Para fomentar e ampliar a produção de grãos, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e entidades do setor, reativaram a Câmara Setorial de Grãos, em reunião nesta terça-feira (22). Grande produtor e exportador de proteína animal, Santa Catarina também busca equilibrar a produção de grãos para atender a cadeia produtiva, aumentar o potencial de competitividade e agregação de valor.
A Câmara Setorial dos Grãos tem o objetivo de identificar oportunidades de desenvolvimento e ações prioritárias que envolvam produtores e toda cadeia produtiva, levando em consideração os mercados interno e externo. Em reunião on-line foi discutida a realidade, dados estatísticos para orientação no campo, alternativas para melhoramento na logística de distribuição e o levantamento da safra 2023/2024.
Os grãos representam mais de 25% do valor produtivo da agropecuária no estado. A produção estadual das principais culturas de grãos totaliza mais de 6 milhões de toneladas, sendo soja 2,7 milhões de toneladas, feijão 113 mil toneladas, trigo 307 mil toneladas, milho 2,1 milhões de toneladas e arroz 1,1 milhão de toneladas. O milho silagem, que é considerado grão verde, totaliza 8,8 milhões de toneladas. (Dados Observatório Agro SC)
A área de cultivo de grãos ocupou mais de 1,5 milhão de hectares e 235 mil hectares de milho silagem, safra 2023/2024. Para a safra 2024/2025 é estimado um aumento na produção de grãos, chegando a 7 milhões de toneladas (Dados Epagri/Cepa). Santa Catarina tem aproximadamente 183 mil produtores rurais, sendo mais de 50% produtores de grãos.
Segundo o secretário de estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, o consumo estimado de milho está em 8,5 milhões toneladas, o déficit anual desse grão para abastecer o rebanho de suínos, aves e ovinos gira em torno de 6 milhões de toneladas. “Esse é o maior desafio de Santa Catarina, manter o abastecimento e a viabilidade econômica do nosso produtor e da agroindústria catarinense. Com a integração do setor buscamos instrumentalizar os produtores e toda cadeia produtiva com mais informação. Com muito diálogo estamos buscando alinhar as políticas públicas com as necessidades do setor, para agregarmos valor às nossas propriedades e a todo processo produtivo”, afirma Colatto.
Crédito Fotos: Tatiana de Oliveira/SAR
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