Alto, na Serra Catarinense. Outras quatro edições estão programadas para ocorrer neste ano nos municípios da área de abrangência do Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Planalto Sul (PAT Planalto Sul). Os públicos-alvo da capacitação são proprietários rurais, equipes de unidades de conservação, comunidades tradicionais e demais controladores interessados na implementação do controle de javalis.
A oferta da capacitação é resultado de uma parceria do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), a Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Na atividade, técnicos das instituições abordaram temas relativos à legislação e procedimentos para a obtenção de autorização para o controle de javalis, riscos sanitários da espécie e coleta de material biológico, legislação e procedimentos de segurança para o uso de armas de fogo, construção de armadilhas do tipo curral e sua operação.
Os javalis
Os ataques desses animais causam prejuízo maior aos pequenos produtores, com propriedades de até 50 hectares. Para eles, um único ataque pode representar a perda de toda a produção do ano, especialmente nas plantações que ficam em regiões próximas às florestas de araucárias. E, quando estão nas florestas, os javalis configuram um risco ambiental, porque se alimentam de espécies nativas da flora catarinense, como plantas de araucária e imbuia, ambas ameaçadas de extinção e também ataca animais. A estimativa é de que existam de um a dois javalis por quilômetro quadrado e uma população total de cerca de 200 mil animais em Santa Catarina.
Plano de Manejo e Controle do Javali (Sus scrofa) em Santa Catarina
A capacitação está prevista no O Plano de Manejo e Controle do Javali (Sus scrofa) em Santa Catarina, instituído pela Portaria do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), n.º 197/2023, o qual visa reduzir a população desses animais exóticos e os impactos que causam ao meio ambiente e ao setor agropecuário e autoriza o controle populacional e o manejo sustentável do javali-europeu (Sus scrofa) em todas as suas formas, linhagens, raças e diferentes graus de cruzamento.
O Plano é coordenado pelo IMA e tem a coordenação de apoio composta pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR), Cidasc, Polícia Militar Ambiental e Polícia Civil, por meio do Centro de Apoio Operacional de Combate aos Crimes Contra o Agronegócio (Caoagro). Instituições governamentais e da sociedade civil organizada também são parceiras do Plano, seja como integrantes do Grupo de Assessoramento Técnico ou como articuladores e colaboradores das ações. O Plano está disponível no site do IMA e pode ser conferido na íntegra neste link.
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